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The Ultimate Fighter – Vale cada minuto!

Por: em 24 de março de 2012

The Ultimate Fighter – Vale cada minuto!

Por: em

Nunca fui um fã de lutas, nunca fui apaixonado por vale-tudo, nem nado do tipo. Mas o The Ultimate Fighter, o reality show da UFC mudou drasticamente minha visão sobre o esporte e sobre o próprio UFC. E devo admitir, virei um fã.

O TUF é uma competição, um programa, um show. Sim, um show. Na verdade, nos dias atuais, boa parte do que acontece no MMA, e tem relação com a UFC, deve ser visto apenas como isso, um show. Muitos devem conhecer a história recente da UFC – contratos milionários, filmes-documentários sobre atletas, ‘heróis’ nacionais, etc. Mas muitos não lembram de seu passado. O Ultimate Fighter Championship nasceu no Brasil na década de 1990, no Rio de Janeiro, pelas mãos da Família Grecie, responsável pela criação do Jiu-Jitsu Brasileiro. O UFC era um evento bárbaro de vale-tudo, realizado como um torneio onde o campeão se tornava o ‘Maior Lutador do Mundo’. Esses eventos eram vendidos em VHS e distribuídos em locadoras onde faziam razoável sucesso.

O evento era bastante popular como Pay-per-view nos Estados Unidos, até que foi banido dos canais fechados americanos pelo governo. O evento se reformulou e assim nasceu o MMA (Mixed Martial Arts), mas a antiga detentora da marca estava falida e afundada em dividas depois das brigas judiciais americanas. Foi aí que a coisa mudou. O promotor de boxe Dana White e seus dois sócios, Frank e Lorenzo Fertitta, compraram por 2 milhões de dólares a marca e os eventos UFC. Nascia a Zuffa, empresa que detém até hoje os direitos do show.

Elenco do TUF 14

Em 2005, um acordo entre a Zuffa e o canal americano ‘Spike TV’ (atualmente o programa vai ao ar pelo canal americano FX) mudou completamente a realidade da empresa que já amargava prejuízos de mais de 70 milhões de dólares. Neste ano nascia o The Ultimate Fighter, que já se encontra na sua 15ª temporada e terá sua primeira edição fora dos Estados Unidos a partir de amanhã, 25 de março, transmitida pela Rede Globo (após o Big Brother Brasil) e para o resto do mundo pelo site da UFC. O sucesso do reality show foi estrondoso, milhares de pessoas passaram a acompanhar semanalmente o programa, elevando novamente a renda dos eventos, tanto ao vivo, quanto no PPV.

No TUF 32 atletas profissionais de MMA, são levados para o Centro de Treinamento da UFC em Las Vegas; no centro são realizadas 16 lutas previamente sorteadas e os vencedores recebem o direito de entrar na casa do Big Brother The Ultimate Fighter. Os atletas escolhidos pertencem a duas categorias de peso e serão divididos em duas equipes com oito atletas cada. Cada equipe é treinada por um grande atleta profissional da UFC. Alguns destes treinadores já passaram mais de uma vez pela casa, como por exemplo, Chuck Liddell, Tito Ortiz e Rampage Jackson. O brasileiro Junior ‘Cigano’ dos Santos foi um dos treinadores da 13ª temporada.

A estrutura do programa é simples. No primeiro dia, após as seletivas, Dana White joga uma moeda para o alto e quem ganhar poderá escolher entre selecionar o primeiro atleta para a sua equipe ou, então, decidir quais atletas se enfrentarão na primeira luta do show, sendo que a equipe que vence uma luta continua com o direito de escolher o próximo combate. Quem perde não sai do show e continua treinando com os demais parceiros de equipe, sem, contudo, voltar a lutar. Divididos em categorias de peso distintas, os atletas se enfrentam em uma chave simples e os finalistas participam do grande evento final (na versão americana realizado em Las Vegas), transmitido ao vivo, onde são anunciados os campeões do programa, que recebem o troféu e um contrato que pode variar entre 100 e 300 mil dólares.

Durante os episódios, podemos acompanhar o treinamento dos atletas e a convivência entre eles na mansão em Las Vegas onde são confinados. Apesar do confinamento, em alguns momentos eles recebem informações do mundo exterior, como quando na 11ª temporada um dos participantes recebe uma carta de sua família, informando da morte de sua mãe.

Em diversos momentos durante as edições, podemos acompanhar conflitos e brigas dentro da casa, e muitas vezes essas brigas são motivadas simplesmente pelo stress envolvido no show. Comumente, a rivalidade entre as equipes faz com que alguns atletas se tornem inimigos declarados dentro da casa e acabem por decidir suas desavenças no octógono. Mas, claro, brigas efetivas fora do ringue são proibidas, e se alguém chegar aos ‘finalmentes’ é expulso do programa.

A edição do reality é sempre muito bem feita, e não peca em nenhum momento. Sempre intercala as ações de um atleta, desde o desempenho nos treinos até os combates, com comentários de Dana White, dos treinadores e dos outros participantes.

O The Ultimate Fighter é uma ótima porta de entrada para quem ainda não conhece o esporte, suas regras (que são muitas) e seus principais personagens. O TUF é um dos principais produtos da UFC e já revelou dezenas de atletas pelo mundo, alguns destes chegaram a ser campeões em suas categorias. Mesmo que você não goste tanto do esporte, o programa pode ser bem atrativo. Seus episódios costumam ser divertidos e tentam mostrar um outra imagem dos atletas, como quando mostrou um dos participantes discutindo com os demais companheiros sobre o motivo de estar ali: “Quero conhecer o elenco de Glee!“, dizia ele, e sim, era verdade, ele era realmente fã de Glee. Em outros episódios o show tenta emocionar e cativar os espectadores ao mostrar depoimentos dos atletas, contando de suas vidas pessoais e de seus dramas familiares.

TUF é um reality diferente, possui uma fórmula simples e é altamente viciante. Ele estreia amanhã em sua versão brasileira e espera-se que mantenha não só a fórmula original, como a qualidade técnica e o ótimo roteiro das edições americanas.


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