“Well, you know Katherine. She’s not about to go out without a grand finale” – Stefan
Olha, eu ouvi gente falando muito mal desse episódio, gente até que verificou o marcador de tempo para saber se o episódio tinha sido maior do que o normal, porque nunca acabava. Já eu achei que foi um episódio interessante. Há muito venho me sentindo insatisfeito com os rumos que o roteiro segue, mas, ainda assim, não consigo deixar a série para trás. A questão é: já que estou vendo, não adianta ficar somente criticando (como alguns leitores pontuaram na review passada após minha indignação com o final de Katherine), portanto, vou dar uma chance de verdade a essa reta final da temporada e tentar ver os fatos de uma maneira positiva e até inteligente que o roteiro já teve um dia. Novas cartadas foram dadas essa semana e como a mitologia dos doppelgangers volta a ser o centro das atenções, muito do meu fanatismo pela série volta a tona também, porque ainda acho essa uma das mitologias mais interessantes que a série já trabalhou. Os viajantes em si também são seres muito mal explorados e que tem um grande potencial de garantir boas tramas.
Achei interessante a maneira que o roteiro trabalhou as lembranças de Elena misturadas com tudo que Katherine viveu em seu corpo. Eu acreditava que mesmo inconsciente, algum resquício de lembrança deveria permanecer na pessoa, o que acabou sendo comprovado por todas as alucinações que nossa protagonista sofreu (o que também pode ter sido resultado do veneno que tinha em seu corpo, isso não ficou tão claro assim para mim). O grande ponto é que a protagonista da série, que sempre teve uma atuação diferente de mocinhas comuns, passou a ser uma menina apaixonada que vive única e exclusivamente para isso. Esse é realmente o único ponto que preciso comentar negativamente: estou muito cansado da relação Elena e Damon e como eles vivem falando que não são bons um para o outro, acabando na cama como sempre. Sério, não to falando isso porque torcia para o Stefan, hoje já nem quero mais ele com a Elena, mas o casal tá esgotando a paciência de qualquer um, de verdade. É tanto drama para acabar sempre do mesmo jeito, que acaba não fazendo sentido algum – comparo isso a temática central do episódio que nos apavora com um vírus mortal, para no final ter um antídoto que cura tudo (por sinal, Elena e Damon estavam com vírus diferentes, mas o mesmo antídoto os curou – cadê você continuidade?).
Voltando as ilusões, de tudo aquilo, só achei estranho Elena descobrir da morte de Aaron. Não lembro de Katherine ter se relacionado com o personagem (mas minha memória não é das melhores), por isso a aposta me fez perder o sentido. Só que Elena sempre vai contra tudo que prega quando se trata de Damon, acabando na cena que vimos (o que é lamentável). O interessante mesmo foi envolver os viajantes na necessidade de salvar Elena (e acabar envolvendo Stefan também). Ao que parece, o sangue dos doppelgangers tem um poder que ainda desconhecemos, mas que é de muita importância para os viajantes – talvez para algum feitiço maluco que eles querem fazer. Só que esse sangue só tem valor quando há somente uma das cópias vivas – o que deu a entender que Elena é a única cópia de Amara existente no momento, mas já Stefan, ainda tem uma cópia perambulando por aí. A nova cópia é um médico que vive em Atlanta e que está prestes a encarar a morte (afinal, como Caroline pontuou muito bem – é ele ou Stefan, o que torna a escolha um pouco óbvia).
Creio que momentos interessantes possam vir dessa viagem de Caroline e Enzo atrás da nova cópia, até pelos personagens apresentarem personalidades bem diferentes (e propósitos muito diferentes também). Sobre Enzo, vale comentar que fiquei bem assustado quando vi sua associação com os viajantes. Revi a cena que ele confessa o motivo, porque na primeira vez tinha entendido que Wes tinha tomado o seu corpo como viajante, mas depois vi que não era isso que de fato tinha acontecido – eles só usavam do conhecimento do professor para fazer o antídoto. Sloan se mostrou uma personagem bem determinada (e linda), mas é só mais uma das muitas viajantes por aí. Legal mesmo foi ver a citação de Markos pela primeira vez, nossa promessa de grande vilão para a reta final da temporada e pela primeira vez eu não consigo ver um esboço do que pode acontecer nos próximos passos da trama. Não consigo imaginar o que será feito com a mistura do sangue de Elena e Stefan, nem quais são as reais intenções dos viajantes e de Markos. Além disso, temos uma falta de trama sólida envolvendo Damon, o que pode vir a surgir nos próximos episódios.
Já estava quase me esquecendo de comentar a chegada de Luke, o primeiro personagem gay que aparece na série, e que parece não ter boas intenções com nossos personagens. Ele e sua irmã, muito mais bruxa do que poderiamos imaginar, estão manipulando descaradamente a todos, ainda com intenções obscuras – o que só pode significar problema no futuro. Algo que acho interessante comentar mas não tem a ver diretamente com este episódio: um leitor levantou nos comentários de Gone Girl que, pelo menos nos livros, existe um dark dimension – lugar para onde Katherine foi mandada. Se isso existe nos livros, com certeza pode existir na série, o que pelo menos justificaria a personagem ser mandada para lá – apesar das recentes declarações de Dries de que a personagem será mantida ‘morta’, o que pode ser um recurso para garantir surpresas no futuro. O que me impressiona mesmo é que outros personagens não tenham sido mandados para lá, um dos maiores furos de roteiro até hoje. Agora nos resta aguardar para ver se isso realmente se concretiza no futuro – talvez uma surpresa do season finale? Agora fiquem com o vídeo promocional de Rescue Me e não deixem de comentar!
PS.: Quem quiser conhecer um pouco mais da Dark Dimension, acesse aqui e conheça mais dessa parte da mitologia ainda inexplorada. Não comentei tanto porque isso pode significar spoilers para algumas pessoas.
