Depois de um tempo longe das reviews de Vampire Diaries, cá estou eu matando as saudades e cobrindo minha colega Lívia (que foi pular o carnaval). E olha que me presentearam com episódios bem bacanas nessa volta, não é mesmo? Episódios que chegam para marcar a estabilidade desse sexto ano que coloca a série de volta nos eixos e trabalha elementos outra vez interessantes. Será que depois da lastimável quarta temporada e do fraco quinto ano, podemos enfim respirar sossegados? Acho que estamos no caminho para isso.
Não vou separar os episódios aqui por acreditar que eles tem uma boa continuidade de fatos, então vamos tratar de núcleos específicos e de suas resoluções ao longo das duas semanas. E como toda série boa tem seus ponto ruim, vou começar logo falando da péssima trama que Enzo engatilha ao lado de Matt e Sarah Salvatore. Gente, primeira coisa: péssima ideia transformar Michael Malarkey em ator regular do elenco e sabe por que? Ele era um bom personagem que juntava maneirismos de todos os vilões que já passaram pela série (pense bem e você vai encontrar nele uma mistura de Damon, Klaus, Kol e etc) – o que só poderia funcionar a curto prazo. Forçado e sem carisma, Enzo agora virou um louco por vingança e quer conquistar a descendente Salvatore para que ela vire uma vampira também, tudo isso porque Stefan escondeu ela do irmão. Sério, eu não sei se o pior é o roteiro acreditar que a gente compra uma trama dessas ou se é colocar o cara mais sem tramas da série – leia Matt – no meio de tudo isso.
Fiquei com dó de tão trouxa e manipulável que Matt é. Ele até tenta, mas já se tornou um ciclo vicioso, todo mundo se aproveita dele. Não duvido nada que ele se apaixone pela menina e acabe se ferrando no meio dessa conspiração por vingança. Já que estamos nos Salvatore, não sei se vocês estão na mesma que eu, mas que essa coisa da mama Salvatore ser citada todo momento não deve ser a toa, não deve. Dificilmente a série traz a tona assuntos aleatórios e tanto Damon, quanto Stefan andam citando demais a mãe, que aparentemente ninguém viu morrer – não duvido nada que essa mulher apareça sambando na cara de todo mundo de Mystic Falls.
Outro ponto interessante do episódio dessa semana foi Liz trazer de volta o acidente que matou os pais de Elena como um ponto de interrogação. Sempre vimos esse acidente como uma fatalidade, mas depois do recado desesperado da matriarca Gilbert (que obviamente não era pela maconha de Jeremy), as coisas ficaram meio estranhas. Talvez a volta da mamãe Salvatore tenha alguma ligação direta com o acidente – Damon e Stefan estavam na cidade quando o acidente aconteceu e Damon disse estar deixando flores para a mãe -, mas ainda é um pouco cedo para afirmar tal fato.
Começando as despedidas, nos livramos demos nosso adeus final para Jeremy. Temos que concordar que ele não vinha sendo de muita valia nesse último ano e, tirando o seu amor incondicional por Bonnie (acho que teve chá de calcinha nesse negócio), ele se juntou a Matt como vaso de cenário. Me incomoda um pouco o final dele não ser a faculdade mesmo e sim ele caçar vampiros. Pensei que o personagem se encaminharia para a vida normal que tanto clamou nos últimos tempos e que, de certa forma, precisava. Final porco, mas é o que temos para hoje. Tivemos alguns momentos interessantes, como a despedida nada convencional com Elena e o adeus de Alaric (que também vem se juntando ao bonde dos vasos com Matt), mas nada demais. Eu considero que essa despedida aconteceu no momento errado – o episódio anterior seria mais apropriado até para que nada ofuscasse o grande acontecimento dessa semana que foi a morte de Liz.
De verdade, Liz nem me convencia muito no começo. Era aquela típica personagem que está ali sempre, fazendo volume e sendo importante em alguns momentos. Mas o desenvolvimento da sua doença ao mesmo tempo que explorávamos um pouco mais da sua relação com Caroline foi bonito de se ver. A garota ansiosa por criar um ambiente de memórias perfeitas acabou esquecendo que o que se leva não são os últimos minutos e sim uma vida inteira de memórias. E como foi linda a metáfora que aquela última memória compartilhada entre as duas trouxe, com Carol pequena, na sua bicicleta, dizendo não conseguir seguir sozinha e Liz afirmando que ela estava pronta para seguir – acho que quem acompanha a série desde o começo acabou se emocionando. Damon também foi fundamental nessa despedida e teve excelentes momentos em companhia da xerife – momentos que para mim valem bem mais do que o drama do seu relacionamento com Elena.
Já que chegamos no assunto relacionamento, Elena e Damon continuam no mesmo ponto: tentando reconstruir um amor que acabou se perdendo com as memórias da garota. E enquanto eles tentam isso, finalmente tivemos o primeiro beijo de um dos casais mais esperados da série: Stefan e Caroline – em uma cena com fotografia e trilha sonora perfeita. Acho que esse é o momento que Carol precisará muito de alguém ao seu lado e não tem como ser outra pessoa além de Stefan. Os dois combinam demais e acho que vem coisa boa por aí – claro que depois que o trauma da perda passar. Kai, que acumulou os poderes de Luke e agora tem emoções, acabou sendo deixado de lado depois que ajudou na transmissão da mensagem para Bonnie, outra que também ficou de lado essa semana. Eu só espero que a tragam de volta logo, acho que seria muito legal ela de volta em um momento como esse para os personagens – mas temos que aguardar ela achar a pedra com o sangue da Quetisyah para canalizar poder suficiente para voltar.
E o próximo episódio será o enterro de Liz, o que promete nos trazer mais momentos tristes. Dá uma espiada no vídeo promocional e semana que vem menina Lívia tá de volta. Foi bom passar por aqui de novo, beijos e abraços!
