O mito, a lenda, a maior vadia de todos os tempos está de volta. Obrigado, Senhor!
Apesar da minha efusiva animação, não se enganem: The Vampire Diaries está bem longe de entregar um bom episódio. Fizemos uma pausa de Carnaval, até porque eu também mereço pequenas férias, e voltamos para comentar este capítulo que enuncia muito do que vivemos com a série: uma caminhada bem tortuosa, cheia dos seus altos e, pelo menos agora, muitos baixos. Talvez você esteja se perguntando: mas Leandro, o que você viu de tão ruim essa semana? Bom, foram bem poucas as coisas boas, não é mesmo?
Primeiramente, o final da trama de Cade que chegou a beirar o ridículo. Realmente não tínhamos outra maneira de acabar com o DIABO que não uma luta entre dois videntes? Tu jura, Kevin Williansom? Quando a gente começou esta temporada, eu comentei que trazer alguém tão grande como o capiroto em pessoa era perigoso, porque realmente não tem o que fazer depois, além de você ter que tomar um cuidado enorme na maneira que dará fim a tudo isso – fosse com ele matando todos ou sendo derrotado. O que aconteceu foi uma série de erros. Provavelmente o roteiro não queria que Cade “durasse” tanto tempo assim, mas o acordo para a volta de Nina Dobrev não saia e eles tiveram que esticar a trama pelo máximo que conseguiriam, o que só aumentou o problema – importante: não vamos culpar Dobrev por isso, ela não tem nada a ver com a falha de criatividade da série.
Depois, o fato de ninguém se importar com o personagem. Absolutamente ninguém liga para Cade. Sempre tivemos vilões que, apesar dos seus milhões de perversidades, eram extremamente empáticos com a audiência. Katherine, Klaus, Kai, Silas, Lily, até mesmo as sereias ganharam algum tipo de simpatia do público. Já Cade… a gente só estava esperando a hora que ele ia sair de cena para a volta de Elena – estou mentindo? Por isso que tudo acarreta naquela sua morte ridícula, sendo derrotado por um humano associado a uma vidente – ainda é muito difícil aceitar essa transformação de Bonnie e todos os seus momentos Ghost com Enzo (fico só esperando aparecer os dois fazendo uma jarra de barro), mas tô tentando. Não bastasse tudo isso, alguém entendeu como que Damon voltou a vida? Porque eu sigo aqui pensando em como o cara que estava morto voltou por causa do grito da vidente. Gente, isso é preguiçoso demais. Não sabe como fazer para voltar o cara da morte, nem mata.
Achávamos que estava pouco, mas a série é o que? Ousadia e alegria sempre. O que foi a ideia de Alaric criar uma escola para crianças com poderes? Gente, isso é basicamente Hogwarts. É legal que a volta de Kai tenha representado o começo da sifonagem das garotas e que ele estava aqui para explicar o que acontecia, já que ele é o único Gemini que sobrou, mas não me faz uma escola de bruxaria, por favor! Eu ria tanto com aquela sugestão, mas tanto, que minha imaginação já viu Alaric barbudo com um chapéu roxo pontudo fazendo o discurso de abertura do ano letivo – claro que com Caroline, sua fiel escudeira, ao lado.
O que não foi preguiçoso? O final de Kai. Ali, tudo fez sentido. O roteiro foi a fundo em um dos seus melhores personagens, conseguiu trazer ele praticamente intacto de volta e fechar a sua trama com um final melhor do que sua morte. Apodrecer dentro do seu pior pesadelo é a definição do inferno pessoal que Kai viverá a partir de agora. Claro que sua saída não seria chorosa ou arrependida, apesar do desespero que conseguimos perceber pelo seus gritos nada contidos, o sifão mostrou sua cartada final ao entregar a verdade sobre a “destruição do Inferno” que, na real, nunca foi destruído, só mudou de dono.
E aí que vem a nossa rainha de volta. Eu amo a volta de Katherine e vocês sabem disso. É uma maneira muito legal da série empregar a ideia de ciclo que muito vemos em tramas fechadas. Kat foi nossa primeira vilã, nada mais justo que seja a última. Mesmo com seu caminho de redenção lá na temporada final, sabemos que o perdão nunca foi o forte da personagem, sendo totalmente justificável este seu retorno como dona da porra toda. Amei o hype que colocaram em cima do retorno, a maneira como foi contado e nem me preocupo se será realmente bom. Nossa Petrovinha está de volta, meu povo.
Tivemos também a micro-redenção de Stefan, mas isso já estava meio previsível, porque o personagem é muito altruísta, claramente ia querer “poupar” a todos da sua jornada de perdão. Gosto muito de Bonnie não ficar no ressentimento para sempre, nem deixarem de nos dar um final feliz entre ele e Carol. O que chama mais atenção, positivamente, é a maneira que, mesmo ruim, a temporada nos entrega uma história de amor entre dois irmãos, que seja qual for a situação, estão lá sempre para ajudar um ao outro. Faltam dois episódios.
Eu reclamo, mas claramente não estou preparado para me despedir. Confere o promo e não deixa de comentar!
