O que aconteceu com o povo do The Voice nessa semana?

Depois de um Top 12 brilhante, tivemos apresentações bem mornas nessa semana, com alguns favoritos quase caindo nas garras do Bottom – que, mais uma vez, foi sem sentido algum (pelo menos para a gente).

A novidade essa semana por aqui é o Ranking Acumulado. Além da classificação pelas apresentações da semana, agora teremos um somatório do desempenho dos candidatos no total da competição – segundo o nosso olhar super crítico, claro. Vamos nessa?

Shalyah Fearing (T-Adam)

Alexandre: Olha, o que aconteceu com a Shalyah hoje é o claro exemplo do quão uma song choice ruim pode ser nociva para um cantor. Não é que The Climb seja uma música ruim, longe disso. Já vi apresentações maravilhosas dela em RS mundo afora. O problema é que não é uma música que combinou bem com a Shalyah e acabou entregando uma apresentação morta, quando sabemos que ela pode muito mais. E isso é perigoso.

Leandro: O primeiro tropeço da nossa pequena Shalyah. Não, ela não cantou mal. Ela não se perdeu nas notas. Ela só escolheu a música errada mesmo. “The Climb” tem uma letra incrível, mas vem numa pegada diferente das músicas powerhouse que Shalyah vinha fazendo. Entendo a escolha, ela quer mostrar para a audiência que tem uma pegada pop/rádio, que pode funcionar em qualquer plataforma – mas aqui não era momento para errar. Ela tem que continuar dando os berro dela, que isso pode levá-la para final – o resto, a gente vê depois!

Daniel Passino (T-Pharell)

Alexandre:  Eu devo ser a única pessoa do mundo que não tem nada contra o Daniel. Vi muita gente na timeline falando mal dessa apresentação durante a noite de segunda e, no fim das contas, achei tão boa quanto venho achando tudo dele. Gosto do tom híbrido entre forte e suave que o Daniel coloca nas apresentações dele e torço muito pra que ele consiga ir longe na competição. Tá num meu top 5 fácil.

Leandro: Uai, gostei bastante do Daniel. Fui ver a apresentação já esperando por algo bem fora da média dele, mas achei bem boa – talvez sua posição mais baixa nos rankings do iTunes seja porque o povo já não aguenta mais ouvir “Time After Time“. Tem horas que eu paro e penso como o Pharell fez tanto sucesso como produtor, porque ele faz tanta cagada nesse programa, que não é possível! Pior que se estiver no bottom, Daniel tem chances enormes de sair (o que seria muito cedo para alguém com o potencial dele).

Paxton Ingram (T-Blake)

Alexandre:  É claro que o Paxton ia cantar uma música Gospel, né, minha gente? Terminou de bater o bingo que a gente espera dele. Não dá pra dizer que foi ruim como eu queria, porque na verdade foi a melhor performance dele no programa até então (o que também não quer dizer muito). Um pouco chata, mas correta vocalmente e com força suficiente pra me fazer ter que aturar ele por mais uma semana. A vida não é justa.

Leandro: Então é assim que você vai jogar querido? Já que nada funciona com esse menino, vamos colocar ele cantando umas músicas cristãs que o povo vai comprar. Não nego que os vocais foram infinitamente melhores que os da última semana, mas ainda assim esse garoto não me convence. Acho ele apelativo, não sabe para onde aponta a estratégia. Blake, você já foi melhor.

Owen Danoff (T-Adam)

Alexandre:  Owen faz totalmente o estilo que eu gosto com o tipo de voz que eu gosto, então não tem como não me empolgar toda vez que ele entra no palco, com ou sem violãozinho. Com essa performance não foi diferente. Me envolveu, me fez viajar pra longe e eu adorei, mas acho que depois de ter ido pro bottom semana passada, ele precisava de algo mais forte, pra impressionar de cara. Espero que ele não tenha que ir pra lá de novo.

Leandro: Owen e sua incrível habilidade de pegar músicas que absolutamente ninguém conhece. Confesso que depois de um bottom na semana passada, esperava um pouco mais da sua apresentação – tudo morno demais. Esse era o momento em que ele precisava se mostrar de uma maneira diferente para a audiência, dar uma apelada legal mesmo, mas acho que Adam já aceitou que ele não tem muito futuro na competição (o que é uma pena!)

Mary Sarah (T-Blake)

Alexandre:  Por que eu tenho a impressão que a Mary Sarah faz a mesma performance toda semana? Nem acho ela ruim, pelo contrário. Ela é boa, tem um carisma (não muito, mas tem). Mas de Danielle’s Bradshaw eu já tive o suficiente pra uma vida inteira, então sai daqui, menina.

Leandro: Mais do mesmo de novo filha? Não aguento mais essa voz enjoada e previsível de Mary Sarah. Toda semana parece que ela está cantando a mesma música. O que eu não entendi é porque alguém em sã consciência pode ter achado que essa foi uma das melhores apresentações da noite – esses americanos devem estar descompensados por descobrirem que a Beyoncé é negra e perderam a mão na hora de votar. Nada explica, sério.

Alisan Porter (T-Xtina)

Alexandre:  Falar o quê de Alisan, minha gente? Que ela é a melhor competidora da temporada? Que é a franca favorita? Que já é a vencedora moral? Não tem muito como não se repetir quando o tópico é ela. Poucos artistas que pisaram nesse palco tem a força que Alisan tem. Poucos conseguem ir de um gênero a outro com a verdade e intensidade que ela faz. Poucos conseguem me arrepiar como ela consegue. Poucos já chegaram ao The Voice prontos. Alisan é uma destes poucos.

Leandro: Que lacre foi esse da Alisan, gente? Me senti assistindo a final do programa já. Tantas notas perfeitas, um arranjo super adequado para a sua voz e o potencial vocal que faz completa diferença – não é a toa que ela vem como uma das favoritas da temporada. Sinceramente, tá difícil de superar essa garota. E eu nem conhecia essa música, então estou completamente limpo e de coração aberto para falar: melhor apresentação da noite.

Bryan Bautista (T-Xtina)

Alexandre:  Quando eu vi que o Bryan cantaria essa música, já esperei por uma performance maravilhosa e ele não decepcionou! Foi não só a melhor performance do dia, mas a melhor dele na temporada. Bryan se apropriou do clássico de Bruno Mars como se fosse dele e foi crescendo na apresentação pouco a pouco, com verdade, com emoção, com voz. Tudo no tom, tudo controlado, sem as desafinações das semanas passadas. Foi lindo. Bryan voltou ao jogo com tudo!

Leandro: E o que dizer dessa apresentação do Bryan com cara de especial de fim de ano da Globo? Arranjo chato, vocais ok e nada a mais. Não entendo o hype dele, mas se for para a Xtina ganhar, tá valendo qualquer coisa – só escolhe umas batidas menos chatas da próxima vez, por favor.

Adam Wakefield (T-Blake)

Alexandre:  Adam é de longe o competidor mais completo do Team Blake. Depois de ter feito uma ótima apresentação semana passada, esperei ele repetir o feito aqui. E dadas as devidas ressalvas (não foi tão bom quanto ele pode ser e começou estranha), ele fez direitinho o dever de casa. E é bom ver que ele está cada vez mais vencendo a timidez, mais solto no palco. Esse é seu maior defeito e parece que Blake está trabalhando nisso.

Leandro: Olha outro que eu não consigo me importar (mal do time de Blake). Sem nei o que falar, só queria que acabasse a apresentação logo porque eu não tenho tempo a perder com gente chata – pode berrar quanto quiser, você não irá me convencer querido!

Nick Hagelin (T-Xtina)

Alexandre:  Era tão óbvio que o Nick cantaria John Mayer em algum momento da competição que até me pergunto como eu não pensei nisso antes. Faz totalmente o estilo dele e, exatamente por isso, ele entregou uma ótima performance. Vocais no lugar, timbre no tom certo, presença de palco mesmo estando preso ao seu violão… Tava tudo certinho e foi bem legal de ver, mas não dá pra dizer que foi nada UOWW. Nick precisa logo de algo marcante para garantir seu lugar entre os finalistas.

Leandro: Amo essa música. Amo, amo, amo. E como Nick é um dos meus favoritos, acho que ele fez isso só para me agradar mesmo, porque não é uma música que chame muita atenção da maioria. Mas olha, eu estava tão feliz, que achei tudo maravilhoso. O arranjo, o vocal, os agudos inesperados. Quero muito que ele invista nessa pegada violão e microfone, combina demais com ele – e que o público continue votando para ele ficar, pelo amor de Cristo!

Hannah Houston (T-Pharell)

Alexandre:  Hannah é outra pra qual eu não tenho mais nem palavras. Assim como Alisan, ela consegue ir de um estilo musical a outro com uma facilidade de dar inveja e consegue arrasar em todos. Essa semana, ela veio intimista, mas avassaladora. Começou de mansinho e no meio da performance já estava arrebatando. É isso tipo de gente que quero ver longe na competição.

Leandro: Temos que conversar sobre Hannah, porque talvez eu esteja cansando um pouco dela. Tudo que me soava incrível antes, agora me parece só repaginado. Não sei se são as escolhas de repertório que ela vem fazendo, se sua técnica demasiada em contraponto a emoção em segundo plano. Não sei. Ainda é bem incrível e uma das melhores, só não está me comovendo mais – mas ainda amo sua história.

Laith Al-Saadi (T-Adam)

Alexandre:  Laith, Laith… Onde você estava até agora?? Que apresentação maravilhosa! Foi uma ótima escolha fechar o programa com isso. A canção do Ed Sheeran ganhou uma vida diferente com o tom de voz arranhado do Laith. Ele soube colocar a força necessária para tornar o que era dito real. Melhor performance dele na temporada, de muito longe.

Leandro: Comecemos isso aqui esclarecendo uma coisa: ninguém vai superar a apresentação que Matt fez dessa música. Dito isso, que baita estratégia de Adam colocar Laith para fazer uma música com uma pegada mais pop, se aproximando assim da grande audiência do programa. Foi um baita número, mesmo que a sua voz tenha soado um pouco forte demais para a melodia em alguns momentos. Laith corre por fora nessa competição e pode surpreender demais de onde pode chegar nela.

RANKING DA SEMANA

1. Alisan Porter (Xtina)
2. Laith Al-Saadi (Adam)/Hannah Huston (Pharell)
3. Bryan Bautista (Xtina)
4. Shalyah Fearing (Adam)/Paxton Ingram (Blake)/Daniel Passino (Pharell)/Nick Hagelin (Xtina)
5. Owen Danoff (Adam)
6. Adam Wakefield (Blake)
7. Mary Sarah (Blake)

RANKING ACUMULADO

1. Alisan Porter (Xtina)
2. Hannah Huston (Pharell)
3. Shalyah Fearing (Adam)
4. Laith Al-Saadi (Adam)/
5. Owen Danoff (Adam)/Daniel Passino (Pharell)/Nick Hagelin (Xtina)
6. Bryan Bautista (Xtina)
7. Adam Wakefield (Blake)
8. Paxton Ingram (Blake)
9. Mary Sarah (Blake)
10. Emily Keener (Pharell)

ELIMINAÇÃO

O programa de eliminações contou com a apresentação dos times de Pharell e Xtina, proporcionando momentos bem bacanas – mas que não disfarçavam a ansiedade para saber quem estava no Bottom, que acabou sendo formado por Owen Danoff, do time de Adam, e por Daniel Passino, do time de Pharell. Veja quem se deu mal nessa semana:

Alexadre: Olha, não da pra dizer que foi um bottom justo quando Mary Sarah parece disposta a trilhar o caminho até a final e ser a nova Danielle e Paxton continua pra cantar muito gospel pra gente, mas entre Owen e Daniel, o segundo tem uma voz melhor, mais potente, é mais versátil e acho que pode entregar muito mais. Então ok. Tchau, Owenzinho. Foi legal o que vivemos, mas te vejo nas redes sociais.

Leandro: Se fosse por mim, esse jamais seria o bottom da semana. Depois que aceitei o fato, minha torcida estava com Daniel mesmo. Por mais que eu curtisse a música de Owen, ele estava apagado demais, as vezes parecia nem se importar muito. Uma pena, tinha era que tirar Mary Sarah gente.

Por aqui estamos errando lindo os eliminados a cada semana – mas como acertar quando a audiência americana parece louvar o pior dos times, não é mesmo?

E como está a torcida por aí? Seu favorito permanece no programa? Conta para a gente!