Tudo diferente nos Playoffs desse ano.

Por conta das eleições americanas na última terça (08), que a gente prefere nem comentar para não se deprimir, o The Voice teve que fazer um programão na segunda com todas as apresentações de uma vez. Com vinte candidatos disputando as doze vagas da fase ao vivo, não houve espaço para erros ou para Wildcards, recurso utilizado para trazer de volta um eliminado para cada time na briga por uma vaga no ao vivo (um recurso que pode ser bem injusto em alguns casos). Era tudo ou nada.

Se as decisões, do público e dos técnicos, foram acertadas, comentaremos mais a frente. Mas a sensação que fica é de que veremos uma disputa acirrada pelo título dessa temporada – e isso é maravilhoso. Diferente da maioria das nossas reviews, não vou passar por cada apresentação, mas sim fazer um apunhado geral do time e dos selecionados. A dinâmica segue a das demais temporadas: o público seleciona dois artistas e o técnico leva o terceiro. Bora?

Team Alicia

Depois de passarmos por tantas fases, o time estrelado de Alicia chegou a cinco competidores bons (alguns muito mais que outros), mas que representam bem pouco das possibilidades que ela teve ao longo do caminho. Já começo falando o quão eu estava errado ao criticar sua escolha por Sa’Rayah nos Knockous. A competidora entrou naquele palco para mostrar o porquê de estar naquela competição e cantou como se sua vida dependesse daquele momento para continuar. Foi maravilhoso, não sei nem o que falar. Com o nível lá em cima, Josh entrou no palco e fez muito pouco para se destacar. Uma apresentação bem mediana, que nos faz pensar como chegou tão longe dentro da competição. O mesmo pode ser colocado para Christian, que tentou alguns momentos de destaque, mas ficou bem aquém com uma escolha de repertório mais do que batida para qualquer fã de realities musical.

Nossa pequena prodígio Wé seguiu na sua trilha ascendente e teve seu grande momento no show até agora. Sua apresentação foi linda, linda. Tão poderosa quanto Sa’Rayah, mas com a pouca idade e a inexperiência ao seu favor. Bato no ponto de que ela é o nome que temos que olhar nessa temporada, ainda mais depois desses Playoffs. Kylie, eu já nem sei muito o que pensar. Ela foi tão bem nas fases anteriores e aí compartilha esse momento bem esquecível com a gente. O erro maior ficou na escolha do repertório, sem dúvida nenhuma – o que Alicia poderia ter influenciado. Talvez não fosse muito interessante ela continuar, vai saber.

Eliminação: 

Com o público levando Christian e Wé, a escolha ficou bem óbvia para Alicia. Apesar de contar com bons cantores, Sa’Rayah está muito a frente dos colegas e, partindo do princípio que julgamos a apresentação da semana, ela foi, sem dúvida, a melhor. Fechado para o Top 12, o time de Alicia é bem interessante. Pessoalmente, acredito que o elo mais fraco está no ato masculino da técnica, que vem apresentando pouca diversidade e pode cair no lugar comum em pouco tempo. Com Wé e Sa’Rayah, as possibilidades são ilimitadas e já fico bem do ansioso para ver as duas em uma parceria com Alicia (faça isso acontecer NBC).

Team Blake

Vocês já estão cansados de saber o que eu penso do time de Blake (e do técnico mesmo também). Então fica bem difícil separar isso de tudo que vi nesses Playoffs. Um grupo com talento, mas com pouca diversidade musical. Ficou bem difícil comprar algum deles, mesmo que minimamente. Fico feliz com Dana, por exemplo, que foge de tudo que podemos chamar de lugar comum para o técnico country. Ritmo, pegada, estilo: tudo completamente diferente do esperado e dando um dinamismo inesperado para o time. Quem eu esperava muito, acabou entregando bem pouco. Sim, estou falando com você, Jason. O cara me escolhe uma das músicas dançantes mais bombadas do momento e quer ficar mandando uns berro no meio, dando para ela uma cara mais emocional – que não combinava nada. Sério, foi uma decepção tão grande aquilo que, em determinado momento, eu só queria que acabasse logo, porque estava com um pouco de vergonha do que estava vendo (ainda mais com a dose extra de dramaticidade que ele foi inserindo ao longo da apresentação.

Já Sundance, Austin e Courtney (que mandou uma música direto do túnel do tempo para a nossa TV), um marasmo sem fim. O primeiro ainda mostra um pouco de profundidade no seu número, mas não chega a me impressionar. Ao acabar de assistir todos os candidatos do time de Blake, eu estava realmente curioso para saber o rumo que o público daria para esse povo.

Eliminação:

Mostrando que sabe votar em realities tão bem quanto eleger seu presidente, o povo americano escolheu os dois cantores country (ó, que surpresa!!!!) para representar o time de Blake no Top 12 da temporada. Daí, o técnico vai e escolhe Courtney, que talvez seja a melhor dos três. Eu fiquei tão bravo com a eliminação de Dana, mas tão bravo, que eu estou na torcida para o Blake perder dois candidatos já na primeira semana, só para largar mão de ser besta (mas sei que isso tem chances mínimas de acontecer). Que raiva!

Team Miley

Cara, acho que esse é o meu time preferido e eu nem tinha percebido isso. Tirando Belle, que chegou como um steal dos Knockouts, eu curto todos os cantores do time de Miley, o que tornou esse momento bem difícil para mim. Acho que cada um deles conseguiu explorar o que faz de melhor com suas respectivas apresentações e isso é muito bacana, mostra um pequeno vislumbre do que veremos daqui para frente. Importante falar, mais uma vez, da genuína empolgação de Miley durante os minutos que seus pupilos estavam no palco, sempre como uma mãezona cheia de orgulho e cantando junto com o filho. Como já ressaltei lá no início, somente Belle teve pouca relevância. Esquecível do começo ao fim, ela tinha pouquíssimas chances de permanecer no time.

Quem acabou comigo foi Ali, que trouxe a igreja para as nossas telas, né não? Que voz, que potência. Quando eu digo que essa vai ser uma temporada de gigantes é por causa de apresentações como essa, que fazem a gente marcar o candidato como um dos favoritos a vencer. Todos os outros também tiveram seus momentos: Darby com toda a sua excentricidade atraente, que é bem parecida com Miley mesmo; Sophia e sua pegada um pouco mais forte, pesada e cheia de atitude e Aaron, o único homem do grupo e que, com isso, briga sozinho por um espaço na próxima fase.

Eliminação:

Por mais que eu adorasse a ideia de Miley levar um time todo feminino para a próxima fase, isso limitaria muito a diversidade do time da cantora. As escolhas do público seguiram o esperado, levando Aaron e Ali como os grandes favoritos da equipe. A adição de Darby também não contraria muito o discurso que Miley vem fazendo até aqui, já que sempre alegou ser muito parecida com a menina e saber exatamente o que fazer. Boto fé nesse time e tô achando que ele é o mais forte, viu?

Team Adam

Eita que eu pensei que Adam tinha um time bem mais ou menos e acabou sendo uma boa surpresa ver essas apresentações. Basicamente, o único elo fraco que tínhamos era Riley, que me lembra Norman Bates, não sei porque, e que foi um erro do técnico trazer até aqui. O menino é inexperiente, canta um gênero pouco atrativo para o público e era quase uma certeza de eliminação se levado adiante. Pelo menos nisso Adam pensou. Fora ele, a coesão do time estava excelente. Os vocais masculinos disputados por Brendan, Josh e Billy foram surreais. Quando eu pensava que um já tinha fechado a noite em critérios de técnica e potência vocal, vinha outro e elevava ainda mais o patamar. Eu realmente não saberia escolher entre nenhum dos três, entendendo perfeitamente a posição que Adam ficou.

Simone, única voz feminina, teve seu merecido destaque e fez uma bela apresentação, merecendo demais uma chance de mostrar mais do potencial que tem nas próximas fases do programa. Ela claramente foi um tiro no escuro do técnico que deu certo. Ao meu ver, tudo dependerá do público, que leva dois para frente e deixa alguém nas mãso de Adam.

Eliminação:

Fiquei bem triste com a eliminação de Simone, apesar de esperar por isso depois de Billy e Brendan serem os primeiros aprovados. Vale chamar atenção para o fato de Adam levar um country para a fase Ao Vivo, um dos seus maiores sonhos, e que, ainda por cima, foi um steal dos Knockouts. Só com vozes masculinas, essa não é a primeira vez que o técnico faz isso e pode se dar muito bem, com chances de candidatos na final, dependendo do transcorrer da competição.

Meu Top 12

1. Ali (Miley)
2. We (Alicia)
3. Sa’Rayah (Alicia)
4. Billy (Adam)
5. Josh (Adam)
6. Aaron (Miley)
7. Brendan (Adam)
8. Darby (Miley)
9. Courtney (Blake)
10. Sundance (Blake)
11. Christian (Alicia)
12. Austin (Blake)

E aí, o que achou das eliminações dessa semana? Justas?

Gostou da formação dos times? Quem está mais forte? Qual candidato sai na frente? Monta seu top 12 para eu ver o que você está achando e até semana que vem!