Chegamos à metade da primeira fase do The Voice Brasil e o episódio mais uma vez não trouxe grandes surpresas. Lulu continua reinando quando as quatro cadeiras viram, Brown continua pegando os candidatos que ninguém mais quer, Teló continua relutante em apertar o botão e Claudia Leitte… continua sendo Claudia Leitte.
Não sei quanto a vocês, mas ainda não vi nessa temporada alguém com perfil de campeão. Alguém que nas primeiras notas a gente já aposte que vai ver na final! Boas vozes estão por aí, acho que esse não é o problema, mas falta star quality aos candidatos que se apresentaram até agora. Não tem ninguém na boca do povo como ficaram Ludmillah (PAH!), Ellen, Sam, Dom Paulinho, Luana Camarah, Khristal e tantos outros. A galera desse ano canta bem, mas não parece ter tanto carisma, domínio de palco ou mesmo estilo, identidade.
E aí temos algumas possibilidades: a primeira é a de que é isso aí mesmo que tem pra hoje, e então é bem possível que algum candidato do time original de Lulu Santos vença o programa – ainda que acabe com outro técnico depois. A segunda é a de que eles estejam guardando os melhores para o fim, e aí Brown e Michel, que são menos escolhidos, podem ter mais vagas e virar o jogo. A terceira é a de que esses candidatos melhorem com o tempo, evoluam, e aí quem não parece tão bom agora, pode desabrochar nas próximas fases.
Dito isso, vamos ver como ficaram os times desta etapa:
O #TeamLulu já começou com o pé direito recrutando a Negra Mary, que cantou “Fim de Tarde” e conseguiu as quatro cadeiras, assim como Leo Chaves, dono de uma voz bem comercial e de um estilo marcante (mas foi meio vergonha alheia a Milk imitando a galera rastafari pra tentar ser escolhida). Não foi surpresa, afinal ele cantou “Condição”, uma música do próprio Lulu.
Brown continua com seu plano maligno de dominar o mundo junto aos rejeitados e só aperta o botão no último segundo, quando tem certeza de que ninguém mais vai querer. Foi assim com Gau Silva e sua performance sonolenta de “Angela” e Larissa Mello que cantou “Cabide” e, na verdade, mandou muito bem. Mas acredito que a grande aquisição dele nesta semana foi Matheus Zuck. Apesar de não curtir o estilo do rapaz, Matheus compensou a falta de experiência com uma doçura incrível na sua interpretação de “Tudo que Você Quiser” e deve ter ganhado o coração das adolescentes com a sua gaitinha (o que significa muitos, muitos votos).
Claudia Leitte conseguiu uma candidata muito boa e outra muito ruim. Allice Tirolla mostrou que não é nenhuma amadora e chutou o balde na performance matadora de “Mamma Knows Best”, uma das melhores da noite! Por outro lado, Camila Leonel parecia um rádio em que alguém estava brincando de aumentar e abaixar o volume enquanto ouvia “Pensando em Você”. Só Claudia virou pra ela, e eu não consigo pensar em outro motivo que não seja ter alguém pra dispensar nas batalhas.
Michel teve que se esforçar muito para conseguir se sobressair diante da batalha de egos de Lulu e Milk, mas levou dois candidatos disputados. A adolescente Adna Souza, que cantou “Suíte 14” atrás das cortinas e todo mundo jurava que era um homem, talvez não seja uma peça muito forte no seu time, mas ele deu um xeque-mate ao passar a lábia em Renato Vianna praticamente prometendo uma vaga na final ao menino. Renato foi o nome mais comentado nas redes sociais, e não é pra menos: encarou um música difícil, mandou bem, é bonitinho, canta na igreja, é de origem humilde e ainda tem uma mãe fofa e meio trolladora. Pacote completo!
Como sempre, tivemos flops. O youtuber Kassyano, que mirou no Justin Bieber e acertou na Hazel Grace, o surfista-andarilho-de humanas-gratidão Pedro Schin, que até que cantava bem, mas não tinha nada de especial, e a menina que era freira e agora virou roqueira, mas cantou forró. Acho que não farão falta ao programa e me surpreenderia muito se alguém virasse para eles.
Dani Suzuki voltou ao programa, mas ainda não vi muita utilidade para ela nessa fase, já que o Leifert continua fazendo quase tudo. Talvez fosse mais coerente colocar a apresentadora só nas fases ao vivo, para acompanhar a movimentação no Twitter. Das histórias pessoais dos candidatos, nenhuma surpreendeu muito, já que quase todos seguem a linha de cantar desde a infância e se apresentarem na região onde vivem. Focar em outros aspectos talvez funcionasse melhor para que o público se conectasse com eles.
Gostaram dos aprovados da semana? Que time vocês acham que ficou mais forte agora? Deixe seu comentário!