Todos estavam ansiosos pelo retorno da segunda herdeira de Hershel.
Depois de construir fortes laços de amizade com Daryl (where’s the boooozze?!), ela sumiu misteriosamente, deixando o pobre arqueiro desolado e a todos nós confusos sobre o que havia acontecido ali.
E então ela abre os olhos, e nós acompanhamos suas descobertas.
Passamos todo o quarto episódio seguindo Beth. Por um lado foi ótimo, pois conhecemos as pessoas que a raptaram – ou a salvaram, na versão deles – e o local que ela foi mantida durante todo esse tempo. Também conhecemos Noah, um menino bacana que rouba pirulitos para agradar a bela moça.
– Tudo tem seu preço, Beth –
Já se sabia que Beth estava viva, mas seu paradeiro ainda permanecia um grande mistério. No último episódio Carol e Daryl partem em busca dela seguindo a trilha do carro marcado com a cruz branca, e no final vemos apenas Daryl retornar e comandar a alguém que se revele ao grupo.
Aí vai a aposta óbvia: esse alguém é Noah (o eterno Chris, de Everybody Hates Chris).
Eu deposito fé nesse novo personagem por dois motivos. 1 – Gosto do ator (Tyler James Williams). 2 – Por mais que ele tenha sido bonzinho, fugiu e deixou Beth para trás sem dó.
E sério, quando ele diz que desconfia que deixaram o pai dele morrer por ele ser um homem grande e forte, que poderia se rebelar contra o sistema, eu só conseguia pensar nisso:
– A gente sabe Noah… A gente sabe –
O lado negativo é o que pode vir por aí. O episódio acaba meio sem fim, vemos que Carol também foi capturada e por mais que tenha se criado um clima interessante em uma história que foge das páginas dos quadrinhos, os produtores aqui trilham um caminho perigoso.
Qual é o real avanço da história nesse núcleo? O grupo se juntará e eles marcharão para resgatar o soldado Beth? Rolarão discussões acaloradas sobre a importância de sacrificar a segurança de todos em prol da vida de um? Todas essas histórias já foram contadas várias vezes em The Walking Dead.
– Uma bela mudança de cenário –
O que me põe a pulga atrás da orelha é essa necessidade de não deixar diversas histórias seguirem seu desenvolvimento para frente, sempre havendo a interrupção de uma trama para que ela se funda com outra nessa necessidade de regate e reencontro.
Mas ressalto que isso é apenas uma preocupação!
Esse episódio foi muito competente em mostrar outra sociedade, estabelecer suas regras e seus personagens diversos – vilão (Gorman), líder atormentada (Dawn), amigo guia (Dr. Edwards). É muito legal como expansão do universo da série e funcionou bem nesse episódio. Resta ver o que será feito daqui pra frente.
– Dawn, senhora feudal do apocalipse –
Também foi legal ver Beth de enfermeira improvisada, e o sistema meio escravagista feudal do hospital é muito interessante. Mas fico pensando… Se não fosse a figura de Gorman, um cara realmente escroto, seria mesmo ruim ficar ali? Segurança, roupa limpa e rango. É um oásis do apocalipse. Eu imagino os olhos de Rick brilhando ao ver aquele lugar.
Se tomarmos como exemplo a segunda metade da quarta temporada, podemos relaxar. A separação dos personagens enquanto rumam ao Terminus foi conduzida com precisão e tivemos grandes momentos extraídos de diversos núcleos. “Slabtown” foi um bom episódio, mas se tratando de uma série que muito pouco apostou e já muito errou, sempre fica aquele pé atrás.
Observações:
– Beth fazendo cara de nojinho quando comeu porquinho da índia. Sério? Nessa altura do apocalipse?
– Dr. Edward tem um Caravaggio em seu escritório. Já sabemos quem será o mais rico se o mundo voltar ao normal.
– Todo mundo odeia o Noah! O menino apanha da polícia mesmo não tendo feito nada.
– Cara! Aquela amputação foi arrepiante! Rangi os dentes aqui.
– Gorman forçando Beth a provar o pirulito (não existe jeito bonito de escrever isso) foi uma cena meio tosca. O personagem já é raso, mas algumas situações podiam ter sido mais bem arquitetadas…
-… Porém, Beth matando ele foi muito legal.
– Bom ver uma cidade grande mais uma vez em TWD, com os prédios destruídos e tudo.
– Quando a Carol acordar, quero ver fazerem ela passar roupa.
E a Morte Zumbi Da Semana vai para Beth! Em um episódio quase sem zumbis pelo menos restou tempo para esse lindo pisão em slow motion.