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The Walking Dead – 7×09 Rock in the road

Por: em 13 de fevereiro de 2017

The Walking Dead – 7×09 Rock in the road

Por: em

The Walking Dead costuma fazer episódios de estréia muito bons. Tão bons que, em geral, se tornam o melhor episódio da temporada. Basta lembrar de episódios icônicos como 5×01 “No Sanctuary” ou 6×09 “No Way Out”, dois episódios bombásticos, cheios de ação. Contudo, precisamos entender que o grupo agora vive em uma nova realidade onde Negan existe. Na qual eles precisarão derrotar um numeroso exército extremamente equipado. Para tanto, será necessário utilizar outro tipo de força. O episódio de estréia da segunda parte da sétima temporada pode não ter o impacto de outras premiéres, mas provou que veremos um novo grupo surgir para vencer um inimigo que é muito mais formidável que qualquer outro que eles já enfrentaram.

Sem dúvida, esta temporada está nos mostrando que Rick Grimes é um líder muito versátil. Se pensarmos na trajetória de Rick até aqui, veremos que ele carrega a brutalidade que adquiriu para conseguir liderar um grupo do lado de fora dos muros de uma comunidade. Em outros momentos, como na mega horda da sexta temporada, nós o vimos como um estrategista. Na primeira metade da sétima temporada, ele foi um líder hesitante, tentando encontrar uma forma de sobreviver à condição imposta por Negan. Mas nesta segunda metade, o episódio Rock in the road mostrou Rick Grimes quase como um diplomata, estabelecendo conexões e fazendo acordos. É ótimo para a série e para o personagem, que ele não se resuma a um tipo de líder (como é o caso do Negan, que é um ditador que lidera através de técnicas de coerção e tortura), isso garante longevidade e sopra novos ares depois de tantas temporadas.

Se muitos reclamaram do ritmo lento da primeira metade da sétima temporada, podemos dizer que a história andou bastante em apenas um episódio. O grupo principal se reuniu com os dois líderes das duas principais comunidades: Gregory, em Hilltop e Ezekiel, em Kingdom. E enquanto vemos os dois tomarem decisões semelhantes, ambos se recusaram a se unir à Alexandria na guerra contra os Saviors, nós também notamos a enorme diferença de postura entre Gregory e Ezekiel.

Gregory é um covarde que teme meramente pela própria vida e por peder o poder que ele possui como líder de Hilltop.  Já Ezekiel, se recusa porque quer genuinamente proteger os habitantes de sua comunidade. Além disso, o Kingdom fez um acordo com os Saviors que mantêm uma relativa paz. A verdade é que Ezekiel ainda não presenciou o que os seguidores de Negan são capazes de fazer, por isso ele está reticente em se juntar ao grupo de Rick. Pode até parecer que a história não caminhou muito, já que os dois líderes se recusaram a participar da guerra. Porém, em Hilltop, a comunidade começa a se levantar contra a decisão de Gregory e apoiar a liderança de Maggie (Graças à Enid, que rapidamente amotinou os Hilltoppers). E no Kingdom, Daryl profetizou que o trato de paz será quebrado em breve. Assim que algo sair errado, Ezekiel firmará aliança com Rick.

Este episódio também direcionou os holofotes para alguns personagens. A primeira é Rosita, de quem eu tenho gostado a cada dia mais. Não porque ela seja uma pessoa agradável, mas porque eu acho que depois de sair da sombra de Abraham, ela se tornou uma personagem que movimenta a história. Neste episódio ela estava mais desaforada do que nunca, mas ao mesmo tempo, mostrou ser indispensável para o grupo.

Em segundo, Daryl. Ao aceitar o asilo oferecido por Ezekiel, ele recebeu de Rick a missão de agir como um negociador. O que é muito interessante porque há algumas temporadas Daryl se tornou um personagem calado e soturno. A tarefa de negociação certamente exigirá dele mais do que a sua posição no grupo até hoje. Talvez a culpa que ele carrega pela morte do Glenn faça com que ele comece a pensar mais antes de agir e ele consiga se desenvolver como personagem.

O terceiro personagem é o Padre Gabriel. Acredito que o mistério em torno da fuga/desaparecimento de Padre Gabriel é desnecessário. O público já sabia que alguém estava espreitando Alexandria, logo não faz sentido tentar nos fazer pensar que Gabriel traiu a confiança de Rick. Está óbvio que ele foi levado pela pessoa que estava observando Alexandria.

O grande destaque do episódio, no entanto, foi a sequência de ação que já se tornou uma das mais icônicas da série. Rick e Michonne, em um momento The Walking Dead feat. Velozes e Furiosos, conseguiram acabar com metade de uma horda (segundo a AMC mais de 300 walkers) com uma manobra inteligente. Depois de sete anos, a série ainda consegue nos surpreender com formas inovadoras de lidar com a ameça dos mortos-vivos. Aliás, Rick e Michonne têm sido o fio de esperança no futuro, fortalecendo a ligação entre eles a cada episódio. No episódio desta semana, Michonne teve um papel fundamental não apenas nas cenas de ação, mas auxiliando Rick durante as negociações e ajudando-o a manter a esperança e a serenidade para liderar a missão à frente deles. Se a primeira metade foi sobre lidar com a perda, o tema da esperança parece muito presente na segunda metade, o que foi evidenciado na cena final, quando Rick encontra um novo grupo. Depois de tanto sofrimento, foi um momento de muito alívio para o público quando Rick Grimes sorriu de novo.


  • Eu sou uma Richonner assumida. Não poderia estar mais feliz pois esse foi um episódio cheio momentos interessantes entre os dois personagens.
  • Estou ansiosa pelo reencontro da Carol e do Daryl!
  • Fiquei muito curiosa com a nova comunidade que eles encontraram. Acho que é uma comunidade original da série de TV, não faz parte dos quadrinhos.
  • E você, leitor? O que achou do episódio desta semana?

Gizelli Sousa

Arquiteta, feminista, prefere uma noite de maratona de séries do que sair para a balada.

Brasília/DF

Série Favorita: The Walking Dead

Não assiste de jeito nenhum: Gilmore Girls, The O.C., One Tree Hill, Girls, Love

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