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The X Factor UK – 13×03 / 13×04 Auditions Parts 3 & 4

Por: em 5 de setembro de 2016

The X Factor UK – 13×03 / 13×04 Auditions Parts 3 & 4

Por: em

Nesse segundo fim de semana de audições, o X Factor das terras da rainha veio com doses cavalares daquilo que sabe fazer de melhor: um belíssimo lote de DRAMA da primeira qualidade. Se você está procurando por grandes vozes, talento sublime e bastante rasgação de seda, o The Voice começa em algumas semanas tá? Aqui é a turma da treta, do drama,  do glamour e do plot twist e, é, volta e meia alguém particularmente talentoso se destaca. Brincadeira. Mais ou menos.

The X Factor UK - 13x03 (Painel)

Essa semana a bancada não me incomodou tanto. Agora que já passou o calor da estreia, dá pra perceber que Nicole parece um pouquinho menos desequilibrada do que o de costume (nunca vou me esquecer dos surtos semanais na primeira temporada do US) e não tem feito comentários nonsense, o que já é de muito avanço. Sharon pra mim continua sendo uma pequena pedrinha no sapato da fluidez natural das coisas, mas até abri um leve sorriso no primeiro “faaabulous” da temporada. Louis e um cone pra mim não tem distinção, mas é aquele ditado, muito ajuda quem não atrapalha, e nesse aspecto o vovô do painel tem sido substancialmente competente. E a química tá lá, então se eu reclamar muito vai ser pura chatice.

Auditions 3

Niall Sexton – Gravity (Boys)

Depois de um belo bloco inútil de joke acts para abrir o programa de Sábado, tivemos Niall Sexton abrindo para os boys – que tiveram um excelente fim de semana. Foi uma audição bastante diferente, inesperada eu diria. Ele tem um timbre agudo gostosíssimo (igual ele) e escolheu a música perfeita, que permitiu que ele entregasse uma performance elegante e emocionante. Simpatizei com ele, mas não me pareceu tão memorável quanto a I’d Rather Go Blind de James Hughes de semana passada, que é um concorrente óbvio de Niall considerando a voz ridiculamente aguda que os dois têm.

Janet Grogan – Pillowtalk (Overs)

Já comentei que a gente adora uma história de superação? Bem vindos ao The X Factor. Eu me lembro da apagada passagem de Janet dois anos atrás. Ela foi se destacar meeeesmo só no Six-Chair, onde as circunstâncias (e a plateia que achava estar no Coliseu em pleno pão-e-circo) a tiraram das Judges’ Houses. Não fui muito fã dela lá atras, mas a gente realmente gosta de uma história de superação. E além de tudo a gata realmente canta bem, com uma potência vocal muito forte e muito presente – sem contar na ótima escolha de música. Certamente segue até o Six-Chair, onde vai ter que se provar (e provocar bastante drama, se Simon Cowell assim quiser).

Bradley & Ottavio – Buttons (Groups)

Ok, esse foi definitivamente o meu momento favorito. Tem trama melhor que duas pimposas brigando por causa de frango mal cozido? E fazendo as pazes? E cantando Buttons? E PASSANDO? As performances individuais foram bem mais ou menos – a de Bradley foi um pouquinho melhor – e a da dupla foi bem mediana, dadas as devidas circunstâncias emocionais. Mas acabou que realmente brilhou alguma coisinha ali e no fim da história eu realmente acredito que eles tenham muito potencial, pelo menos de ser o novo Blonde Electra. Um pouquinho de polimento, um guarda-roupa sutilmente mais refinado, e temos um potencial finalista. Sim. Finalista. Acredita em mim.

Kaleigh Marie Morgan – With You (Girls)

Kaleigh fez uma audição que equilibrou muito bem o VT emotivo, uma escolha de música ideal e o combo personalidade + emoção. With You é uma música um tanto perigosa, já que tem um nível relativamente alto de exigência vocal e pode soar “teatral” demais. Kaleigh usou de inteligência e só foi até onde tinha certeza que seria capaz de ir, além de administrar a emoção ao longo da música pra não mostrar desespero. Foi bastante quadradinha a performance, mas foi o suficiente para mostrar a voz dela que, por mais que não seja a melhor da competição, é boa o suficiente.

Auditions 4

Ryan Wilkins – We Found Love (Overs)

Eu realmente não sei o que aconteceu aqui. Até metade da performance eu tinha certeza que Ryan seria tratado como mais um joke act deveras divertido, mas assim que vi as caras de aprovação do lado de lá da bancada (leia-se de todos menos Simon), fiquei confuso. O rapaz desafinou como se o mundo estivesse à beira de um colapso, e, por mais que seja totalmente a favor de todas as modalidades de male divas nessa competição, também gosto de preservar minhas capacidades auditivas com performances cujo tom esteja no limiar do razoável. Vou fingir que não vi e esperar o rapaz ser eliminado no Bootcamp.

Tom & Laura – Sex On Fire (Groups)

Outro potencial joke act que virou a mesa. Já vi audições o suficiente para ser razoável supor que um casal de gordinhos cambaleantes seja material de bullying, mas fiquei muito feliz quando Laura começou a cantar e deu início a uma audição bem interessante. Ao contrário do que disse a bancada, eu não acho que Tom seja tão melhor que Laura assim, ele só gritou mais e isso não quer dizer muita coisa. A dupla funciona como dupla porque existe um fogo, uma química, coisa que não se acha em todo o lugar. É uma versão gordinha de Alex & Sierra. Com a “Sierra” sendo a “estrela” que não pode se deixar ofuscar pelo companheiro. Seria no mínimo diferente se a dupla chegasse aos Live Shows, mas não vejo isso acontecendo.

Freddy Parker – Love Is a Losing Game (Boys)

Das audições que ganharam algum destaque na edição, a de Freddy foi a que menos me chamou a atenção. A voz é muito genérica, muito mais ou menos, e faltou uma dosezinha de energia que a música em si não exigia mas que teria feito uma diferença na performance como um todo. Se Simon avalia as audições pelo tempo que se lembra delas, a de Freddy já esqueci.

Chanal Benjilaji – Ex Factor (Girls)

Chanal escolheu uma música bastante truqueira, já que uma performance justa desse HINO precisa de uma certa quantidade de atitude e de sem-vergonhice para que os esforços vocais valham a pena. Foi o caso de Chanal. Entregou atitude, entregou o vocal e fez uma audição bastante competente. Porém, pelo tempo gasto com ela no episódio, suponho que vá se perder no meio do bolo pelo menos até o Six-Chair, onde pode ou não fazer a performance da sua vida e sentar nas cadeirinhas de seu mentor.

Matt Terry – Stand By Me (Boys)

Foi uma audição ok, mas chamar o garoto de novo Olly Murs é meio que colocar o carro na frente dos bois. Eu particularmente não aguento mais nenhum tipo de performance que envolva Stand By Me em qualquer circunstância (sério galera, deu), mas é inegável que o garoto canta um tantinho e tem uma personalidade carismática que não dá pra jogar fora. Fui na dele com o falsete, mas acho que foi a música errada pra demonstrar os pontos fortes da voz dele (que são muitos e bons). Ou eu tô com ranço da música mesmo. Nunca saberemos.

Irina Dedyuk – Simply The Best (Overs)

Se Simon insiste que estamos sempre necessitados de male divas – e eu totalmente concordo -, vou ter que insistir que precisamos de lady divas do mesmo jeito. Adoro uma moça que sai da limusine de óculos escuro e trilha de filme de espionagem no VT, adoro um vocal a la Cher com bastante grito na hora certa, adoro uma movimentação de “palco” tão exagerada que ela já pode sair dali direto pro Cirque du Soleil, adoro adoro adoro. E também acho um arquétipo muito importante dentro da indústria pop para o X Factor ignorar. Irina preenche todos os requisitos, e, apesar de talvez soar cômica ou exagerada ou pouco talentosa, é inegavelmente divertida. E é sempre bom lembrar que os últimos vice-campeões do programa foram Reggie ‘n’ Bollie que eram, primariamente, divertidos. Minha única grande questão com Irina é CLAREAMENTO DENTAL URGENTE.

Sada Vidoo – Love Is a Battlefield (não disse a idade mas é lógico que Overs né)

Mais um joke act prontinho que virou o jogo. Tá virando fórmula já. Sada certamente tinha tudo para ser gongadérrima por um Simon Cowell ávido por humilhar o talento alheio, mas a “boneca” meteu logo um vozeirão sabe se lá de onde e deixou a bancada no chinelo. Foi bastante interessante, considerando o “pacote”, mesmo rolando um exagero nas caras e bocas que geralmente é descartável, mas com Sada faz parte do personagem e funcionou de maneira interessante. É esperar pra ver.

Marianna Zappi – Redemption Song (Overs)

Marianna foi a portadora do pimp spot da semana e olha, totalmente merecido. A melhor escolha de música possível considerando o background dela, mas isso é só o começo. Ela tem uma voz bastante marcante, sem contar na boa administração dos vocais ao longo da música, controlando os momentos de explosão e de controle com uma maestria que técnica nenhuma pode ensinar. Marianna sai com gás de sobra pro Bootcamp, e certamente vai se ver envolvida em algum drama na próxima fase – a produção deve fazer sua parte pra isso acontecer. No mais, uma excelente audição que mereceu a pimpação.

The Xtra Factor 1: Filho do Simon é um poço de carisma e espontaneidade. Tô bem rindo.

The Xtra Factor 2: Nicowell. Rindo mais uma vez.

The Xtra Factor 3: Fiquei imaginando a reação da plateia a Ottavio & Bradley e me bateu uma saudade imensa das arenas. Volta Wembley!


Gustavo Soares

Estudante de Cinema, fanboy de televisão, apaixonado por realities musicais, novelões cheios de diálogos e planos sequência. Filho ilegítimo da família Carter-Knowles

São Paulo - SP

Série Favorita: Glee

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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