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The X Factor UK – 13×21 / 13×22 Live Shows 5

Por: em 11 de novembro de 2016

The X Factor UK – 13×21 / 13×22 Live Shows 5

Por: em

Essa semana foi o contrário das anteriores. Antes tínhamos performances incríveis e eliminações estúpidas, agora tivemos uma noite de performances just okay e uma eliminação justa. Interessante, mas a sensação é que a temporada, que parecia estar indo para um bom lugar, estagnou no meio do caminho e sem pretensões de sair. Bléh. Vamos ver Nicole Scherzinger os candidatos e suas soluções para a semana de Boyband Versus Girlband? Vamos sim.

Performances

Matt Terry – I’m Your Man

A forçação de barra para tornar Matt o favorito tem sido absurda até aqui na competição. Mas o X Factor é uma franquia feita por pessoas inteligentes que sabem a hora de parar, por isso acredito que essa performance tenha sido a oportunidade de Matt receber uma crítica negativa (mesmo que seja de Louis) para atenuar o favoritismo do Scherzy Boy. Já começa pelo fato de estar abrindo o episódio, o que, mesmo em tempos de voto aberto antes das apresentações, é sempre ruim. Aí passa pela escolha, que não foi das melhores; pelos vocais, que não foram nem um pouco tão brilhantes como costumam ser; e pelo palco que foi estranho. Não se confundam, Matt continua tão favorito como sempre, mas essa apresentação foi pra esquecer. Se fosse eu fazendo essa song choice, daria um Take That bem gostoso pra ele. Seria show.

Sam Lavery – I’ll Stand By You

O grande problema foi a escolha da música. Já estamos longe do tempo em que coral, gelo seco e lanterninha de celular salvavam alguém. Os vocais foram abaixo da média, ela parecia desgostosa a apresentação inteira e rolaram algumas coisas um tanto estúpidas, tipo virar de costas para a plateia e a única câmera ser uma geral lá de cima. Se você vai virar de costas para o público, seja para olhar para o “público” pela câmera, virar sem propósito não faz sentido nenhum. É uma coisa sutil, mas foi a cereja do bolo de uma performance que saiu toda errada, graças a uma escolha errada de música.

Honey G – Jump

Acho que fui fisgado pelo feitiço de Honey G, porque eu achei essa performance, hm, interessante? Me sinto manipulado. Mas, tentando ser neutro, é bom admitir que o rap dela tem melhorado e que a produção não mede esforços para pimpar as apresentações dela. Ela virou até garota propaganda da marca de óculos, cês repararam no close durante a avaliação dos jurados? hahaha ai que dor. De qualquer modo, não foi o pesadelo que poderia ter sido, ainda que a permanência (sem Bottom) dela na competição me assuste cada dia mais. Está na hora de parar e refletir: já pensou se ela ganha?

Ryan Lawrie – Twist & Shout

Foi redefinido o conceito de forçação de barra. Que VT foi esse, que esforço é esse para provar que o garoto é o suprassumo do talento, minha gente? A minha primeira teoria, a de que era só arrastar o boy bonitinho até a turnê, caiu por terra, já que só de ter chegado ao Top 8 ele já estaria garantido. E agora, qual a explicação? Eu apostaria só no fato de que ele é um boy bonitinho e isso já é suficiente. Tem o ship com Emily também, que começou a ganhar uma força nas redes sociais nos últimos tempos. Agora, falando dessa apresentação, achei muito mediana, mas foi até que bom para a média das apresentações dele. Achei a escolha da música errada, porque a melodia é muito repetitiva e não vai a lugar nenhum vocalmente. Por outro lado, também achei que faltou uma atitude e um interesse pela apresentação; ele parecia muito aéreo, indo contra a todo o tecido narrativo que o VT criou. Porém, a “entrega total” (que eu particularmente não vi) conseguiu fazê-lo passar sem Bottom, e isso já é o suficiente por ora. Uma pena.

Four Of Diamonds – Hold On

Essa semana deixaram elas sentadas já que não faz diferença nenhuma elas de pé mesmo, a falta de energia é idêntica. Ainda bem que elas saíram, porque já tava ficando chato toda semana eu dizer a mesma coisa sobre elas serem vocalmente competentes mas isso não ser o suficiente. Essa apresentação foi o auge desse problema: os vocais individuais e as harmonias foram incríveis, mas me conta qual girlband do mundo é reconhecida SÓ pelos vocais? Isso mesmo: nenhuma. Todas têm uma energia e um “algo a mais” muito próprio, e isso tem menos a ver com dança e coreografia e mais com postura e atitude. Four of Diamonds, desde que chegaram nos Lives, não conseguiram imprimir essa atitude, e não foi agora, nessa apresentação que carregava uma energia de despedida absurda, que elas conseguiram.

Saara Aalto – Sound Of The Underground

Eu sinceramente não entendi. Avisei que a sandice uma hora precisaria ser controlada, mas me ignoraram (rs) e ta aí o resultado. Que raios de temática japonesa foi essa? Que coreografia foi isso? Algumas coisas precisam ser pontuadas sobre, enfim, tudo isso aí. A primeira e mais importante é que Saara é uma vocalista incrível e a cada semana isso melhora. Só que a) a personalidade dela está sumindo nessas performances gigantes e cheias de pirilampos; b) faltou aquela energia e aquela força de vontade de It’s Oh So QuietBad Romance, o que tem a ver com a escolha; e c) a reiteração constante da nacionalidade dela é, obviamente um problema. Você não via a imprensa filipina nos VTs de 4th Impact ano passado, e Dermot não fazia piadinhas semanais com a palavra “italian” na hora de apresentar Andrea dois anos atrás. E ambos, mesmo sendo estrangeiros, chegaram ao top 4 da competição. Eu me preocupo com o futuro de Saara na medida em que ela passou a temporada inteira flutuando e não dá pra fazer uma previsão segura do que o futuro reserva a ela. Vamos ver o que acontece na Disco Week…

Emily Middlemas – What Makes You Beautiful

Depois do ~momento~ de semana passada, Emily tinha que atender às expectativas. E, quer saber? Ela atendeu. Acho que achamos o segredo de Emily: arranjos diferentes, mas que preservam um pouco do original e permitem que ela “vá para algum lugar” vocalmente. Bom, basicamente o que ela fazia antes dos Lives, rsrs. Foi uma performance simples e não tinha nem um pouco da carga emocional que fez Creep ser um grande momento na temporada, mas foi o suficiente para administrar o hype de semana passada. Como a produção parece interessada em torná-la a garota favorita, não deve ter muitos problemas e provavelmente não vai ser sabotada igual a Gifty (sim eu ainda estou muito triste e vou continuar falando disso até dezembro não estou nem aí).

5 After Midnight – Say You’ll Be There

Eu esperava muito de 5 After Midnight essa semana (poxa, é boyband a cáspita do tema), e não sei se estou satisfeito. Rolou uma tentativa de mostrar que eles se esforçam muito e que trabalham duro, o que á válido mas não garante nada. O arranjo ficou ótimo, os vocais ficaram ótimos, a coreografia foi contida e adequada, mas ainda não sei. Para mim, a questão fica na escolha da música, que foi um risco que valeu a pena mas tirou a chance deles terem um ~momento~ com esse pimp spot (considerando que eles geralmente se apresentam na primeira metade do programa, era uma chance e tanto). Me preocupo porque eles chegaram no programa cantando Drake (e arrasando!!) e o mais perto disso que eles cantaram até agora foi Justin Timberlake no death spot da primeira semana. Mas, em termos de “parece-que-o-público-vai-gostar”, a versão soul desse hino das Spice Girls parece ser a melhor deles na temporada.

Resultados

Depois de pelo menos três semanas com resultados wtf, tivemos um Bottom pelo menos coerente na semana das bandas. Primeiro, vamos rever essa divertida performance em grupo (atenção para aquela parte que Ryan canta sozinho, ou seja, nenhuma):

Em termos de convidados, esse episódio foi só tiro. Emeli Sande tombou, representando todas as black divas que essa temporada eliminou, e o arroz de festa favorito do X Factor, Robbie Williams, fez uma performance maravilhosa do seu novo single (que é bem sem gracinha, saudades live de Candy):

Agora vamos falar do que da fato importa: resultados. As duas grandes surpresas foram a aprovação de Ryan e o Bottom de Sam, mas nada que não pudesse ser especulado com base nas performances de sábado. No fim, Sam foi salva pelo lifeline vote (previsível) e Saara e 4OD disputaram o sing-off.

Não preciso nem dizer que a finlandesa estourou a boca do balão, né? Mas também não preciso dizer que as meninas já estavam eliminadas muito antes de qualquer um começar a cantar né? Ah tá. Saara, mais uma vez, entrega uma performance espetacular no sing-off, onde vocais costumam se destacar muito mais do que nas apresentações regulares, e vai para o Top 7 com algumas interrogações. Vamos então a um ranking para termos uma perspectiva melhor do que esperar:

7º Saara Aalto: Foi bom vê-la passando direto por duas semanas, mas tenho a sensação de que esses momentos acabaram. A não ser que tenha uma carta na manga nível It’s Oh So Quiet, deve ser algo próximo do fim para Saara nas próximas semanas.

6º Ryan Lawrie: Ainda que tenha passado sem Bottom, prefiro culpar um golpe da sorte ou do acaso e acreditar que semana que vem ele volta pro Bottom (na esperança do fim definitivo do lifeline vote).

5º Sam Lavery: Ela teve uma semana ruim? Teve. Mas a performance Total Eclipse Of The Heart mostrou que ela pode entregar bons momentos e sobreviver, sem Bottom, a mais duas semanas pelo menos. Só precisa da música certa – e da atitude também.

4º Honey G: É doloroso para mim colocar Honey tão perto do topo, mas é a única possibilidade, considerando a reação da bancada e o fato de que ela está sendo aprovada sem Bottom nas últimas 5 semanas. De quem é a culpa, eu não sei, mas hoje Honey G é uma candidata considerável ao prêmio e nós não podemos ignorar isso. Infelizmente.

3º 5 After Midnight: Ainda acho que precisam de algo mais corrente para mantê-los firmes na competição, mas continuam fortes concorrentes e passam sempre ilesos, então…

2º Emily Middlemas: Pôs a expectativa lá no alto e manteve, será a próxima Louisa Johnson que vai sair da casquinha semana que vem? Por enquanto, fica na vice.

1º Matt Terry: Mesmo com death spot e performance morna, não há motivos para não crer que esse garoto é favorito e está a alguns poucos passos de se tornar o novo contratado da Syco Music.


Gustavo Soares

Estudante de Cinema, fanboy de televisão, apaixonado por realities musicais, novelões cheios de diálogos e planos sequência. Filho ilegítimo da família Carter-Knowles

São Paulo - SP

Série Favorita: Glee

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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