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The X Factor UK – 13×19 / 13×20 Live Shows 4

Por: em 5 de novembro de 2016

The X Factor UK – 13×19 / 13×20 Live Shows 4

Por: em

Está soando repetitivo. Mais uma vez, ia começar a review elogiando as performances e o programa, mas, mais uma vez, fomos tombados pela eliminação chocante e totalmente injusta. De novo as votações abertas antes das apresentações, de novo uma inadequação tema-escolha de música (desde quando Everybody é música de Fright Night?), parece que estamos vivendo o mesmo pesadelo semanalmente. Chega dói. Agora vamos ver o que saiu de bom desse fuá de terror?

Performances

Gifty Louise – I’m In Love With A Monster 

Fico com aquela sensação conspiratória de que Gifty foi sabotada. O resultado certamente favorece essa ideia. Assim, death spot já não é exatamente bom sinal, ainda mais considerando que ela ficou duas vezes no meio e semana passada foi em segundo. Agora, pelo que entendi, esse sábado estava acontecendo alguma coisa muito importante no Strictly Come Dancing, reality de dança da emissora concorrente, e essa coisa aconteceu mais ou menos na hora da performance de Gifty. Segundo, e talvez mais importante, a música. É uma música ótima, perfeita para Gifty em termos técnicos, mas… ninguém conhece. O que é um porre, principalmente porque teve Thriller, teve Creep, teve um monte de clássico que a galera ama. E o single de Fifth Harmony para Hotel Transilvânia 2 não me parece nem perto da definição de “clássico”. O que é uma pena, porque essa performance me lembrou muito Fleur, com a atitude, com os vocais no lugar certo e com o bom domínio – coisa que Gifty nunca ficou devendo nesses Lives né. Por isso que eu fico com essa sensação de que ela foi sabotada, porque nenhum dos motivos possíveis para esse Bottom partiram dela. Méh.

Matt Terry – I Put A Spell On You

A gente pode encerrar a temporada e dar o prêmio para Matt, por favor? Vai soar repetitivo, mas eu diria que essa foi a melhor performance dele. Depois do melô em I’ll Be There, o Scherzy Boy favorito voltou a apostar na sensualidade – sua melhor ferramente, diga-se de passagem – e voltou com força total. O palco foi meio bizarro, principalmente o balé, mas nada que atrapalhasse o garoto de deslanchar sozinho e dominar o palco com dez toneladas de confiança. E o falsete FINALMENTE foi no lugar certo. Tem nem graça mais.

5 After Midnigth – Thriller

Tá lá escrito na Constituição Britânica que toda semana de Halloween alguém vai cantar Thriller. E os sortudos da vez foram 5 After Midnight, e foi mais ou menos. Ainda que Simon tente forçar uma narrativa de que semana passada foi o momento de fraqueza e agora foi a virada do jogo, a performance dessa semana foi bem pouco melhor que a da Diva Week. Aliás, em termos vocais, foi inferior, principalmente porque a base de fundo muito alta entregou a dificuldade de fazer uma coreografia mais elaborada e trabalhar todo o palco sem perder o fôlego. Como diria Tatianna, choices. Estou sentindo que está rolando uma espécie de lobby com 5 After Midnight, porque rolou muita pimpação na bancada, muito tempo com Dermot, e, enfim, Thriller. Ainda estou esperando a volta daquela energia fácil da audição, mas é óbvio que eles têm muita gordura para gastar.

Honey G – Men In Black

Eu fico muito chocado com a narrativa de Honey G. Sério, fazendo uma observação por alto, o esforço de produção da apresentação de Honey certamente ficou entre os maiores. Era quase como se ela fosse uma act convidada fazendo a estreia mundial de um single super antecipado (tipo Little Mix, sabe?). Até aí tudo bem, mas o que me deixa incomodado é que, no VT ela continua não sendo tratada como uma concorrente séria, e o que eu chamei de “narrativa cômica” toma proporções cada vez maiores. Falando da performance em si, é difícil dizer alguma coisa, sem ser pedante. Foi sem fôlego, foi travada, mas foi divertida? Entretenimento? Acho que é isso. Diversão e entretenimento, check.

Ryan Lawrie – Everybody

Da série: desde quando Backstreet Boys é Fright Night? Enfim. Outra ~teoria da conspiração~ dessa temporada é a de que Simon e a produção querem arrastar Ryan, o Scherzy Boy bonitinho com apelo para as meninas, para a turnê do programa ano que vem, o que só aconteceria se ele chegasse ao Top 8 ou 7, não sei como vai ser esse ano. Seja esse o motivo ou seja qualquer outra coisa, a sensação de que Ryan está se arrastando pela competição é inegável, é só olhar a permanência constante no Bottom. E parece que o esforço para ele sair dessa situação é bem pífio, tanto o dele quanto o de Nicole. Everybody foi só meio passo a frente daquilo que ele vem fazendo, já que a melhora foi só vocal. A energia ainda tá em MUITA dívida. E se ele quiser ser o Boy queridinho, precisa mostrar uma vontade e um brilhinho no olho que não tá rolando.

Sam Lavery – Total Eclipse Of The Heart

Pela primeira vez na competição, eu posso dizer que entendi o que Sam estava fazendo. Seja sinal da maturidade dela, seja resultado do trabalho de Simon e da produção em moldá-la, não sei dizer, mas essa performance foi uma combinação quase perfeita de palco, VT emocional e vocais equilibrados que conseguem transformar um candidato num artista crível. Essa história de “voz de rock” ainda não cola comigo, mas que os vocais estavam muito melhores nessa apresentação, não dá para negar. Se for essa a historinha que eles precisam contar, que contem. Desde que continuem proporcionando ~momentos~ para ela, eu tô de boa.

Saara Aalto – Bad Romance

Semana passada eu disse que não poderiam continuar com a sandice, certo? Errei. A sandice, por incrível que pareça, AUMENTOU. E Saara arrasou. Foi uma performance musicalmente impecável, já que o arranjo a la Halloween encaixou perfeitamente com os vocais dela – que estão no auge, aparentemente -; só que também foi uma performance de palco impecável, certamente um dos melhores trabalhos de Brian até agora no programa (tirando aquele caixão que né). Continuo acreditando que essa sobrevida de Saara, ainda que muito interessante, esteja para acabar. Aliás, acredito que a ideia é a mesma de Ryan: levá-la longe o suficiente para ir à turnê (acho que Honey se encaixa nesse também). E reitero: isso que é “entretenimento” de qualidade, viu Honey?

4 Of Diamonds – Ghost

Se é compreensível o arrastar de Ryan e Saara, fica difícil entender o que está fazendo com essas meninas. Com Ghost, elas poderiam ter aproveitado a inabilidade delas na dança para entregar um performance enérgica sem a gente ficar pensando em coreografia enquanto via a apresentação. Mas, mesmo assim, foi uma performance morna, já que elas foram engolidas pela faixa nos primeiros dois terços e não conseguiram entregar nada que ficasse na memória. Lá no penúltimo refrão, quando a música sobe de tom, a coisa melhorou, mas isso só prova que elas estão baseando toda a passagem dela nos Lives a partir das habilidades vocais e isso não quer dizer nada em termos de X Factor. Saudades Royals.

Emily Middlemas – Creep

Agora sim, Simon, agora sim a gente pode colocar Emily entre as favoritas. Graças a você principalmente. Estava havendo uma tentativa de transformar Emily numa forte “concorrente”, mas esse esforço não se traduzia nas performances, que, para parafrasear Nicole, não iam a lugar algum. Creep foi; não só pela música, que é incrível e tem a capacidade de ficar boa na voz de quase todos os participantes de reality que ousam cantá-la, mas porque a atmosfera halloweenesca de boneca do mal abandonada funcionou perfeitamente. E os vocais estavam no lugar. Com o chorinho no final, os aplausos de pé, e a reação da imprensa britânica, dá para dizer que Emily fica salva por mais algumas semanas.

Resultados


Pois é, pessoal. Tá começando a ficar chato. Segunda semana consecutiva de Ryan + 4OD + black diva maravilhosa no Bottom 3, e segunda semana consecutiva que a gente perde a black diva sem motivo algum. Ryan continua arrastadíssimo pelo lifeline, que para mim continua sendo uma ferramenta ridiculamente questionável, e Four Of Diamonds continua sendo araastada pela bancada, mesmo tendo entregue apresentações mornas e sem graça (inclusive a do sing-off). Uma pena, mas é um sinal claro do jogo que o X Factor faz a gente jogar, e o tanto que a gente cai nele.

Ainda bem que teve Louisa mostrando COMO SE FAZ com esse single maravilhoso que salvou a vida de todos nós:

Agora segue o ranking:

8º – Ryan Lawrie: Agora ele chega na turnê e vai embora de uma vez por todas, pelo amor de Tulisa.

7º – Four Of Diamonds: Essa semana o tema é girlband vs. boyband. Se elas não ARRASAREM já pode encomendar o epitáfio.

6º – Honey G: Eu fico em dúvida de onde por Honey no ranking, porque está cada vez mais impossível de prever o tamanho da pimpação que vai receber na performance, e principalmente como o público vai reagir a isso. Pra mim, a questão é que, no momento que ela chegar no Bottom, ela sai. O problema é saber quando isso vai acontecer.

5º – Saara Aalto: Eu realmente acredito que Saara esteja numa linha ascendente surpreendente, mas é difícil colocá-la na frente de acts muito mais gostáveis e que nunca chegaram no Bottom, especialmente porque onde eles se esforçam 10% para conquistar a audiência, ela se esforça 200%. E há uma chance de simplesmente não chegar lá eventualmente.

4º Sam Lavery: Entendi qual é a de Sam, mas para colocá-la no Top 3 preciso que ela mantenha isso e não seja derrubada por nenhuma song choice ruim.

3º – 5 After Midnight: Louis Walsh e a produção estão minando o que havia de melhor no grupo, mas isso não está impedindo os garotos de arrasarem semana após semana. Porém, não me surpreenderia um Bottom depois de uma apresentação mais ou menos não.

2º Emily Middlemas: Sai dessa semana com força total. Já era queridinha mesmo com as performances mornas da primeira paarte dos Lives, agora que engatou desponta quase líder.

1º Matt Terry: Falando em líder, esse aqui grudou no topo do ranking e não solta nunca mais. Tá fazendo por onde.

The Xtra Factor 1: Louis Walsh vestido de múmia foi um dos momentos mais verossímeis do programa. Ele tá quase morto na bancada mesmo.

The Xtra Factor 2: AMEI o look Mortícia Addams que Nicole usou no domingo.

 


Gustavo Soares

Estudante de Cinema, fanboy de televisão, apaixonado por realities musicais, novelões cheios de diálogos e planos sequência. Filho ilegítimo da família Carter-Knowles

São Paulo - SP

Série Favorita: Glee

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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