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This Is Us – 1×03 Kyle

Por: em 16 de outubro de 2016

This Is Us – 1×03 Kyle

Por: em

Como imaginávamos, após uma semana de recesso, This Is Us retorna explorando mais dos seus personagens, de onde eles vieram e para onde eles vão. Dentro dessa perspectiva, a série nos mostrou um pouco mais sobre a vida de Randall e William. Esse contexto familiar foi importante para estabelecer as relações não só entre eles, como também com a vovó Rebecca, que mais do que nunca assume um papel de grande relevância na vida dos três irmãos, em especial do Randall.

William e Kyle: Dudley Randall

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A chegada da Rebecca foi o ponto central do episódio, isso porque, com a ajuda dos flashbacks, vimos que ela já conhecia o William e, além disso, que foi firmado um acordo entre eles. Um acordo daqueles que já conhecemos, nem que seja de novela ou de outras séries, mas ao menos já imaginamos como funciona: você não liga, não manda mensagem e nem pode procurar saber da criança. A decisão de entregar seu filho, seja para o orfanato ou em lugares aleatórios não é nada fácil, independente das circunstâncias. As pessoas julgam as outras com uma velocidade tamanha, que esquecem de olhar para o problema com um pouco mais de empatia. É um vínculo que é deixado para trás, uma parte de você. Então, é compreensível, o que não significa que é aceitável, a atitude do William há 30 anos. Além disso, a sua condição naquele momento era muito delicada e por mais que houvesse amor, a dificuldade bateria na porta insistentemente e o futuro daquela criança poderia estar comprometido para sempre. Agora, com a sua presença na vida do Randall e de sua família, Rebecca pode se sentir ameaça ou receosa caso o segredo dos dois venha à tona. E isso pode ter consequências sérias não só entre ela e o Randall como também com o William.

O diálogo entre pai e filho demonstra exatamente aquilo que a Rebecca disse pro William, que o caçula é uma pessoa boa e que ele não descansará até ver seu pai curado ou vivendo seus últimos dias da melhor maneira possível, tudo no seu alcance. É muito fácil nos apegarmos e nos sensibilizarmos com o plot do Randall, a sua história é uma das mais cativantes e consegue prender a atenção do começo ao fim, e apesar de análise prematura, devido a apenas terem sido exibidos 3 episódios, acredito que é possível afirmar, sem problemas, que os roteiristas acertaram nas escolhas dos atores, principalmente com o personagem Randall, o seu carisma e simpatia é uma das razões para um chamego maior com a sua história de vida.

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E se existe simpatia e sensibilização com a história do Randall e William, podemos dizer o mesmo quanto a Rebecca, que consegue trazer uma reflexão muito pertinente, principalmente quando as pessoas insistem em comparar dores e sentimentos. A dor da perda de um@ filh@ é imensurável ao ponto de, com a total razão, sentir-se diferente dali pra frente. O luto dos pais é comum e a rejeição com os recém nascidos também. O fato de não ter saído de você, não quer dizer que você odeie a criança, mas não há de negar que uma ligação umbilical nunca existiu, justamente pela adoção. Então é duro pensar que uma mãe não consegue sentir o mesmo carinho e desvelo pela criança adotiva? É sim! Mas essa mesma mãe tem sentimentos únicos e aquela mesma empatia que eu mencionei em parágrafos anteriores vale aqui sem problemas.

Foi muito assustador ver que o mesmo nome da criança morta foi colocado na criança adotada. É aquela questão de substituir as pessoas pelas outras ou os animais por outros e assim por diante. Fico aliviada ao ver que a troca do nome teve uma emoção e uma razão de ser. Não foi algo aleatório, mas sim com um propósito e digno de uma pessoa que mal começou a vida, mas já era um lutador e sobrevivente.

Kate e Kevin: Time After Time

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A irmandade da Kate e Kevin é invejável em todas as nuances, uma cumplicidade inexplicável, com direito até a sentir o que o outro também sente. A separação dos dois foi importante para a trama, porque muito embora os dois sejam gêmeos e feitos um para o outro, as vezes é saudável se manter longe de quem a gente ama pelo simples fato de ser bom para nós mesmos. Kate sempre foi a irmã super protetora e por consequência deixou de lados pautas suas e sempre se dedicou as pautas do Kevin, independente do horário ou do dia, e funcionava basicamente assim: primeiro Kevin e depois ela.

Isso se perpetuou durante muito tempo até que o incrível Toby com sua irreverência e insistência aparece para questionar se é realmente necessário toda essa atenção e toda essa disponibilidade que a Kate dá. A viagem do Kevin a New York vai ser muito interessante, justamente por ele poder se distanciar da irmã e seguir seu caminho, seguir seus trilhos e isso vai ser importante para acompanharmos como a Kate é sem o Kevin e vice versa. 

This Is Us acerta muito e consegue nos emocionar com mais um episódio seguro e finalizado em si mesmo, sem rodeios e sem prolongar plots, a série consegue nos mostrar que é possível manter uma média de bons episódios e com boa audiência sem enrolação ou plot twist desconexos.

The Big Five 

P.S.: O Randall é muito engraçado, ele deve ser aquele tipo de pessoa que dá risada quando fica sabendo que alguém morreu.
P.S.: A voz da Chrissy Metz é MA RA VI LHO SA.
P.S.: Qual será o impacto com a chegada da Becca na vida da Kate e do Kevin.
P.S.: O que foi o Toby como paparazzi? HAHAHAHAH
P.S.: A trilha sonora é sensacional, se eu não falei isso ainda, fica a dica!

Então é isso, guys! Até a próxima e não deixem de comentar o que cês acharam do episódio. Beijinhos!!

 


Helaine Marina

Assiste séries com a mesma frequência que sente fome. Estudante de Direito, futura professora de Inglês e louca pelos animais, em especial, seus amigos. Uma aquariana que não é brinquedo não .

Salvador BA

Série Favorita: Impossível decidir

Não assiste de jeito nenhum: Glee

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