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This Is Us – 1×06 Career Days

Por: em 6 de novembro de 2016

This Is Us – 1×06 Career Days

Por: em

Mais um episódio, e cá estamos nós, sobrevivendo e resistindo a cada tapa na nossa cara, com revelações inesperadas e múltiplas sensações por consequência. Eu digo isso, porque Career Days é mais um episódio que nos deixa com o coração apertadinho e com vontade de abraçar todos os personagens, de modo que todas as inseguranças, aflições, mal estar, e tudo de ruim que existe nesse mundo vá embora. Sendo assim, vamos aos trabalhos?

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Em uma rápida pesquisa na internet, a gente pode encontrar diversas matérias e notícias sobre a dificuldade de ser superdotado, o que fazer com as crianças superdotadas ou, ainda, como identificá-las ou como lidar com essas crianças. E apesar das que não são superdotadas, mas que apenas tem uma inteligência acentuada para sua idade, também necessitarem de uma atenção, justamente por serem crianças e pelo fato de que pais devem sempre estimular a capacidade cognitiva dx sua/seu filhx, a situação com eles é um tanto quanto diferente e menos delicada comparada com as superdotadas.

Rebecca e Jack são exemplos de pais com dilemas educacionais. Isso porque nenhum pai gostaria de deixar sua/seu filhx longe dos irmãos ou de modo que ele se sinta diferente das outras crianças pelo ambiente em que ele se encontra ou pela aparência física e afins. A forma que os pais têm de lidar com isso é na base do diálogo e analisando da melhor forma o que pode ser bom para criança futuramente. Ao contrário do Jack, Randall desde pequeno já se viu, ainda que inocentemente, na sua profissão como negociador do tempo. Então, quando ele diz, já adulto, que o seu pai usava gravata todos os dias porque ele tinha que fazer e ele, em contrapartida, o faz porque gosta, é um demonstrativo de que não foi ruim a decisão de tê-lo colocado na nova escola. E que todo sacrifício feito pelo Jack foi de grande valia para a educação e aprendizado do Randall, que hoje, além de um excelente e brilhante profissional, é amoroso com suas filhas e com um coração gigante desde pequeno. A sua ideia de tirar notas mais baixas na escola só para que seus irmãos também possam tomar sorvete é de uma bondade tamanha, que fica difícil não sentir dó das suas crises de meia idade ou gargalhar quando a Beth caçoa delas.

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Os flashbacks nos mostraram o quanto a relação de Rebecca e Jack com os filhos era amorosa. Cada ação, cada detalhe só nos faz entender, gradativamente, que a série nos deu pistas o tempo todo do reflexo das suas atitudes em seus filhos. O Kevin desde pequeno se mostrou o mais dependente do pai, dependente não no sentido ruim, mas no sentido fiel da palavra. O vazio que o pai deixou quando morreu, só fez refletir nas ações e nas atuações do Kevin a partir do momento que a sua irmã foi despedida. A dificuldade em interpretar um papel de um viúvo é um exemplo do que estou lhes dizendo, ele retraiu seus sentimentos desde a perda e isso foi a forma que ele encontrou de lidar com a ausência. Mas a partir do momento que você percebe que isso lhe atrapalha profissionalmente e ainda assim não percebe o problema, aí sim é preocupante.

De todo modo, a chegada da sua colega de trabalho, que uma hora tem um sotaque britânico e outra ora americano, faz com o que o Kevin consiga se desenvolver em cena e também nos arranca algumas risadas marotas, principalmente no memorial. E ainda que não tenha sido uma das suas melhores cenas chorando, ou se emocionando ao mencionar o pai, o Kevin com certeza conseguiu dividir a sua dor com o telespectador, o que já é suficiente para perceber qual a matriz do seu problema com as suas atuações. Quem sabe agora que ele conseguiu extravasar e liberar toda angústia dentro de si, ele consiga render melhor no trabalho?

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E, por fim, e com toda sua importância, principalmente quando se lacra duas vezes em um mesmo episódio. Kate conseguiu um trabalho sincero e já de cara teve que se submeter a situações bem desafiadoras. Ainda que tenha familiaridade com o seu novo trabalho, a tarefa de lidar com crianças ou adolescentes sempre é estressante e quase sempre é motivo para dores de cabeça. A filha da sua chefe também é gorda, e assim como a Kate também vê na mãe uma inimiga na sua luta contra o peso e pela tão sonhada auto estima. São os já comentados reflexos e influências dos pais. E por mais que nos tenha doído ver a Kate dizer que mal fala com a Becca, já podemos imaginar quando essa relação começou a se romper. Esse laço entre mãe e filha é tão forte e ao mesmo tempo tão frágil que se torna impossível imaginar que uma família tão linda e unida como essa possa ter problemas com cicatrizes profundas e com repercussão futura.

A série é leve e acaba cumprindo o papel com muita sabedoria até então, são apenas 6 episódios e o pressentimento que eu tenho é de que já tem 10 temporadas e a fórmula continua dando super certo a ponto de não enjoar. É possível ver histórias por mais tempo, e eu acredito que eles estão cumprindo bem esse papel e nós só temos a agradecer por ter no final de cada episódio, uma lágrima para contar.

The Big Eight

P.S.: Esse Kevin tá maroto demais! Mais uma piadinha com selo de qualidade! Ponto.
P.S.: Finalmente o Kevin ficou com a Olivia. Uhul!
P.S.: Até hoje eu tive dificuldade em entender o que o Randall faz. Sorry.
P.S.: Olha só, a amizade da Rebecca com a mulher da piscina realmente foi adiante. Gostei muito em saber que eles não jogam tudo de graça pra gente, e que no final fica tudo encaixadinho, sem pontas soltas.
P.S.: MiguellzllzlzlzlzzzzzZz
P.S.: De fato, aquelas crianças pareciam mini nazistas, robozinhos prontos para dominar o mundo.
P.S.: Que lacry esse da Kate viu? Achei bom, achei bem bom.
P.S.: Vergonhazinha alheia do Randall tocando piano e “cantando”. Eu sei que o que é isso, meninas.

Então é isso, pessoas! Não nos vemos semana que vem, porque não teremos episódio nessa semana. Mas não esqueçam de comentar e responder a seguinte enquete: em 6 episódios exibidos, quantos você chorou?


Helaine Marina

Assiste séries com a mesma frequência que sente fome. Estudante de Direito, futura professora de Inglês e louca pelos animais, em especial, seus amigos. Uma aquariana que não é brinquedo não .

Salvador BA

Série Favorita: Impossível decidir

Não assiste de jeito nenhum: Glee

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