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This Is Us – 1×13 Three Sentences

Por: em 28 de janeiro de 2017

This Is Us – 1×13 Three Sentences

Por: em

Nas vésperas do meu aniversário, This Is Us me apronta uma dessas. Só que enquanto o meu não chega, vamos falar sobre o aniversário mais família de todos os tempos. O aniversário do big three é no mesmo dia que o do Jack, e só de ter essa ligação entre ele e as crianças eu já acho lindo. Agora imagina ter uma big party toda produzida e feita de um modo que dê para comemorar com todo mundo e, além disso, ter tradições particulares dos Pearsons? Isso realmente é de tirar o chapéu. Só aquele flashback mostrando as festas passadas das crianças já me deixou emocionada e super ansiosa para o que estava por vir. E confesso que terminei o episódio bem satisfeita, até porque é impossível assistir um episódio sequer e não sair com os olhos inchados ou com o coração na mão, né verdade?!

E pra provar o que eu acabei de dizer no parágrafo anterior, eis o motivo dos nossos anseios: a morte do Jack. Desde quando descobrimos que ele estava realmente morto, toda a especulação se pautou em saber quando e como isso aconteceu. Bom, os roteiristas já fizeram o favor de nos jogar, já de cara, uma pista muito importante: o tempo. No final do episódio, enquanto a câmera com um foco maravilhoso (não) mostra um pouco do velório, deu pra perceber que as crianças, na verdade, não são mais crianças e estavam na fase mais crítica das nossas vidas: a adolescência. Isso mesmo, o velório do Jack acontece quando Kate, Randall e Kevin são adolescentes. Mas não se enganem se vocês acham que vamos descobrir como tudo aconteceu em um único episódio. Acontece que, This Is Us é um grande quebra cabeça, que a cada episódio peças são lançadas e, assim, temos conhecimentos das coisas. E é exatamente isso que eu acho que vai acontecer com o desenrolar da morte do Jack, já que aos poucos vamos entendendo o que realmente aconteceu, e o que levou a Rebecca a terminar com o Miguel.

A idade vai chegando e a vontade de ser independente também. Ainda que eles tenham apenas 10 anos, nesta idade as suas preocupações se resumem a amigos e aceitação. Infelizmente, a nossa infância é marcada pela falta de personalidade e pela busca de padrões ou inserção em grupos maiores, cuja popularidade se faça presente nos lugares de atuação das pessoas. Isso significa dizer que, assim como Kate, Randall e Kevin, a maioria de nós já passou por situações como essas, então desse modo fica fácil saber como eles se sentiram, cada um na sua individualidade.

A Kate desde sempre sofreu com a questão da autoaceitação. O seu problema de peso a acompanha desde a infância até os dias atuais. A incerteza sobre fazer ou não a cirurgia, o acidente com o Toby, a lembrança da morte do pai e todo o resto que a consome, se resumiu com um grito maravilhoso, digno de quando a gente tá de saco cheio de tudo que nos aprisiona. É assim que ela deve ter se sentido, já que as suas memórias foram bem taxativas.

Além disso, por mais doloroso que seja de acompanhar, não podemos negar que a Kate teve um desenvolvimento muito profundo consigo mesma. A vontade de mudar, de se cuidar, de se amar acima de tudo veio aos poucos e ter acompanhado tudo isso de perto é de um orgulho tremendo. Estar acima do peso é muito torturante, porque além de ter que lidar com você mesmo, é preciso saber lidar com outras pessoas e outros problemas que certamente vão influenciar na sua vida, juntamente com a obesidade. De todo modo, Kate parece que está se encontrando e buscando dentro de si a vontade de continuar e lutar, ainda que tenha aparecido um certo carinha para motivá-la.

Definitivamente não sei o que falar sobre o Kevin. Confesso que no decorrer do episódio eu senti muito bode dele. Que mania que ele tem de fazer um escarcéu por tão pouco, sabe? Isso de chamar o Toby e ficar numa indecisão sem fim, em ter de escolher entre a Sloane ou Olivia foi de uma chatice imensa. Porque do meu ponto de vista, nada que ele dissesse poderia fazer com que ele e a Sloane voltasse, então restaria a Olivia e como eu não gosto dela, pra mim aquele plot já não fazia mais diferença.

Mas para contrariar os meus sentimentos, eis que aparece uma mulher que ninguém sabia da existência. Sophie é a ex-mulher do Kevin e ao que tudo indica seu grande amor desde, literalmente, sempre. A forma como ela foi inserida na história me incomodou um pouco, justamente por ter sido uma ultima opção para que ele não ficasse sozinho e pudesse ter alguém no final do dia. Claro que essa interpretação pode ser atribuída ao fato de que só depois de tentar um diálogo com a Sloane e pensar em voltar com a Olivia que ele pensou na Sophie. Só que como eu disse a vocês, algo contrariou meu sentimento e tem a ver com quem é essa mulher e o porquê do Kevin estar tão interessado nela, ou melhor, apaixonado. Sophie é seu grande amor, e desde pequeno suas atenções foram voltadas para ela. O aniversário planejado foi pra ela e toda a performance também, e ao que tudo indica, daqui pra frente a sua história também vai ser contada.

Ah, Randall… O que eu faço com você? Vê-lo não se importar com a ausência de pessoas na sua festa, já que não podemos chamá-los de amigos, e agir como uma pessoinha madura e sensata é tão bonito, que a minha reação é a mesma da Rebecca e do Jack. Primeiro bate uma indignação pela falta de amor das crianças, “malditos racistas!” e segundo que a certeza que eu tenho é uma só, de fato o Randall é uma pessoa especial. Ele tem amor no coração, ele tem sensibilidade e isso faz com que ele simpatize pelo outro e consiga resolver seus problemas da melhor maneira possível e até onde ele consiga aguentar.

E é exatamente isso que ele tenta fazer com seu pai. A decisão do William em parar o tratamento acarreta diversas coisas, desde aceleração na doença, como também um bem estar inexplicável e vontade de viver, de ser feliz. O passeio entre pai e filho só deixou claro o quanto os dois se entendem a cada episódio, e ainda que o Randall estivesse um pouco contrariado em fazer as coisas, a felicidade no seu rosto ao ensinar o pai a dirigir valeu por todo episódio. Foi bonito ver os dois juntos e, mais ainda, ver o William vivendo, pela primeira vez em muitos anos.

The Big Six

P.S.: Toby representando nosso fandom e mencionando Westworld. King.
P.S.: Comentário direto do Banco de Séries: “Alguém sabe se o Barry ainda tá fazendo flashpoints e quanto ele tá cobrando por isso?” Acho que tamo precisando urgente.
P.S.: Desde pequeno o Kevin já dava pinta de ator.
P.S.: Tô com saudade das filhas do Randall. Cadê?
P.S.: Não sei se gostei desse carinha do estábulo. Achei ele muito presunçoso, que onda isso de dizer pra Kate como ela deve reagir.
P.S.: Morri com o episódio, em especial: com o Jack e Rebecca lidando com a festa do Randall, com o Randall lidando com as compras do William e com a dancinha que a Beth fez pro Randall. Enfim, basicamente temos o rei da série né pessoal.

Bom, galerinha da minha vida, a gente vai ter uma pausa de leve e episódio agora só na semana que vem que vem (07/02), certo? Se cuidem e até lá! Beijo <3

 


Helaine Marina

Assiste séries com a mesma frequência que sente fome. Estudante de Direito, futura professora de Inglês e louca pelos animais, em especial, seus amigos. Uma aquariana que não é brinquedo não .

Salvador BA

Série Favorita: Impossível decidir

Não assiste de jeito nenhum: Glee

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