Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

This Is Us – 1×16 Memphis

Por: em 24 de fevereiro de 2017

This Is Us – 1×16 Memphis

Por: em

Você é meu raio de sol, meu único raio de sol.
Você me faz feliz quando os céus estão nublados.
Você nunca saberá, querido, o quanto eu te amo.
Por favor, não leve meu raio de Sol.

E após meia hora tentando entender o que aconteceu neste episódio, finalmente consegui dar uma engrenada nessa review. Senhoras e senhores, lhes apresento o melhor episódio de This Is Us até a data presente. Carnaval acabou de começar e nada melhor do que um episódio triste e emocionante para dar uma apaziguada na alegria, né? Pois bem. Peguem os lencinhos, guardem as fantasias, porque o negócio foi sério.

Memphis vem para contar a história do William, desde o seu nascimento até a sua morte. Nascido em uma cidade que não é tão longe, mas também não é perto, foi ali que ele aprendeu sobre a música, sobre o amor e a felicidade dentro do palco. Desde pequeno sua vida já era ligada a música de alguma forma, seus pais já cantavam para ele muito antes de nascer e isso já tornou o episódio emocionante, já que assim pudemos sentir e nos colocar no lugar a todo instante daquelas pessoas, sentindo as suas dores e anseios, assim como, entendendo suas visões sobre as situações.

William não teve uma vida fácil, e ele deixa isso claro durante toda sua estadia até aqui, de modo que a gente consiga perceber, a medida que os minutos vão passando, que tudo que ele fez foi por amor. Seja amor a mãe, a musica ou ao Randall. Foi bonito demais ver o desenvolvimento do personagem no sentido mais literal da palavra mesmo. Afinal, a teoria do ciclo da vida diz que a gente nasce, cresce, reproduz, envelhece e morre. E foi exatamente isso que aconteceu, William nasceu, cresceu e durante muito tempo viveu ao lado de sua mãe os momentos mais alegres, eu diria. Seja compondo musicas ou escrevendo poesias, o artista que vivia dentro dele jamais morreu e isso ficou muito claro desde quando o Randall foi atrás dele lá no comecinho.

A poesia exacerbada, as letras cheias de amor e bondade e os ótimos conselhos fizeram com que o William fosse adorado pela sua essência e não pela doença. O laço criado com a Beth e com as meninas aumentou gradativamente a medida que o tempo ia passando, o que era um “”fardo”” se tornou uma benção e felicidade, fazendo com que o William conseguisse deixar o ambiente dos Pearsons mais animado do que já era, se é que é possível.

Aos poucos ele foi se tornando mais íntimo e a relação com o Randall já não era mais de pai que abandonou o filho e filho abandonado, mas sim de pai que quer uma chance para tentar de novo e filho que quer uma chance de conhecer seu pai biológico. A viagem serviu para uni-los mais ainda e fazer com que Randall conheça não só uma parte da sua família, como também as origens do pai. A cena deles no bar, encontrando com o primo Ricky foi, além de engraçada, essencial para a trama, pois pode dar abertura a muitas possibilidades. Agora que o Randall conhece uns duzentos primos distantes, o que isso pode influenciar na série? Informações não são jogadas sem mais nem menos, portanto, algo pode ser extraído disso, até porque entre uma bebida e outra o Randall disse: “desculpe, fui criado por brancos”. E se, com a morte do William, esses laços possam se tornar mais próximos, de modo que tenhamos um pouco do William na vida do Randall e, mais ainda, um pouco da sua própria história na história do pai?

São muitos questionamentos que vieram em decorrência da intimidade entre os dois, intimidade essa que além de necessária foi importante para o Randall. Na promo do episódio seguinte ele fala que o William mudou a vida dele, e isso é totalmente verdade. Randall cresceu em um lar que, por mais que tenha se adaptado a sua realidade, foi ele quem teve que se adaptar, justamente pelo simples fato de ter sido criado em uma realidade que não era bem a dele. Desde o episódio que a Rebecca descobre que o Randall precisava de um cabeleireiro especializado em cabelos crespos até hoje, o que fica claro, pelo menos pra mim, é o quão necessário foi a aproximação com o William, para não só conseguir perceber o que foi camuflado durante toda sua vida, como também entender que ser negro em uma família de brancos é complicado e pode ser bem embraquecedor em alguns aspectos, como por exemplo, modo de falar e expressões corporais.  

Ter acompanhado a trajetória do William só me fez ter certeza do quão fantástico era o personagem e que, na medida da sua complexidade ele conseguiu trazer alegrias para xs fãs dessa série que já deixou bem claro qual o seu propósito: nos fazer refletir e se emocionar.

Trilha sonora para fazer vocês sofrerem mais um pouco:

  1. – You’re My Sunshine original por Jimmie Davis and Charles Mitchell, mas a versão do Jonny Cash é melhor.
  2.  We Can Always Come Back To This por Brian Tyree 
  3. Blues Run the Game  por Janileigh Cohen
  4. We Can Always Come Back To This original por Siddhartha Khosla & Chris , mas a versão tocada no episódio é a da Hannah Miller. 

The Big Eight

P.S.: Sterling K. Brown é o melhor ator dessa série. De verdade, que homem do caralho, parabéns pela excelente atuação. Sensacional. Inclusive imaginei ele com a Viola Davis contracenando em algum filme qualquer, acho que não seria má ideia hein.
P.S.: Beth é a melhor <3 super fofa e engraçada. E eu concordo com o Dr. Lee, cês dois são um casal adorável.
P.S.: Gostei da atriz que interpretou a mãe do William (Amanda Warren) e do ator que interpretou o William jovem (Jermel Nakia).
P.S.: Foi bonito ver o William “visitando” o Jack, foi como um agradecimento de pai para pai.
P.S.: A cara do Randall quando o William saiu da casa deixando o tijolo lá foi impagável!!!
P.S.: Todo mundo nessa série canta, que povo talentoso.
P.S.: Poems for my son, by William Hill.
P.S.: “Você merece. Você merece a linda vida que construiu. Você merece tudo, Randall. Meu menino lindo. Meu filho. Não tive uma vida feliz. Não tive sorte e fiz escolhas ruins. Uma vida de dúvidas e arrependimentos. Alguns chamariam de triste, mas eu não. Pois as duas melhores coisas da minha vida… Foram a pessoa no começo… E a pessoa no final.” HILL, William.

Todxs bem? Difícil, né? Mas a gente sobrevive porque ainda tem muito coisa para acontecer. Olha, This Is Us retorna só no dia 07.03, então temos esse tempinho para nos preparar, ok?! Curtam bastante o carnaval e até semana que vem que vem. Beijocas, gente!


Helaine Marina

Assiste séries com a mesma frequência que sente fome. Estudante de Direito, futura professora de Inglês e louca pelos animais, em especial, seus amigos. Uma aquariana que não é brinquedo não .

Salvador BA

Série Favorita: Impossível decidir

Não assiste de jeito nenhum: Glee

×