Depois de um ano um tanto fracassado para as comédias, 2015 já demonstra um pouco sua tentativa de se redimir diante dos telespectadores. Na última sexta-feira (06/03), o Netflix liberou a colorida e hilária Unbreakable Kimmy Schmidt. As expectativas já eram altas quando se soube que seria uma produção de Tina Fey e Robert Carlock (Friends). O resultado? Nós, Apaixonados por Séries, adoramos.
Originalmente, a série foi pensada e produzida para estrear na NBC. A emissora havia encomendado os 13 episódios da temporada, mas acabou deixando o projeto na gaveta. Sua desculpa era de que a grade estava priorizando os dramas. Não podemos julgar, uma vez que todos deveriam estar preocupados com o rumo que as sitcoms estavam tomando. A solução veio com a oferta do Netflix, que já pediu inclusive uma segunda temporada. Sinceramente? Foi uma boa jogada para todos, principalmente para os fãs de comédias. Entrando para a grade da NBC, com certeza ela estaria sujeita à audiência e, se não emplacasse, não garantiria nem que todos seus episódios fossem transmitidos.
Unbreakable Kimmy Schmidt tem uma premissa bem peculiar, mas que aguça sua curiosidade. A sitcom conta a história de Kimmy (Ellie Kemper), uma moça que foi presa por quinze anos em um abrigo subterrâneo por um pastor, que acreditava que o apocalipse estava chegando. Quando ela e as outras três mulheres que foram capturadas são libertas, Kimmy decide se arriscar e viver em Nova York, a cidade que nunca dorme. Com toda sua ingenuidade, Kimmy enfrenta várias situações engraçadas e acaba encontrando um colega pra dividir um apartamento, e uma landlord bem louca.
Em alguns flashbacks hilários, acabamos conhecendo mais das companheiras de cativeiro de Kimmy. Cyndee Pokorny (Sara Chase) é a melhor amiga de Schmidt no tempo em que elas estavam reclusas. Donna Maria Nuñez (Sol Miranda) é uma mexicana que foi engana, pensando que estava indo pra uma entrevista de emprego e acabou sendo sequestrada pelo pastor. Detalhe: ela não fala inglês, mesmo tendo morado com as americanas por quinze anos. Agora por último, mas não menos importante, é Gretchen Chalker (Lauren Adams), a única do grupo que se voluntariou a ir para o abrigo, já que acredita em tudo o que o pastor fala.
Kimmy em Nova York acaba conhecendo uma nova família. Por causa de um anúncio, ela acaba chegando ao apartamento de Lillian Kaushtupper (Carol Kane), uma mulher de bom coração, porém que mostra ter um passado meio obscuro. Lá, ela divide o apartamento com Titus Andromedon (Tituss Burgess), um gay divertidíssimo e super talentoso que tem o sonho de ser ator. Como a vida não é feita só de fantasia, Kimmy pra se manter em Nova York precisa de um emprego. Assim ela conhece Jacqueline Voorhees (Jane Krakowski), uma mulher rica, com problemas no casamento e sem paciência com os filhos, que a contrata pra ser sua babá.
Logo após seu lançamento, a série foi inundada com críticas positivas. O site Deadline inclusive deu um importante aviso: “É o seguinte, fãs de Fey: vocês não irão se decepcionar”. E os elogios não param de crescer, reunindo grandes formadores de opinião como Time, The Hollywood Reporter, The New York Times e San Francisco Chronicle.
Ellie Kemper é, como se poderia esperar, o que a série tem de melhor. Não era para menos, já que Kimmy foi escrita especialmente para a atriz, palavras de Tina Fey. A personagem, apesar de ingênua, carrega um poder incrível dentro de si. A estrutura dos episódios é basicamente a mesma, apresentando uma situação de confronto em que ela, no fim, acaba aprendendo valiosas lições da vida real. Coragem, perseverança, criatividade e vontade de viver são algumas das lições que a série nos apresenta. E isso tudo apenas no primeiro episódio.
Mas não é apenas Kemper que leva Unbreakable Kimmy Schmidt nas costas, como muitas produções existentes por aí. O elenco em si é fantástico, levando a comédia para outro nível. Rapidamente, você se apaixona pelos personagens e acaba criando aquela empatia na medida certa.
Só pela presença de Robert Carlock, já era possível prever as referências a Friends. Sem contar muito para não estragar a experiência de vocês, só adianto que são ótimas e de muito bom tom. Além disso, a cultura pop americana é mencionada a todo momento, o que dá um toque especial ao roteiro. Os diálogos são excelentes e afiados, carregando críticas e evidenciando problemas pelos quais passam muitas pessoas – seja as mais “perdidas” como Kimmy ou paranoicas feito Jacqueline.
Agora é com vocês. Deram ou vão dar uma chance para Unbreakable Kimmy Schmidt? Tenho certeza de que não vão se arrepender! E venham comentar com a gente.
