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UnREAL – 2×02 Insurgent

Por: em 15 de junho de 2016

UnREAL – 2×02 Insurgent

Por: em

As definições de aflição foram atualizadas em Insurgent. O caos dominou completamente os bastidores do reality, e UnREAL tem oficialmente três séries em uma: Everlasting, Everblasting e o que está por trás dessas duas.

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Na review do primeiro episódio eu disse que Chet era tão absurdo que se tornava quase gostável. Ok, retiro o que eu disse. Ele é só absurdo mesmo. Enquanto Quinn tenta criar um conto de fadas, ele quer mesmo é transformar o programa em um daqueles realities de sacanagem que passam depois de meia-noite no Multishow. Convenhamos que Everlasting sempre foi mais chocolate com pimenta que água com açúcar, mas “Everblasting” é um exagero, de muito mau gosto e não tem nada a ver com o que a audiência desse tipo de programa espera ver. A indefinição do formato rachou a equipe ao meio, e se antes eles jogavam baixo com as meninas, agora eles jogam baixíssimo com quem aparecer pela frente.

De uma hora pra outra, a hierarquia foi pro espaço, ninguém mais sabe quem é showrunner, quem é produtor ou quem dirige. E enquanto Chet organizou seu rebanho bem organizadinho, oferecendo vantagens e promoções, a dupla imbatível voltou à velha animosidade de sempre. Rachel gostou de ser poderosa por cinco minutos, mas no momento em que ela perdeu Darius, perdeu também o respeito de Quinn e a autoridade dentro do show. Pra completar, todo mundo parecia saber dos seus problemas com a mãe e, no fim das contas, ela foi forçada a voltar pra “campo” e atuar como produtora para impedir o programa de implodir completamente.

Foi uma boa jogada ir até Gary enquanto Chet e Quinn estavam se devorando para vender as suas próprias versões do reality, mas quanta ingenuidade acreditar que ela tomaria o lugar dos dois só porque fez uma fofoca! A Rachel realmente precisa parar com essa fantasia de que está fazendo história, e por isso tem passe livre para qualquer coisa. Ninguém quer saber! Não vão deixar de pisar na cabeça dela só porque ela arranjou um pretendente negro. Isso inclui a Madison, que tomou gosto pela coisa e logo, logo, vai soltar as trancinhas e entrar no jogo também. Coleman, o novo produtor, pode ser uma pedra no sapato dela ou até um interesse romântico… mas provavelmente ele será as duas coisas.

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O mundo estava caindo atrás das câmeras, mas a dinâmica de Darius com as meninas foi muito satisfatória. Assim como Adam, Darius também é um babaca em muitos níveis… e definitivamente nenhuma das meninas merece tê-lo como marido. A Wifey mais evidente da temporada ainda é Tiffany, apesar de todas as questões com o pai e de ter caído como uma pata na armadilha do Chet. Eles não mostraram, mas acredito que Darius saiba o que ela fez com o seu agente, e talvez por orientação da Rachel ou talvez pela química que os dois tiveram, ele preferiu mantê-la por mais algum tempo na competição. Nem que seja só pra conseguir tirar uma casquinha também.

Eu simplesmente adorei a trama envolvendo Beth Ann, Ruby e o biquíni polêmico da bandeira dos Estados Confederados. Pode ser um assunto pouco conhecido para o público de fora dos EUA, mas aquela bandeira representa a resistência dos estados escravagistas do Sul à vitória do abolicionista Abraham Lincoln à presidência do país. Ela tem uma carga muito forte de racismo, mas alguns a veem com orgulho por representar a força e a união dos estados do Sul. A carga negativa é dúbia e a leitura do racismo não é tão óbvia quanto se ela usasse um biquíni de suástica, mas é forte o suficiente pra gerar conflito.

Beth Ann não é uma nazista assumida, está mais para aquele tipo de pessoa que vive dizendo “não sou racista, mas…” ou “tenho até um amigo que é football black”. E isso, de alguma forma, instiga Darius na mesma medida em que irrita Ruby. Só que a ativista é exatamente o oposto da barraqueira que eles esperavam quando a recrutaram. Depois de receber as orientações corretas, ela ponderou, respirou fundo e agiu de forma sensata, sem alarde. É a participante que eu mais gosto dessa temporada (e só perde para a Faith, por enquanto, considerando as duas temporadas), porque em dois episódios ela já mostrou inteligência, consciência social, resistência a alguns padrões e que é gente como a gente e também faz papel de trouxa quando o crush inventa uma desculpa esfarrapada.

sala

Algumas observações:

– Jeremy está mais chato que nunca. Ele podia tropeçar e cair do telhado que nem a Mary.

– Todas as garotas “com nome” resistiram à primeira eliminação.

– Yael, a Hot Rachel, já mostrou que é tão manipuladora quanto a “Cold Rachel” e tratou de armar uma cena pra aparecer na edição.

– Não sei se amo mais a Rachel e a Quinn se adorando ou se alfinetando. Essa dupla é maravilhosa.

– Maaaas precisam ser mais unidas, né? A broderagem tá rolando solta entre Chet, Darius, Jeremy e agora Coleman.

Curtiu o episódio? Já está torcendo pra alguma das meninas? É #TeamEverlasting ou #TeamEverblasting? Deixe seu comentário e até semana que vem!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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