Na véspera da season finale, UnREAL se voltou para um dos pontos mais delicados e conflitantes da série. A lealdade no relacionamento entre Rachel e Quinn. Elas começaram a temporada juntas, romperam por causa do show e agora vão se unir novamente para derrubar um novo inimigo número um: Coleman.
A recuperação rápida de Rachel pareceu um pouco forçada, mas condizente com o ritmo sempre acelerado da série. E ela não só voltou, ela voltou para recuperar o posto de número dois dentro de Everlasting e acabar com a garota que a irritou durante a temporada inteira. Yael foi uma presença incômoda desde que recebeu o apelido de Hot Rachel, ganhou ainda mais antipatia quando dormiu com Jeremy e se tornou inimiga mortal no momento em que se engraçou com Coleman. Se por causa de ciúmes Rachel a fez se borrar em rede nacional, eu não quero nem imaginar o que ela faria se descobrisse todo o plano da espionagem.
Aliás, UnREAL pode pesar a mão às vezes, mas uma coisa é inegável: eles sempre conseguem surpreender. Nem na quinta série eu pensaria em uma forma de humilhação tão escatológica quanto aquela! Rachel acabou com os planos de Jay de eliminar Chantal, e os de Coleman, de fazer da repórter a campeã da temporada. Mas a revanche vem aí, e enquanto Quinn e Rachel pensam que Coleman é a única ameaça, podem não perceber de onde vem o golpe final. Pelo menos ninguém mais acredita que o ex-showrunner é um cara bonzinho e cheio de boas intenções. Ele quer salvar a própria pele acima de qualquer coisa, e não vê problema nenhum em manipular as pessoas. Só que nisso parece que ele é o menos experiente dali, então aposto todas as minhas fichas no #teampowerdickmoney.
A explosão de Quinn quando recebeu a notícia de que não poderia ter filhos rendeu uma cena excelente, talvez até a cena que eles pretendem usar para tentar ganhar mais alguns prêmios pela segunda temporada. Mas tirando o impacto dela como uma peça avulsa da trama, me parece exagerado todo aquele desespero por algo que ela nem pensava até cinco minutos atrás. No fundo, não foi pela perda de uma chance de escolha, foi pela perda da chance de manter o seu namoro. Mas vale a pena manter o namoro com um homem que a enxerga como uma parideira? Que só tem interesse naquele relacionamento se ela lhe der filhos? Apesar de todos os defeitos, Quinn merece mais que isso, ela merece que alguém queira ficar com ela pelo que ela é, não pelo que ela pode gerar.
Queria ter algo mais interessante para falar de Everlasting, mas está difícil. Mesmo a versão “apimentada” de Chantal é um tédio, e toda a história de desistir ou não do programa foi uma enrolação bem desinteressante. E eu não sei se a intenção era fazer de Tiffany uma personagem complexa, mas seu envolvimento com Chet e o seu esforço para ficar com Darius só fazem dela uma grande confusão. O próprio Darius começou mal, teve algum momento de ascensão, mas, desde a saída de Ruby do programa, se tornou um personagem totalmente perdido e descartável. Quando você precisa colocar uma mulher se cagando no meio do programa pra que aconteça alguma coisa, é sinal de que algo está bem errado.
Algumas observações:
– Madison dando uma sambada na cara da Rachel até que foi divertido!
– Alguém mais achou que a Rachel ia jogar o Coleman lá de cima daquela escada quando ele mostrou a gravação?
-Quinn dizendo que amava a Rachel. Lacrimejei aqui.
– Irônico como uma série sobre um reality show de “relacionamento” só consegue montar casais com zero química.
– Já pode começar a campanha pra fazerem da Faith a “suitor” do ano que vem?
Ansioso para a season finale? Deixe seu comentário e até semana que vem!
