Semana passada tivemos um episódio explosivo (literalmente). Essa semana, Van Helsing tinha como missão introduzir um objetivo plausível para o grupo de sobreviventes, de modo que acreditássemos que eles queiram ficar juntos sem se matar antes de dar a chance de um vampiro fazer isso. Eu acho que Little Thing cumpriu esse papel.
Antes de começar o episódio, é bom destacar que, pela primeira vez, nas cenas anteriores, estamos vendo a conversa de Doc com sua irmã. Foi essa conversa que iniciou a ocupação do hospital e consequente proteção de Vanessa e formação grupo de sobreviventes que estamos acompanhando. Fiquei muito empolgado pois finalmente estamos progredindo na estória.
Iniciamos com Rebecca e Sheema. Isso está parecendo um tema recorrente em vários episódios. Como estão geograficamente distantes e cada arco não influencia no desenvolvimento do outro, realmente ficaria fora de contesto jogar no meio de episódio. Rebecca mostra para Sheema seu instituto de pesquisas, onde um experimento está parindo naquele exato momento. Que cena mais nojentinha. Custava ter feito uma cesárea? E é claro que nasceu morto, ou ninguém notou que estava sem cordão umbilical? E agora que a “incubadora” não tem mais serventia, logo após esse parto sangrento, é arrastada para virar comida. Um leve lembrete para Sheema de que, caso ela não faça o que Rebecca ordenar, ela pode ser a próxima.
O que precisamos de explicações desse arco é qual seria a necessidade de querer criar uma vida que já nascesse com o vampirismo? Eu não sei exatamente se eles estão buscando aqui uma forma de andar no sol. Seria o mais lógico, pois não vejo nenhum deles com sentimentos maternais. Também precisamos lembrar que essa não é a única preocupação dos vampiros, Rebecca busca alguém – ou algo – chamado Taka que ainda não foi introduzido na estória. Eles não sabiam da existência de Vanessa até aquele vampiro roubar o banco de sangue. Mas esse Taka é uma novidade, pode ser um inimigo, uma arma, ou aliado escondido.
Encontramos os sobreviventes quase saindo de Seattle. Finalmente estamos à céu aberto. Como estou feliz por ver todo esse verde. Porém, se os céus foram cobertos pelas cinzas vulcânicas de tal modo a impossibilitar o sol entrar, como todas essas arvores sobreviveram? Eu imagino que não deva ter sido algo a nível global mas, se deflagrou o apocalipse vampírico, tem que ser pelo menos nacional, não? Coisa mais fofa Sam e Susan celebrando quando encontram um carro com o tanque cheio de gasolina para roubarem.
Quando os sinos começaram a tocar eu já me lembrei de vários jogos e pensei “ferrou”. Sino nunca significa coisa boa nesse tipo de cenário onde chamar atenção equivale à morte. Axel, experto como é, quer ir na direção oposta dos sinos, enquanto John, como sempre, quer causar a discórdia. Doc, pela primeira vez fala da irmã, sendo ela o motivo por terem mandado a marinha para resgatarem Vanessa. Dessa forma, decidem ir para a base. Alguém mais sentiu uma péssima vibe do John aparecendo do nada quando Doc está se aliviando? O meu ódio por ele não é segredo, se ele ainda me vira um pervertido, ai já é demais.
Quando chegam à base, mais uma vez, tudo abandonado. Não apenas isso, foram colocadas minas terrestres e vampiros estão vindo. Isso não é um bom sinal. Mesmo sendo um lugar tão aberto, uma base militar seria um dos últimos locais a ser abandonado. Gostei muito das tomadas aéreas, ampliando a visão de desolação. Na verdade, é bom ver um pouco de luz nessa série, ficamos muito tempo no escuro. Esse episódio deu a oportunidade de grupo ter um tempo de se recuperar e realmente virar uma unidade. Nesse momento, eles precisam aprender a confiar uns nos outros ou não conseguirão sobreviver, além de que, esses momentos são necessários para lembrarem o que ainda os torna humanos, a empatia, a alegria, a camaradagem.
Após descansarem, resolvem, em duplas, vasculharem a base em buscas de pistas. Vanessa e Doc vão ao escritório da irmã de Doc, Grace. Por que irmã dela tem nome mas Doc não é uma coisa que eu gostaria muito de saber. Sala cheia de gaiolas com animais podres. Doc não faz ideia do que a irmã fazia em seu trabalho. Se ela fazia algum tipo de experimento, o sangue de Vanessa despertou o interessa não apenas dela, mas do Pentágono. Isso é bem perigoso. Eu imagino que o governo já deveria ter tido contato com os vampiros muito tempo antes do Levante, é bem provável que Grace estivesse envolvida em algum tipo de pesquisa para a criação de um super soldado, que parece ser a obsessão de todo militar americano em séries. Vampiros – e Vanessa – se encaixariam bem nessa categoria. Além dos arquivos de Vanessa, encontram anotações de algo chamado “A Fazenda”. Eu imagino que não envolva a Mara Maravilha nem o Tico Santa Cruz.
Enquanto isso, Susan e John encontram uma pessoa escondida na base, Gorrman, alguém que se perdeu da Resistência. Ainda é cedo para dizer se faz parte do mesmo grupo que Sheema participava antes de Rebecca matar uma galera, mas é bem possível. Seria a primeira vez em que essas duas estórias estariam se conectando. Enquanto todos discutem se devem aceitar Gorrman no grupo (com uma Doc sendo muito contra Axel), Axel aparece com mais uma solução miraculosa. Tudo bem, o cara é da marinha, é treinado para se adaptar a situações extremas e conseguir se safar, mas o cara já está virando mágico.
Do lado de fora da base, Mohamad perdeu a mensagem deixada por Sam ao tentar seguir os sinos. Menino Mohamad parece que não entendeu que está em um jogo, esse sino é sinal de chefão na certa! Mas, por enquanto, está se virando muito bem sozinho e encontrou abrigo em um paraquedas pendurado em uma árvore. E não, eu não acho que ele esteja apaixonado por Vanessa, acho que é mais pelo vínculo que fizeram quando fugiram do hospital, além, claro, da esperança que Vanessa representa para a Resistência. Agora, vamos combinar, tudo bem que eles tem que aprender a sobreviver ou iriam morrer, mas virar espadachins utilizando facões em menos de 3 anos não seria um pouco demais não? Sem contar que a galera também aprendeu a atirar rapidinho. Todo mundo. Isso com munição limitada.
Os sobreviventes chegam na “solução” de Axel: um abrigo subterrâneo que era chamado de “A Fazenda“. Axel só sabe que era um “lugar para pesquisas”. Como a porta estava lacrada, Gorman decide explodi-la mas, assim que entram, a entrada desmorona e agora estão presos nesse lugar. E eu estava tão feliz por estarmos à céu aberto. Mas as coisas ainda são boas, pois o lugar está cheio de comida e bebida (lembrem, nos Estados Unidos, eles bebem a cerveja quente mesmo). Que comece a festa! Nem tanto, já que Axel acha uma área reservada para quarentena. Eu acho que teremos visitas vindo de lá no próximo episodio.
Cena mais fofa Sam tentando cantar quase caindo de bêbado e a galera curtindo. Enquanto todos comem e se divertem (John bem saliente com Susan), Doc dá aquela surtada básica quando Axel vai ser gentil com ela. Creio que podemos estabelecer sem sombra de dúvidas aqui que ela está apaixonada por ele, concordam? Vanessa se retira para pensar e a câmera nos mostra um móvel coberto com vários adesivos, mas foca em um específico, escrito Denver High. Caso não se lembrem, o pai de Dylan morava em Denver, que é um lugar com altitude alta, com densidade do ar mais leve, tornando fácil limpar a atmosfera das cinzas vulcânicas. Duvido que tenham colocado essa cena aqui de graça. Esse deve ser nosso destino para a segunda temporada.
Finalmente descobrimos quem é o assassino do hospital. John e Susan conversam bêbados no corredor e se beijam, mas Susan não quer passar disso e diz não. John mostra o babaca que é e a ataca, indo direto para o pescoço. Vanessa chega para o resgate. Ótimo flashback para a cena de salvação do segundo episódio. A descoberta aqui foi muito rápida, devo confessar. Bastou a Doc olhar para o pescoço da Susan que ela já sacou tudo. E por que não foram olhar na bolsa dele uns 4 episódios atrás, antes de causar todos aqueles problemas? Eu até pensei que poderiam ter plantado as provas na bolsa dele, mas John já estava tentando se soltar muito antes de Axel mencionar a bolsa, portanto ele já sabia o que iria acontecer. Dessa forma, mereceu o facão na garganta! Ótima pontaria Vanessa, parabéns!
Quando vamos discutir todos esses incríveis atributos de Vanessa? Não me refiro nem à parte sobrenatural, mas às técnicas de luta, pontaria, utilização de armas (que por um momento ela parecia não saber usar, mas agora já virou mestre), lançamento de facas à distância. Precisamos saber!
A música da semana é Big Rock Candy Mountain, de Burl Ives, caso você queira sofrer pesadelos imaginando esse mundo de vampiros com essa música de fundo…
Para concluir, foi um bom episódio para a união do grupo, assim como para começar a descoberta de alguns segredos. Ainda nada que mude nossas vidas, mas bem promissor. E você, o que achou? Deixe a sua opinião nos comentários. Semana que vem promete ser quente!
