A Netflix lançou nesta terça-feira (13) a segunda edição do Prêmio Netflix, que buscar dar visibilidade a produções locais e independentes e levar ao mundo histórias brasileiras.
Para esta edição, temos dez filmes selecionados e dois deles entrarão para o catálogo internacional da Netflix, que conta com mais de 83 milhões de assinantes em mais de 190 países. Um dos filmes será escolhido por voto popular (e não precisa assinar o serviço para votar) e o outro por um painel de jurados composto pelos atores Alice Braga e Fabricio Boliveira, os diretores Cesar Charlone e Fernando Andrade, a cineasta Adriana Dutra e os influenciadores Hugo Gloss e Lully de Verdade.
“Estou muito orgulhoso de apresentar os filmes que participarão do prêmio este ano, assim como nosso corpo de jurados. Dez produções brasileiras independentes foram selecionadas previamente pela Netflix e seus parceiros, grandes pesos da indústria cinematográfica no Brasil. São histórias únicas e que mostram a diversidade da produção brasileira”, informou Vinícius Lossaco, vice-presidente de marketing da América Latina. Os filmes ficarão no catálogo da empresa por um ano.
“Acho uma grande possibilidade para o cinema nacional crescer e atingir o mundo. São muitos filmes com uma curadoria interessantésima; alguns filmes eu já tinha visto, outros eu nem tinha ouvido falar. O que [a distribuição] é um grande problema hoje no Brasil. Acho que [a Netflix] alavanca o Brasil internamente e para fora”, disse Fabricio sobre o serviço de streaming.
Acho que ter a iniciativa de um prêmio como esse é muito importante para o nosso cinema. É uma coisa muito legal não só para lá fora, mas para a gente assistir nosso cinema. (…) A gente tem um cinema muito maravilhoso, quantas mais portas a gente abrir, mais a gente vai poder fazer”, explicou Alice.
A parte do prêmio, a empresa adiantou que vai lançar o filme Aquarius ainda este ano em seu catálogo. Aquarius foi dirigido por Kleber Mendonça, recebeu muitos elogios no Festival de Cinema de Cannes e atualmente é centro de uma polêmica sobre qual filme brasileiro deve ser indicado ao Oscar 2017.
“Internamente acho que pode sim, haver censura [em relação a filmes mais politizados]. O filme “Levante!” é um dos que eu não tinha ouvido falar, por ignorância minha, mas acho que não tem um empenho de divulgar filmes que tratam de temas com recortes contundentes e que têm uma força política também”, fala Fabricio. “Acho que um filme já é político por si só, o que ele tá abrindo, o que ele tá discutindo é a defesa de um pensamento, de uma ideologia. De qualquer jeito a gente tem que mergulhar dentro dele, seja ele do seu agrado ou não. Aí entra o júri, entender como aquele tema foi tratado pelo diretor e como isso está conectado”, completa.
A votação acontece entre os dias 13 de setembro a 3 de outubro no site Prêmio Netflix, onde há um promo de 10 a 15 minutos para cada filme.
O vencedor da primeira edição foi Apenas o Fim, de Matheus Souza.
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