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Weeds – Sétima Temporada

Por: em 2 de outubro de 2011

Weeds – Sétima Temporada

Por: em

O que aconteceu com Weeds? Desde o 4º ano, quando Nancy e sua família deixaram Agrestic, Weeds vem sendo duramente criticada. Eu concordo que ela nunca mais foi a mesma (as duas primeiras temporadas são imbatíveis), mas sempre defendi a série, afinal, às vezes mudar é necessário. Ao contrário de muitos, gosto da 4ª temporada é a considero bem superior à 3ª (quando os Botwin ainda moravam no subúrbio, ou seja, a época de ouro da série). O problema é que desde então, Weeds têm se mostrado do uma verdadeira montanha russa.

O 5º ano foi fraco, apesar da ótima season finale. Já a temporada seguinte deu fôlego novo à série. Episódios como 6×05 – Boomerang, quando Shane é seqüestrado, e 6×13 – Theoretical Love is Not Dead, quando Nancy é presa, foram excelentes. Agora, com a 7ª temporada vimos Weeds decair outra vez em plots ruins e principalmente com o mau uso de algumas personagens.

Mary-Louise Parker continua ótima. Ainda sinto sua falta nas premiações do Emmy, pois a sua atuação não deve em nada as atuais preferidas da academia. No que diz respeito à comédia, por exemplo, sua performance é bem melhor que a de Eddie Falco (vencedora na categoria melhor atriz de comédia no ano passado) em Nurse Jackie. Nancy é o melhor de Weeds, mérito da atriz em grande parte, e a única personagem que tem me motivado a acompanhar a série.

Ok, para não ser duro demais com Weeds, posso dizer que a prole de Nancy ainda rende boas cenas. Silas tem seus momentos e vem ganhado espaço cada vez maior e mais importante no desenvolvimento da série. O problema é que o rapaz ainda é muito imaturo. Ele quer ser chefe, mas não consegue. Suas decisões sempre acabam em confusão. É compreensível a raiva que sente da mãe às vezes, mas falta entender que Nancy entende muito mais sobre o ramo do que ele. Além de tudo, Silas também é muito ingênuo. Prova disso é o envolvimento com a líder dos traficantes rivais, Emma (Michelle Trachtenberg, de Gossip Girl).

Por outro lado, Shane mostra-se muito mais esperto. O garoto sempre tem uma saída para tudo e sabe manipular pessoas. Não é a toa que praticamente colocou a polícia a trabalho da própria mãe. Sua entrada para a academia da polícia de Nova York foi uma das gratas surpresas da temporada, um plot criativo e diferente do que poderíamos esperar. Já o restante…

O que aconteceu com o Andy? Para começar, aquela bobagem de bicicletas com rodas da Dinamarca. Depois, um envolvimento num triângulo amoroso que talvez tenha resultado em uma gravidez (ficaremos na dúvida se a série não for renovada). Apenas isso. Sua participação não foi interessante, suas cenas serviram apenas para “encher lingüiça”, fora alguns bons momentos como quando ele ameaça Emma com um atirador de pregos. Já Doug conseguiu ser ainda mais inútil, servindo apenas para dar um emprego temporário para Nancy e acesso à high society para venda de maconha por preços exorbitantes.

A impressão que fica é de que os produtores não sabem mais como encaixar a personagem em Weeds. Os Botwin já foram da Califórnia para Washington, depois atravessaram o país de carro, viajaram para a Dinamarca e voltaram para os EUA (Nova York) sempre com Doug grudado neles. Nessas horas, eu fico satisfeito por Elizabeth Perkins ter deixado a série, afinal, ela faria todas essas viagens também? Seria ridículo.

Porém, apesar da irregularidade, a 7ª temporada ainda merece elogios em alguns pontos. Zoya foi uma boa adição ao elenco. A melhor sequência da temporada, ao final do episódio 7×08 – Synthetics, só foi realmente eficiente graças à sua participação. Durante o desenvolvimento da season, cogitei que ela seria a assassina de Nancy (levando em consideração os boatos de que a personagem seria assassinada no final da série). Heylia também se destacou com suas pérolas. Uma participação pequena, mas divertida e que nos fez sentir ainda mais saudades das temporadas anteriores.

Aquele humor negro que só Weeds sabe fazer ainda surge em alguns momentos, como quando Nancy e Jill são “avaliadas” pelos colegas de Demetri. “Oh, nossa, perdi a competição do estupro”, diz Nancy após ser preterida à irmã. Por falar em Jill, sua participação, desta vez, gerou bons diálogos. A discussão entre irmãs dentro do metrô foi o ponto alto, uma verdadeira lavagem de roupa suja em público. E por mais mal comida chata que ela seja, Jill ama o sobrinho como se fosse a mãe dele. Compreende-se o motivo para não ceder a guarda do garoto para Nancy.

A temporada chegou ao final com dois mistérios: Nancy foi ou não baleada? E quem é o atirador? Tem quem acredite que este possa ser o final de Nancy: Supostamente morta. Por enquanto não sabemos se Weeds será ou não renovada. Até pouco tempo, a 7ª era considerada a última temporada da série, mas o presidente do Showtime, David Nevins, disse em entrevista que é praticamente certa a renovação. Levando-se em consideração a audiência estável (variando entre 600 e 700 mil por episódio) e a entrevista da Jenji Kohan sobre os planos para a 8ª temporada, o mais provável é que tenhamos Weeds em 2012.

E apesar das falhas, eu realmente torço por isso, pois a 8ª temporada (e última, se os produtores forem inteligentes) será a chance de dar um final descente à Weeds e, na mais otimista das hipóteses, elevar o nível de qualidade da série ao mesmo que vimos nas temporadas iniciais.


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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