O que tinha tudo para ser um excelente episódio dessa terceira temporada de Beauty and the Beast, acabou sendo um pouco mais do mesmo que já estamos acompanhando há seis semanas. Não gosto quando acabo um episódio e fico com a sensação de que salvaria pouca coisa do que ele mostrou – o que é um sentimento ainda pior quando você tem que escrever sobre isso -, então vou tentar levantar os aspectos positivos e não só reclamar do que vi. Vale retomarmos que a última semana acabou com o casal protagonista sendo atacado por uma fera com poderes ainda mais espetaculares, deixando a vida dos dois a prova, mais uma vez.
Uma coisa que se torna muita complicada em uma série que envolve ação assim é que fica quase impossível comprar qualquer tipo de perigo aos protagonistas, certo? Como que vamos acreditar que os roteiristas seriam capazes de matar seus personagens principais assim, do nada (a menos que estivéssemos falando de Shonda Rhimes)? Pois bem, isso tira muito da graça de colocar Vincent e Cat no meio de situações tão perigosas. Quando o casal é atacado, a gente sempre sabe que, no fim, tudo vai ficar bem. Ainda assim, eu gosto muito do aspecto psicológico que muitas dessas situações trazem para os nossos personagens. Por exemplo, o perigo eminente aos amigos e parentes, fez com que Cat tomasse decisões um pouco precipitadas, fazendo com que víssemos um lado diferente de seu noivo, Vincent.
Que a fera é romântica, a gente já sabia e já vimos inúmeras provas disso. Agora esse desejo por uma cerimônia celebrando o amor dos dois, foi algo novo (pelo menos para mim). E achei que a série acertou quando não deixou que isso acontecesse, já que vem se criando um grande clima para o evento, que seria completamente quebrado com uma capela no meio de estrada – acho inclusive que esse casamento acontecerá só no final da temporada, talvez com acontecimentos que servirão como gancho para o próximo ano. No final, depois de tudo que passaram nas mãos de Carolina, Cat viu que a celebração do casamento era um grande momento e que precisava ser vivenciado por completo, com todos por perto e sendo algo para lembrar por muito tempo.
Agora o ponto mais interessante para mim foi a conduta de Cat depois de capturada. Apesar de ser uma ideia sua e um tiro no escuro ao mesmo tempo, foi um pouco assustador ver a personagem tão descontrolada quando ficara de frente com a sua nova ‘inimiga’. E foi só isso que foi bom nessa enrolação toda. JT foi inserido convenientemente na cena, o que fez pouquíssimo sentido. Heather tem uma presença marcante, porém vem servindo como elemento de barganha só. Fora que trabalharem uma trama por seis episódios para chegar e falar que tem alguém maior que Carolina nisso tudo, foi um tiro no pé. Criem um vilão, o sustentem. O que me parece é que eles precisavam revelar alguma coisa, jogaram essa trama fraca e, ao passo que acabaram com um ‘mistério’, já lançaram outro.
Enquanto a caçada das feras me desagrada, quem ganha mais espaço é Tess. Conivente com a situação da parceira desde o princípio, a mudança de posição da policial era um claro indicativo de que as coisas iam mudar. A pressão para apresentar resultados faz com que Tess seja uma nova pessoa, uma capitã. E tudo isso vai em desacordo com a postura de todos que estão ao seu redor. Muita gente achou a atitude dela exagerada quanto a JT, mas coloque-se no lugar de uma pessoa que nunca será primeira opção. Ela entende, ela sabe o porquê de tudo aquilo, porém isso não torna nada mais fácil. E digo mais: se preparem, por que acho que foi só o primeiro dos rompimentos no caminho da personagem. Espero só que ela não sofra tanto, porque é uma das minhas preferidas ali.
Meio de temporada meus caros. Temos mais seis episódios para fechar este arco e as coisas parecem bem perdidas nesse momento. Tomara que a série encontre seu tom de novo e volte a causar um pouco de ansiedade pelo próximo episódio. Até semana que vem!
