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Containment – 1×02 I to Die, You to Live

Por: em 28 de abril de 2016

Containment – 1×02 I to Die, You to Live

Por: em

“The hour of departure has arrived, and we go our separate ways, I to die, and you to live. Which of these two is better only God knows.”

Não existe nada mais contagioso que o medo. Algo que Containment começa a nos mostrar e deve assumir proporções ainda maiores no decorrer dos episódios. Medo que se manifesta de forma diferente em pessoas diferentes, mas está ali, presente em todos os personagens e se esgueirando lentamente para o público. O prognóstico não é bom, a contagem de mortos se iniciou logo no primeiro episódio e a tendência é só aumentar, afinal à medida que vamos nos apegando aos personagens, passamos a temer por suas vidas. Temer, talvez, seja o sensato, uma vez que ficou claro em I to Die, You to Live que dificilmente as pessoas que estão dentro do cerco sairão com vida de toda essa situação.

Esse segundo episódio mostrou que, como já era esperado, nem todos os esforços do CDC foram suficientes para impedir a proliferação do vírus. A quarentena, que inicialmente seria de 48 horas, irá se estender por tempo indeterminado e aparentemente não há muito o que se fazer pelas pessoas que se encontram na área exposta à contaminação. O peso de tal informação cai como uma bomba no major Lex Carnahan. Teoricamente ele se encontra em um local “seguro”, no entanto, a mulher que ama e o melhor amigo, não.

Containment

Além disso, a posição que assume não permite que faça nada a respeito disso, pois salvá-los seria colocar outras infinitas vidas em perigo. O conflito que isso gera é interessante e espero que seja trabalhado com maior ênfase nas próximas semanas. Ainda sobre Lex é interessante frisar seu suposto papel de herói, algo que já vem sendo questionado pela imprensa. Seria ele realmente um herói ou apenas um fantoche? Talvez a resposta seja os dois, alguém que tem intenções heroicas, porém está sendo manipulado.

Do outro lado do cerco, e ainda no núcleo policial, temos Jake, que transforma seu medo em raiva. Atitude que rendeu até comentários de Katie sobre a suposta imaturidade do rapaz, já que as crianças estariam lidando melhor com tudo aquilo. Nesse ponto, não sei se concordo com a professora. É evidente que socar paredes não irá resolver o problema, contudo, as crianças dificilmente entendem exatamente o que está acontecendo. Além disso, ter que lidar com o fato de que seu melhor amigo te colocou em uma situação que pode custar sua vida não deve ser fácil. Sabemos também, por meio de Jana, que Jake não tem a mais fácil das personalidades, algo que ficou claro no passado dos dois.

Containment

Falando em passados, Katie é outra que esconde alguma coisa. No primeiro episódio, a moça chegou a comentar rapidamente sobre a falta de confiança a avó do filho a seu respeito, nesse a vimos tomar remédios para tentar se manter calma. O que nos mostra que há muito sobre ela que ainda não sabemos.

Enquanto isso, Teresa se apavorava com a perspectiva de ser sido contaminada. Tudo por ter recebido um beijo de uma amiga, que pouco depois descobriu estar doente. Nesse momento, abro um parêntese para comentar a burrice e inconsequência de um bando de adolescentes, que resolveu fazer uma festa e ficar se esfregando uns nos outros com um alerta de quarentena e um vírus mortal  à solta. É claro que isso faz todo sentido, já que jovens tem a tendência de se julgar imortais, mas o prêmio de maior imbecilidade do mês fica para essa galera. Ainda assim, foi difícil assistir a cena em que Aimee observa os outros doentes e percebe que irá morrer.

Containment

De qualquer forma, Teresa, que nem foi a festa, pode estar contaminada, o que além de deixá-la em pânico faz com que seu namorado esteja ainda mais determinado a chegar até ela, para que a menina não passe por isso sozinha. Essa também está longe de ser a atitude mais esperta a se tomar, no entanto, adolescentes apaixonados não costumam ser exatamente racionais. Ainda assim, o completo isolamento ao qual o lado da moça da cidade foi submetido, promete complicar ainda mais o reencontro dos nossos amantes desafortunados.

Tudo isso, faz com que o título do episódio faça muito sentido, evidenciando que o destino da população de Atlanta foi selado por um muro, que determina que parte deles irá morrer para que o restante sobreviva. O título, assim como a frase de Sócrates que dá início ao episódio, remetem a Lex e Maxon e às pessoas que ambos amam, mas parecem estar fadadas à morte. Após toda essa análise, fica claro que I to Die, You to Live foi um bom episódio, que conseguiu mostrar um pouco mais de alguns personagens e fazer com que a trama caminhasse. Ainda assim, a grande quantidade de personagens, muitos dos quais extremamente coadjuvantes, incomoda um pouco, especialmente pela distribuição de tempo em tela. Não acho que esse seja um grande problema e pode ser facilmente resolvido, especialmente quando mais pessoas começarem a morrer. O importante, de qualquer modo,  é que a série tem potencial e até agora não decepcionou.


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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