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Containment – 1×06 He Stilled the Rising Tumult

Por: em 28 de maio de 2016

Containment – 1×06 He Stilled the Rising Tumult

Por: em

Chegando praticamente a metade de seus 13 episódios, Containment começa a unir suas muitas linhas narrativas e o resultado, devo dizer, surpreende pela qualidade.

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A minissérie da CW apresentou dois primeiros capítulos muito bons, pisou um pouco no freio e, agora, começa a juntar o grande quebra-cabeça de personagens com o qual lidou durante todo o seu primeiro ato. O fato de ter sido planejada como uma série limitada desde o início já dava a entender que a trama recebeu um planejamento prévio – até porque tudo já está gravado também – e, agora, com as histórias de Xander e Teresa se unindo as de Jana (e, de certa forma, unidas as de Lex e Jake, e agora também Leo), acredito que Containment não vai mais desacelerar.

A recente aliança formada entre Lex e Leo não é nenhum pouco surpreendente. O roteiro da série tem trabalhado muito bem a questão de que, com a iminência de uma pandemia generalizada caso o vírus se espalhe, conceitos precisam ser revistos e o que antes seria errado, agora pode não parecer mais. É interessante notar a inversão de papéis no que tange ao policial e ao jornalista,já que ambos tem motivos parecidos para formar a parceria. Lex, ao saber por Jake e Katie que pode haver algo escondido na origem do vírus, esquece a profissão que ocupa e os princípios que antes o nortearam. Já Leo, segue exatamente estes princípios, agora que é obrigado a conviver com a perda de suas amigas. De uma forma ou de outra, ambos entenderam que o caminho que seguiam não era o ideal. 

O mais legal é que, mesmo usando o mandato forjado por Leo para conseguir gravações codificadas das câmeras de segurança do hospital, Lex ainda se mantém agarrado a ideia de que precisa fazer algo de bom. Ele não quer passar por cima de ninguém para alcançar seu objetivo, que é minar a influência de Sabine e tentar entender que tipo de conspiração o vírus esconde. E isso fica claro com o plot dele com Hank, um senhor que se recusava a sair de um prédio prestes a ser demolido porque, todo dia, era dali que ele podia ver sua filha (que estava dentro do cordão). Foi uma parte um tanto quanto filler do episódio, mas que serviu para ressaltar o caráter de Lex, emocionar um pouco e mostrar como as consequências do isolamento já são bem maiores do que se pode ver a um primeiro olhar. Hank e Lex se viram um no outro: Duas pessoas que possuíam alguém do lado de dentro e que temiam diariamente pela vida delas.

É um pouco parecido com o que ocorreu com Jana e o recém-chegado homem que estava no telhado. Os dois dividiram momentos interessantes e Jana finalmente percebeu que o seu passado traumático (que estou um pouco curioso para conhecer mais) a estava impedindo de viver bem e feliz com Lex. Se houver um final feliz pra essa série, talvez seja o deles. E é essa consciência nova que ela ganhou que a fez enfrentar todos e deixar Xander e Teresa subirem. Não esperava que essas duas tramas se encontrassem, mas acredito que isso pode finalmente tornar a trama dos adolescentes interessantes porque, tirando o fato de conseguirem fugir dos seus raptores, não fizeram nada de útil até agora. Com a chegada da gangue carregando a mãe de Teresa, o cenário para o próximo episódio é imprevisível.

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Paralelamente, Jake e Katie tiveram sua trama própria. A declaração do amor que Jake diz sentir soa sim um pouco precipitada, afinal eles se conhecem há 9 dias, mas dadas as circunstâncias específicas em que se encontram, não é algo que soa TÃO absurdo quanto seria em outra ambientação. Os dois estão há mais de uma semana tendo que carregar todo o peso de um vírus mortal nos ombros e só não o estão sozinhos exatamente porque podem contar um com o outro. É o cenário ideal para o brotar de um sentimento de companheirismo, cuidado e que Jake resolveu chamar de amor. Se ele assim o classifica, quem sou eu para dizer que não o é? Na situação em que ele está, eu já teria surtado há tanto tempo. E é por isso que Jake é um personagem tão fascinante e que Chris Wood tem construído muito bem. Enquanto ele passa para todos a imagem que está bem e que vai conseguir lidar com tudo, por dentro, ele está quebrado.

Mais uma vez, os dois funcionaram bem em cena e trouxeram, talvez, o ponto mais importante: A imunidade de Thomas ao vírus. Quando toda a trama do garoto se apresentou, esperei que o roteiro nos levasse para outro caminho. Talvez uma contaminação de Quentin, que irresponsavelmente seguiu a mãe e Jake atrás do amigo. Ou até mesmo um sequestro do garoto pela gangue de motoqueiros que os ameaçou no campo de baseball? A propósito, alguém notou que Katie deixou seus remédios lá? Provavelmente, isso será importante no futuro. Mas voltando ao garoto: Por que ele é imune? E isso pode ser replicado e transformado em cura? Não sei… Ainda temos 8 episódios pela frente e tudo parece fácil demais. Com certeza vem mais bomba por aí.

Ademais, Containment segue muito bem. Uma coisa que acho que vale a pena destacar também é a trilha sonora, sempre com canções belíssimas e que embalam coerentemente os momentos finais de cada capítulo. A abertura, com citações de obras, também tem funcionado muito bem. Até então, a primeira empreitada da CW no ramo das séries limitadas tem se mostrado um feliz e surpreendente acerto. Que assim continue.

Outras observações:

— A Thaís não conseguiu escrever a review essa semana por questões técnicas, então corri para comentar com vocês. Provavelmente, semana que vem ela já tá de volta. Mas se infelizmente não for o caso, nos encontramos aqui novamente.

— Eu achei que o jogo de baseball ia dar muito errado. Ainda bem que não.

— Certeza que tem mais coisa nessas ondas de calor. Isso não é normal.

— Não vai dar bem não isso da Guarda Nacional querer se meter.

— Fique com a ótima promo de Inferno, episódio de semana que vem.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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