Exibindo mais um segmento de bons episódios e atingindo sua marca de cinquenta episódios, Jane the Virgin encerra sua trajetória curta nessa fall season com o saldo positivo e prometendo muita coisa para o restante de seu terceiro ano, que até aqui exibiu caminhos bem interessantes para formar uma excelente temporada!

Chapter Fifty

Que os produtores sabem usar e abusar dos clichês e recursos dramáticos que uma boa telenovela proporciona já estamos cansados de saber desde que a série foi apresentada, por isso a inserção de uma prima distante, cheia de intenções que a protagonista mal conhece, mas já considera pacas é motivos suficientes para desconfiarmos. Quem é formado no bloco de dramalhões mexicanos do SBT reconhece muito bem esse tipo de narrativa e a confirmação veio logo de que Catalina não é flor que se cheire, mas quais são seus objetivos?

Foi bem esquisito que Jane acolhesse uma prima que ela só conversou pela internet e chegou de surpresa no endereço dela, ainda mais quando ela está de mudança para uma casa menor e está colhendo os momentos de seu recém casamento, refletindo no desconforto de Michael. Ver sua esposa deslumbrada com a vida de viagens da prima e interferindo no interesse de Rafael por Catalina fez o policial ficar inseguro em relação ao seu casamento com Jane, nos rendendo uma ótima performance de Michael em uma boate cantando Locked Out of Heaven para impressioná-la. Vai dizer que não foi fofo ver Jane se juntando à ele no palco para esclarecer que não teria motivos para sua insegurança?

Além disso, a presença de Catalina ajudou Alba a se despir do receio de ver seu passado com a irmã retornando e para reconstruir sua relação estremecida com a neta, a abuela aceita receber a sobrinha-neta (?) para um jantar, que já dava indícios de desastre. Era inevitável que questões do passado fossem discutidos e Alba não gostou nada de saber que a família a pintou como uma ladra de namorados, sendo o suficiente para a matriarca perceber e abrir os olhos da neta sobre não confiar totalmente em Catalina. Ou seja, deu para perceber a capacidade de plantar neuras em Jane que a mulher tem somente depois de sua chegada.

Enquanto no Marbella, as voltas com seu interesse pela possível nova vilã, Rafael demonstrou estar alguns passos a frente de Petra para recuperar suas ações do hotel. Confesso que sua aliança com Scott e todo o plano para acuar a vilã para que ela concordasse em retornar a sociedade foi surpreendente, mas evidentemente não podemos contar com uma vitória. Petra ainda pode ter um poder sob Scott e usar isso à seu favor caso desconfie que está sendo passada para trás.

Já a interessante e bem desenvolvida amizade entre Xo e Rogelio tomou outras proporções com a chegada do antigo amante da ex-cantora. Ajudando Xiomara com o aluguel do salão de dança para dar suas aulas e usando toda sua influência, tudo parecia encaminhar-se para uma reconciliação do casal com direito a flashbacks do passado dos dois no colegial, mas a presença de Bruce veio para minar essa possibilidade. Foi bem triste a carinha de decepcionado de Rogelio ao ver sua amada entregando-se novamente a um homem que a magoou por muito tempo e que ainda a obriga mentir para a filha. Vamos ajudar a te ajudar, Xo? Foi uma pisada na bola bem feia e as apostas estão abertas para quem realmente acredita se Bruce está divorciando-se da esposa definitivamente.

Chapter Fifty-One

No último episódio de 2016, Jane the Virgin passa a adicionar mais reviravoltas na trajetória dos seus personagens que, com certeza, veremos o desenvolvimento durante a exibição do restante da temporada no ano que vem. O grande destaque dessa mid-season finale ficou por conta de Rafael e o passado obscuro da família Solano. Abusando como sempre de ótima maneira da metalinguagem e referências, dessa vez de Hitchcock, tudo serviu para pano de fundo da revelação que o herdeiro do Marbella nunca foi um Solano e que Elena o adotou na Itália, o que desencadeia diversos conflitos agora que o empresário resolveu parar de fechar os olhos para as falcatruas da família.

Enquanto Jane resolveu reconectar-se com seu fé e não convenceu ao tentar impor a sua religião ao pai de seu filho. Concordo com Rafael que seria muito cedo levar Mateo para frequentar a igreja, por mais que saibamos da importância para Alba e o que a religiosidade representa para as Villanueva’s, principal elemento de formação sobre a personalidade das três mulheres dessa família. Ainda sim, foi demonstrado a capacidade de Catalina em levar Jane por sua lábia e parece ter muito mais sobre a prima recém encontrada do que pensamos, já que suas intenções com Rafael e a família não estão totalmente jogadas na mesa.

Cumprindo sua participação de leveza do episódio, Rogelio inicia uma nova jornada para esquecer Xo e realizar seu sonho de torna-se pai. Mesmo os dois claramente ainda possuírem amor um pelo outro, ambos estão seguindo com seus caminhos e uma reconciliação do casal deve estar bem longe de acontecer. Se por um lado Xo e Bruce tem todas as chances de não dar certo, Rogelio promete se envolver em confusão por seu impulso com Darci, mesmo que os dois tenham personalidades semelhantes.

Observações:

• No 3×06, tivemos a breve aparição de Kelly Rutherford, dando aquela nostalgia para quem acompanhou Gossip Girl e amou/odiou Lily van der Woodsen.
• Para a galera dos spin-off, seria boa uma comédia sobre Xo e Rogelio no colegial (é a minha obsessão por série teen atacando, desculpem).
• Anotado o próximo nome para dar aos meus futuros gatos: Faith M. Whiskers III.
• Não tivemos Petra por mais um episódio.
• Já podem encomendar mais merchandising’s produzidos por essa série.
• Fiquei com pena do Michael por seu exame não ter dado certo e ficar trabalhando somente no escritório da polícia.

Peço desculpas pelo atraso dos textos, infelizmente tive uma maratona de provas nas últimas semanas. Então não deixem de comentar sobre esses últimos episódios do ano e o saldo dessa primeira parte da temporada. Nos vemos em 2017, quando a série retorna no dia 23 de Janeiro. Até lá!