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Maratona Parenthood – 4ª Temporada

Por: em 3 de abril de 2017

Maratona Parenthood – 4ª Temporada

Por: em

Spoiler Alert!

Este texto contém spoilers pesados,

siga por sua conta e risco.

Quando decidimos que Parenthood merecia uma maratona em grupo, escolhi  escrever sobre a quarta temporada porque eu já havia assistido as anteriores, o que me daria mais tempo para acompanhar a maratona e elaborar um texto com muita calma. Mas com a quantidade de séries na minha wachtlist e os compromissos do dia a dia, só consegui terminar de assistir ontem. Quando os créditos do último episódio subiram pela tela é que me dei conta do tamanho da responsabilidade de falar sobre a grandiosidade dessa quarta temporada. A nossa maratona do choro chega naquela que, até agora, pode ser considerada a temporada do choro.

Sempre temos bons plots e ótimas atuações, mas o que mais me encanta na série são as emoções em cenas singelas, mostrando que não é preciso tiroteios, tempestades ou queda de avião para tocar um coração (beijo pra Shonda). Enquanto assistia o episódio de Natal (4×11), lembrei das colegas Alice e Louise comentando o quanto choraram. Estava apreensiva, mas sem lágrimas, me sentindo insensível. E eis que a cena final se tornou a minha preferida até hoje. O “suborno” para entrada na sala, Kristina saindo do pior momento na luta contra o câncer, todos rindo, a família completa e unida. Feliz, com todos os seus problemas. Como não amar e se emocionar? Seguindo o formato da Ana Rebeca, seguem minhas  breves considerações  separadas pelos núcleos familiares de cada Braverman.

 

Adam, Kristina, Haddie, Max e Nora

A quarta temporada também merece ser conhecida como aquela-em-que-a-Monica-Potter-merecia-o-Globo-de-Ouro. Kristina sempre foi uma mãe dedicada, carinhosa, independente, controladora e segura, uma leoa quando o assunto envolve sua família. Sendo assim, não haveria uma personagem melhor para enfrentar um câncer agressivo nos seios. A trajetoria da personagem foi dura e tocante, sensível aos mínimos detalhes, especialmente nas cenas em que a personagem sofreu as piores fases da doença, como o dia em que foi encontrada por Max deitada no chão do banheiro passando mal. Como uma mulher maravilha que consegue ser super e ao mesmo tempo frágil, Kristina venceu com o apoio da família e principalmente de Adam. A entrega do cachecol repassado por outros pacientes, as amizades na sala da quimioterapia, o cabelo raspado, a escolha da peruca, todas as fases foram importantes no processo de cura.

E apesar de não conseguir estar presente em todos os momentos, Kristina nunca deixou de se preocupar com as coisas importantes para os filhos. Acordar depois de uma cirurgia para retirada de tumor e a primeira coisa que ela pergunta é sobre o Max. Alguém duvidou que era aquela a prioridade dela? Quando Max ajeitou seu microfone para começar o discurso, veio aquele sentimento pré-vergonha-alheia. Senti o estômago embrulhando e esperei o pior, ou seja, que reinasse a zoação de todos os colegas da escola. E eis que, de forma nada forçada, as palavras formaram frases que conquistaram todo mundo, dentro e fora da tela, o tornou ainda mais especial a vitória da volta das máquinas para a escola.

Adam cuidou da esposa, fez malabarismo com os filhos e ainda manteve o negócio vivo. Joel é super dedicado, mas Kristina tem o marido do ano, principalmente por compreender os momentos em que levou broncas em que “a culpa” não era dele. Às vezes somos de grande ajuda para os que amamos apenas por permitir que eles desabafem conosco e aliviem a tensão. Haddie apareceu pouco, mas sempre em momentos importantes, que mostraram o quanto a personagem amadureceu. Nora é muito fofa, mesmo quando está chorando e deixando a galera enlouquecida. Vamos ser terá tempo de crescer e interagir mais com a família até o final da série.

Sarah, Amber e Drew

Descobri o que mais me incomoda na Sarah: ela força as situações, quer ser muito isso e aquilo na vida dos filhos, não pensa com calma pra dar rumo na própria vida, não tem filtro e está sempre metendo os pés pelas mãos. Sinto que muitas atitudes não são naturais e, embora eu goste muito da atriz, não consigo curtir a personagem com o mesmo amor. O Hank não é uma pessoa ruim, mas sou extremamente passional quando o assunto é Mark Cyr. Gosto muito do professor e fiquei chateada pela forma como tudo se desenrolou. Sarah ficou em dúvida quando podia escolher e no final das contas ficou sozinha, pelo menos por enquanto. Mas sinto que essa história ainda rende. O começo do romance de Amber e Ryan foi fofo e conquistou minha torcida, mas já estava na cara que teríamos muitas pedras nesse caminho. Cheguei a duvidar que os dois estariam juntos no final da temporada, já que a mocinha parece mesmo ter o dedo podre pra relacionamentos, mas gostei da forma que tudo se encaminhou. Se terminarem de novo, que seja por outros motivos. Drew continua com aparições pequenas e plots quase irrelevantes. Sua ida para a faculdade deve limitar as futuras aparições. E não fará falta.

Crosby, Jasmine e Jabbar

Crosby continua tendo momentos de imaturidade, mas vemos como ele evoluiu quando aprende a pedir desculpas e tenta consertar os próprios erros. A mãe da Jasmine nunca foi uma sogra fácil de lidar, às vezes tão implicante e dramática quanto o próprio genro. Mas não podemos negar que ela tinha razão em seus comentários (mães, açúcar em excesso faz mal!) e que a intenção era ajudar e não criticar de forma grosseira os pais de Jabbar. Gostei de ver Crosby admitindo que se divertiu na reunião com outros pais da escola depois de criticar tanto a esposa por inventar a festinha e da simplicidade ao fazer uma oração ao lado do filho. Jasmine me encantou com a delicadeza de conversar com o filho sobre o racismo do mundo e mais ainda quando admitiu pro marido que em alguns assuntos ele pode conseguir lidar com o filho. A família vai crescer e um bebê não poderia vir em melhor hora. Já estou ansiosa pelo nascimento e pra acompanhar a nova dinâmica da família.

Julia, Joel, Sidney e Victor

A vida também não foi fácil na casa de Julia e Joel. Adoção é um gesto de amor gigantesco, repleto de desafios, que exige muito jogo de cintura e principalmente muita paciência. Todos sofreram muito durante todo o processo de adaptação de Victor e se nos colocarmos no lugar de cada um, fica muito fácil entender suas atitudes, até mesmo a de Sidney em querer sair de casa. Porque Parenthood é assim: emocionante, intensa e ao mesmo tempo simples, mas principalmente crível, capaz de conquistar nossa empatia. As mudanças profissionais de Julia e Joel foram importantes pros arcos dessa temporada e abrem muitos caminhos que deixam curiosa sobre os novos rumos a partir da quinta.

 

Considerações finais:

  • Zeek e Camille continuam tão coadjuvantes de luxo quanto na temporada anterior, por isso não mereceram um tópico grande. Mas não poderia deixar de comentar o quanto foram importantes como apoio para Kristina e Adam. Gostei de ver que, apesar do receio, Vovô Braverman não tentou afastar a neta de Ryan.
  • Melhor cena da Camille: quando assume pra Kristina que na sua primeira impressão, ela acreditou que a loira não fosse a mulher certa pro filho. Mas que ficou muito feliz por estar errada sobre isso.
  • Max dançando com a mãe foi a cena mais fofa do clã Adam.
  • Adam e Kristina mentindo pra Haddie sobre o resultado do tratamento pra filha não trancar a faculdade me deu um nó na garganta.
  • Suborno com balas: o melhor conselho de com educar os filhos com a lição de casa. E sem culpa porque numa trincheira a mãe não deve se sentir culpada, apenas faz o que tem que fazer.
  • Kristina e o vídeo pros filhos: também não poderia ser menos Kristina.
  • Queria abraçar Victor quando ele pediu à irmã que comparecesse à sua cerimônia para finalizar a adoção.

Por hoje é só, pessoal. O próximo post está marcado para o dia 24/04 com a Renata Vivan. Agora é a sua vez de contar pra gente o que curtiu (ou não) na quarta temporada de Parenthood porque, obviamente, falei muito pouco diante da tanta coisa linda que assistimos. Capriche no comentário.


Andrezza

Mineira apaixonada por séries policiais, dramas jurídicos e séries teen de qualidade (Saudades, Greek!).

Belo Horizonte - MG

Série Favorita: Grey´s Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: House

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