Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Os piores plots das melhores séries

Por: em 9 de setembro de 2017

Os piores plots das melhores séries

Por: em

Spoiler Alert!

Este texto contém spoilers pesados,

siga por sua conta e risco.

Nós podemos até ser Apaixonados por Séries, mas vamos encarar a realidade: se tem uma coisa que não falta neste mundo são séries ruins. Tem aquelas que a gente sabe que são ruins, mas ama mesmo assim, tem aquelas que ficaram ruins por esquecerem da hora de acabar, e tem aquelas que são ruins porque são ruins mesmo. Mas já reparou como mesmo as séries muito boas – recheadas de prêmios e consagradas pelo público e pela crítica – têm aqueles momentos horrorosos, que a gente precisa aturar só porque o resto da trama vale a pena?

Neste post, você vai reviver momentos de dor e sofrimento que já passou assistindo àquelas séries que só costumam trazer alegria. Aqueles plots que parece que foram colocados de propósito só para você não poder dizer que aquela série é perfeita. Mas fica o nosso alerta: cuidado para os globos oculares não saírem do lugar enquanto você rola os olhos lembrando dessas histórias.

1- O Marido da Kalinda (The Good Wife)

Reprodução CBS

The Good Wife era uma excelente combinação de personagens centrais interessantes, coadjuvantes que (in my opinion) todo mundo amava e tramas bem construídas, durando apenas um episódio ou várias temporadas. Mas é claro que nada é perfeito. E mesmo antes das coisas ficarem confusas após a morte de Will, a série já tinha esbarrado em um plot arrastado, desconfortável e sem sentido. Nick, o marido super mala de Kalinda, era uma pedra no sapato da investigadora e do público, que teve que presenciar um show de bizarrices, como aquela cena do sorvete.

2- Dana e Finn (Homeland)

Reprodução Showtime

A gente queria saber se o Brody seria desmascarado, se o Abu Nazir conseguiria matar o vice-presidente, se a Carrie iria impedir o próximo atentado. Mas Homeland achou que seria legal gastar um tempo considerável mostrando o relacionamento adolescente de Dana e Finn. Se isso já não fosse chato o bastante, eles mataram uma pessoa, fugiram e entraram em um looping moral sobre confessar ou não o crime que cometeram. O negócio era tão ruim que a solução foi explodir o casal, (meio) literalmente.

3- O Alto Pardal (Game of Thrones)

Reprodução HBO

E por falar em explodir as chatices, nem o maior fenômeno da TV mundial escapa dos seus pontos baixos. Cersei hoje pode ser considerada uma grande articuladora, mas ela também já deu seus vacilos que custaram caro –  tanto para ela, quanto para o público. Ou vai dizer que existia alguém que ficava muito animado quando o Alto Pardal aparecia na tela, com seus pés descalços, sua camisolinha branca e aqueles discursos extremistas religiosos? Mais fácil acreditar em dragões e Vagantes Brancos que em pessoas que gostavam das cenas do Alto Pardal.

4- Santa Norma (Orange is the New Black)

Reprodução Netflix

Vamos combinar que Orange is the New Black sabe, sim, ser uma série maravilhosa, mas de vez em quando dá umas escorregadas também. O plot da galinha era besta, mas engraçadinho. O tráfico de calcinhas não é dos mais interessantes, mas teve desdobramentos importantes. Mas lembram quando as detentas começaram a achar que a Norma era santa e iniciaram uma religião Normista em Litchfield? Eu sei, pode ser difícil recordar, afinal, nosso cérebro tente a bloquear algumas memórias dolorosas. É melhor colocar esta trama de volta na caixinha de plots-que-não-devem-ser-mencionados para evitar maiores sofrimentos.

5- Marie cleptomaníaca (Breaking Bad)

Reprodução AMC

Em qualquer rodinha de amigos, sempre vai existir aquela pessoa para dizer que Breaking Bad é a única série perfeita do mundo. Nem adianta falar do episódio da mosca, eles são bastante insistentes. Mas você pode lembrar da fase cleptomaníaca da Marie e apreciar as caras de paisagem, porque mesmo que não se assuma isso em público, lá no fundo todo mundo sente que aquilo não foi nada agradável de se assistir, e que até a imaculada jornada de Walter White teve alguns pontos fracos.

6- Projeto Castor (Orphan Black)

Divulgação Netflix

Orphan Black vai deixar saudades pelo belo e premiado trabalho de Tatiana Maslany, por ser uma das poucas séries de ficção científica com temática feminista, e por ter tantos personagens que caíram nas graças do público. Mas alguns momentos foram difíceis de engolir, e a maioria deles envolvia o Projeto Castor, com os clones masculinos. A trama dos rapazes não era boa, os personagens não tinham nem o carisma e nem as características marcantes do Projeto Leda, então era até difícil diferenciar cada um. Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, e Tatiana Maslany pode até virar mil, mas só existe uma.

7- Doomsday Killer (Dexter)

Reprodução Showtime

O final de Dexter foi polêmico. Eu faço parte do grupo que não gostou nada do encerramento da série, mas vamos ser honestos? Ninguém previu que aquilo aconteceria. Ao contrário do plot central da sexta temporada, a trama do Doomsday Killer, que tentou produzir um efeito O Sexto Sentido, foi descoberto muito antes do tempo pelo público e continuou se arrastando por vários episódios até a “grande revelação” de que o Professor Gellar estava morto desde o início. Foi maior “cejura?” da história da TV.

8- Francesca (Master of None)

Reprodução Netflix

Master of None é tão boa que eu assisti inteira em um dia. Mas o final da segunda temporada teve um pequeno grande inconveniente chamado Francesca. A nova paixão platônica de Dev ficou andando em círculos em volta do dilema da garota italiana que é noiva, porém incapaz de ser honesta com as pessoas ao redor ou com ela mesma. Sem falar que é difícil entender como Dev, com referências femininas tão maravilhosas na sua vida (Denise e sua família, Rachel, a garota que passou o aniversário com ele), foi se apaixonar logo pela personagem mais rasa que passou pela série.

9- Waldo (Black Mirror)

Reprodução Netflix

Black Mirror foi alavancada de série cult a fenômeno pop no momento em que entrou para o catálogo da Netflix. Mas antes que digam que o serviço de streaming “estragou” a série, eu gostaria de lembra-los de um momento. O Momento Waldo. O episódio até ganhou alguns pontos depois da eleição de Trump, o Waldo da vida real, mas é impossível comparar a experiência de assisti-lo com a experiência de assistir aos demais episódios da série, principalmente das duas primeiras temporadas. Ele pode até fazer sentido e ser “muito Black Mirror”, mas que é chato, é.

10- Kyle (American Horror Story)

Reprodução FX

A antologia mais emblemática de Ryan Murphy nem sempre traz temporadas que caem no gosto do público, mas em geral é uma série com um bom histórico, principalmente considerando o gênero de horror, que tem um público mais restrito e ainda encontra certa resistência nas premiações. Mas entre altos e baixos, nunca eles chegaram tão baixo quanto no plot de Kyle, o namorado Frankenstein da bruxinha Zoe, em Coven. O personagem de Evan Peters não falava direito, não pensava direito, e só era competente em fazer o público querer sair correndo, mas não de medo… de tédio mesmo.

Conseguiu sobreviver até aqui sem dormir? Então aproveite e deixe seu comentário relembrando outras séries badaladas e bem escritas, mas que também deram suas derrapadas!

 


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

×