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Painel do “Efeito Buffy” na Comic-Con 2015

Por: em 9 de julho de 2015

Painel do “Efeito Buffy” na Comic-Con 2015

Por: em

Intitulado “The Buffy Effect: Teen Heroines Then And Now” (em tradução livre: O Efeito Buffy: Heroínas adolescentes antes e agora), o painel que abriu os trabalhos das séries de TV na Comic-Con 2015 foi sobre uma atração já considerada clássica: Buffy the Vampire Slayer.

Mas, infelizmente, a reunião não contou com a presença de nenhum membro do elenco da pioneira série. Estiveram presentes autoras de fantasia, que discutiram a influência que Buffy trouxe para gênero. As palestrantes foram Kiersten White (autora da série Polícia Paranormal), Rachel Hawkins (autora da série Hex Hall), Rae Carson (da trilogia Fire and Thorns), Brittany Geragotelis (da série Life’s a Witch) e Valerie Tejeda (do livro Hollywood Witch Hunter). 

buffy painel 2

Mesmo ocupando um espaço relativamente pequeno, o painel esteve lotado. A primeira pergunta direcionada as autoras foi a clássica Qual o seu personagem favorito?” na série. Rae e Rachel escolheram Spike, enquanto as demais se dividiram entre Buffy, Faith, Willow e Tara. O moderador, na contramão, escolheu Anya. Logo em seguida, o tema do painel veio a tona, quando as escritoras foram questionadas sobre o motivo de Buffy ser tão marcante e ter influenciado toda uma geração.

Rachel foi a primeira a responder, afirmando que Buffy era determinada, mas ao mesmo tempo vulnerável, e que isso era seu diferencial. Para exemplificar, a autora citou o momento da série em que Angel se torna Angelus, na segunda temporada, e Buffy se vê devastada pela perda do amado e se permite chorar. Valerie acrescentou que o que tornou o show tão marcante foi a sua capacidade de contar histórias humanas com um pano de fundo sobrenatural, que ajudava a amplificar as emoções.

Brittany chamou atenção pro fato de que, à época, não existiam muitos papéis fortes para mulheres na TV e Buffy preencheu esse buraco. Rae afirmou que também amava a unidade do elenco: “Buffy nunca estava sozinha. Ela era o centro, mas nunca esteve sozinha”

A pergunta seguinte foi a respeito da influência direta de Buffy (personagem) em suas obras. Valerie brincou: “Bom, a minha história começa com uma heroína loira que mata vampiros”. Kiersten disse que “nada que você ama como adulto tem o mesmo impacto do que você ama enquanto adolescente.” Brittany afirmou que Buffy a fez querer encontrar significado no mundo. “O tempo da Buffy na Terra era importante, e isso me fez querer causar algum impacto.” Rachel contou que aprendeu que o amadurecimento é importante. “Buffy era uma adulta, mesmo que ainda estivesse no Ensino Médio.”

cordelia chase buffy

Em seguida, o moderador as questionou sobre a importância do elenco coajduvante na série na escrita de suas histórias. Kiersten afirmou que a força de cada um deles era diferente e que eles construíam isso se apoiando um no outro. Ela citou também a personagem de Charisma Carpenter, Cordelia. “Não existem garotas más, somente garotas que sabem ser más quando preciso, como Cordelia. Elas são incríveis quando exploram esse outro lado, é assim que sobrevivem.”

A autora falou sobre o episódio Earshots, da reta final da terceira temporada, onde Buffy ganha a habilidade de ouvir pensamentos. “Os pensamentos de Cordelia são exatamente do jeito que imaginávamos.” Neste momento, a sala explodiu em risos.

Valerie chamou atenção para a diversidade dos personagens (e aqui, fica claro que ela fala de Willow, a melhor amiga de Buffy que se descobre lésbica depois do meio da série e Tara, sua namorada): “Eu acho que já andamos muito desde Buffy. Mas ainda há muito trabalho a fazer.” Pegando o gancho, Rae disse que a única reclamação que teria a fazer sobre a série seria a falta de diversidade racial.

A pergunta final foi sobre como elas lidam com os pais em suas histórias. Kiersten e Brittany falaram sobre como elas mataram os pais e toda a sala riu.

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PS. O momento em que a sala mais se divertiu foi quando Rachel afirmou que Xander não merecia nenhuma das garotas com quem ficou no decorrer da série.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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