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Prison Break – 5×01 Ogygia / 5×02 Kaniel Outis

Por: em 16 de abril de 2017

Prison Break – 5×01 Ogygia / 5×02 Kaniel Outis

Por: em

Ogygia marca o – tão esperado e sonhado – retorno de Prison Break após sete anos do fim da série, que foi ao ar entre 2005 e 2009. O primeiro episódio respondeu à expectativa dos fãs e trouxe elementos que tanto conquistaram o público: tatuagens misteriosas, fuga, presídio, charadas de Michael, origamis, política da conspiração e união dos irmãos.  

O roteiro seguiu a risca o que os trailers divulgaram. Para nossa felicidade, o personagem mais amado e odiado da série, T- Bag (Robert Knepper) está de volta e é o responsável por fazer a conexão entre Michael (Wentworth Miller) e Lincoln (Dominic Purcell), que continua encrencado como na primeira temporada. Já Sara casou-se de novo e o filho parece ser misterioso e inteligente como o pai biológico.

A sequência de Burrows decifrando a charada que Michael enviou através da carta, depois cavando o túmulo e descobrindo que não há corpo nenhum foi interessante e esquentou o mistério sobre a morte do irmão: afinal de contas, o que aconteceu com ele após a suposta morte eletrocutado em The Final Prison Break (um filme-episódio lançado após o final da quarta temporada)?

O que sabemos é que ele está vivo e, mais uma vez, em um presídio. Lincoln segue rumo ao Iêmen para descobrir a verdade por trás da história e conta com a ajuda de C-Note (Rockmond Dunbar), mas eu esperava que Sucre fosse assumir a tarefa.

A cena do reencontro dos irmãos foi o ápice do episódio. O momento me fez lembrar a primeira temporada da série, só que agora em posições invertidas, com direito a uma frase muito parecida que Mike falou para Lincoln quando se encontraram pela primeira vez em Fox River: Nós vamos te tirar daqui.

Se pudesse resumir Ogygia em uma palavra seria: saudosismo. O episódio foi feito como um presente para os fãs, com muitos flashbacks e o mesmo ritmo da primeira temporada, que marcou o sucesso de Prison Break. Neste episódio, a audiência sentiu que a série está de volta e mais uma fuga emocionante está em curso.

Já Kaniel Outis seguiu a mesma linha do episódio anterior mas com história própria, que deu a tônica da temporada. A temática de conspiração terrorista – que tanto os EUA gostam – por ser um assunto quente no cenário internacional, foi uma escolha conveniente para compor o plot, até mesmo para dar uma mexida na história original que ficou tanto tempo focada em política interna – melhor deixar isso para para Homeland e Shooter, não é mesmo?

Mergulhado numa guerra civil, o Iêmen está sendo controlado por forças do regime talibã radical, o ISIL (Estado Islâmico), que querem libertar o líder Abu Ramal, preso há cinco anos em Ogygia. Aliás, parece que, mais uma vez, o engenheiro fez alianças com quem não presta para garantir sua liberdade. Resta saber qual é o plano de Michael por trás da prometida libertação do líder.

Tratando-se de Prison Break, é claro que não poderiam faltar os famosos origamis cheios de mistérios. Mais uma vez, eles mobilizam a nova fuga, meticulosamente planejada por Michael, que continua inteligente e calculista. Na tentativa de escapada comandada por Michael, que parece ter o seu novo Sucre – Whip ou Sid?- mais uma vez o saudosismo marcou presença: a cena fez lembrar o episódio que Scofield verifica qual das saídas de Fox River é a melhor para escaparem.

Aliás, Michael Scofield não existe mais, e agora se chama Kaniel Outis, um famoso e procurado terrorista responsável por assassinar um oficial da CIA com direito a fita que comprova o crime, nos mesmos moldes da armação que fizeram para Lincoln Burrows. Mas, como destacado por Sara, a fita pode ter sido manipulada assim como fizeram com Lincoln. Será que vão repetir a mesma história? Aliás, temos a volta de Paul Kellerman, a pedra no sapato dos irmãos Burrows e Scofield na primeira temporada. O que será que ele está aprontando dessa vez?

A cena de Sara assistindo ao vídeo que mostra seu amado vivo foi emocionante. Mal podemos esperar pelo reencontro, que por um lado não vai ser tão fácil assim, afinal de contas, ele sumiu por sete anos e não mandou nenhum origami para dizer ‘hello’ a sua mulher e filho.

Um ponto positivo da quinta temporada tem sido o ritmo rápido, com reviravoltas, mistérios que são solucionados, mas que logo surgem outros. Os produtores quiseram repetir a fórmula de sucesso da primeira temporada e parece que estão conseguindo: a vontade é de ver o próximo, o próximo e o próximo episódio!

Kanel Outis termina com uma pergunta no ar:  quem está, dessa vez, por trás de toda a conspiração? E por que “apagar” Michael Scofield da história?

Algumas observações:

– Carro hackeado via bluetooth, me pareceu absurdo total. Se for possível, salve-se quem puder!

– C-Note ter se convertido ao islamismo foi bem conveniente para a nova temporada. Aliás, ele aceitou muito rapidamente ajudar Lincoln. E a mulher e a filha que ele era tão apegado?

Targeted muscle reinnervation? A mão hi-tech do T-Bag existe e é pesquisa científica. Impressionante! Aliás, após a cirurgia quando ele joga o médico na parede, quem lembrou aí da cena que ele mata o veterinário, após ter costurado a mão dele?

– Lincoln estava encrencado com dívidas, mas do nada arrumou dinheiro. Me explica essa mágica que tô precisando!

– Quem já está shipando Lincoln e Sheba?

– Se Michael matou o agente da CIA há quatro anos, o que aconteceu durante os três anos que ele ficou supostamente morto?

– Sara procura o Departamento de Estado depois de tudo que viveram contra a própria força do Governo? Pareceu um pouco forçado para introduzir de volta Paul Kellerman. Aliás, ele está envolvido no caso, mais uma vez?

– A tal Teoria do Jogo tão premiada não me pareceu nada demais e muito menos tem a ver com economia.

– Michael Scofield falando árabe fluentemente? O que não faz quatro anos dentro de um presídio!

Deixe seu comentário e até a próxima semana!


Bia Libonati

Jornalista, carioca na Terra da Garoa, apaixonada pela vida e por doces diet. ❤

São Paulo/SP

Série Favorita: Prison Break

Não assiste de jeito nenhum: Friends

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