Que The Walking Dead é um grande sucesso de público, todos sabem. O problema é quando os bastidores da produção se tornam quase tão apocalípticos quanto a ficção. O criador das HQs que deram origem à série, Robert Kirkman, e alguns dos produtores, como David Alpert, Gale Anne Hurd e Glen Mazzara, abriram um processo contra a AMC (que transmite TWD nos Estados Unidos), alegando que foram “massivamente enganados” pela emissora.

Divulgação: AMC

Na denúncia apresentada à Corte Superior de Los Angeles na última segunda-feira, os produtores alegam que a emissora não seguiu o contrato que tinha com eles, explorando a “estrutura corporativa verticalmente integrada” para atingir o lucro – que, por sinal, não foi devidamente compartilhado com todas as partes envolvidas.

Não foram divulgadas informações a respeito da quantia que a emissora deve aos produtores, porém especula-se que seja um dos maiores processos na história da TV norte-americana e que os danos causados poderiam chegar a 1 bilhão de dólares.

E não é a primeira vez que a emissora se envolve em um caso desses. Frank Darabont foi demitido do cargo de produtor executivo na metade da segunda temporada e entrou com uma ação contra a AMC, exigindo 280 milhões de dólares de indenização.

Em contrapartida, a AMC negou as acusações de que tenha agido de má fé e ainda chamou a ação de “oportunista”. E ainda completaram:

“Esse tipo de processo é bem comum na indústria de entretenimento. Virtualmente, todo estúdio que teve uma série de sucesso recebe um processo como esse. The Walking Dead tem sido uma das produções de maior audiência por cinco anos seguidos, então não é uma surpresa. Nós respeitamos e apreciamos os produtores e vamos continuar trabalhando com eles em parceria, ao mesmo tempo em que no defenderemos dessa ação sem fundamento e previsivelmente oportunista”.

Foi marcada uma audiência para a próxima semana, no dia 24, e a decisão pode afetar bastante o futuro da série.