Quantico segue com sua (árdua) de missão de entregar um episódio consistente e com uma trama convincente; mas continua falhando mais do que Ryan nas tarefas do exercício de vigilância. Na tentativa de estruturar melhor a review, vou estruturar o texto em dois tópicos. Eu ainda continuo sem entender porque a edição insiste no uso do filtro nashville  do Instagram nas cenas de flashfoward em Nova York, mas não dá para negar que é que este plot que está salvando a trama, até o momento, do desastre completo. A intercalação entre as cenas na Fazenda e Nova York, com corte abruptos se mostram cada vez mais cansativos e anticlímax, e me aborrece; principalmente por que desperdiça a oportunidade de desenvolver melhor os personagens, onde preferem perder tempo com plots twits desnecessários.

• THE FARM

No centro de treinamento da CIA, vulgo The Farm, Ryan e Alex que não serem lindos, sarados e gostosos não são ingredientes suficientes para convencerem que a gente se importa com eles como um casal; falta química e, principalmente, falta carisma a ambos. Nas cenas de pegação entre os dois, que abriu o episódio, minhas reações variaram de bocejos a reviradas de olhos. Aí entra a Miranda na parada pra avisar que eles vão ter que dar um jeito de parar com essa safadeza oculta, porque eles têm a tarefa de desenvolver um perfil para cada uma dos agentes que foram escolhidos para o treinamento, e pra isso vão ter que passar despercebidos e cuidarem deles mesmos e não um do outro.

Já posso adiantar que a melhor coisa que as cenas na Fazenda (não o reality da Record, risos) têm trago, são as cenas de shirtless gratuitos do elenco masculino; só posso que afirmar que estão de parabéns, pelo menos em atributos físicos. Espero que o treinamento de Yoga seja diário. Alex aprende que se chegar atrasada, vai levar um fora da Lydia sim. Acredito que um dos problemas que faz com que o publico não crie empatia com os personagens é a falha de desenvolvimento deles por parte dos roteiristas, todos são unidimensionais e parecem ter sempre uma frase de efeito na ponta da língua. Owell volta com o discurso pra eles esquecerem tudo o que aprenderam no exército, governo e família, porque na Fazenda não importa quem você era ou é, mas sim o que eles querem que você seja. Mas gente, isso é formação para serviço secreto ou um culto?

O treinamento do dia consiste nas técnicas de contraespionagem e vigilância. Se alguém entendeu o que/quem são rabbit, trigger e eyes; por favor, me explique, porque fiquei mais perdido do que Alex no meio de tiroteio. Mas a tarefa teve um lado positivo: colocar Alex e Harry lado a lado. Se tiver algo que Quantico vem acertando, é na construção desse personagem, que aliado a um ótimo ator, tem se mostrado uma delicia (olha o trocadilho, risos) de assistir. Alguns minutos dele e Alex juntos, e vestidos, tiveram mais químicas do que 24 episódios entre ela e Ryan nus rolando pelo tapete ou poltrona de carro. Eu realmente me divertir muito com o charme dele pra cima dela, sem deixar claro se a estava cantando ou não. Aparentemente ela era o trigger da Alex e eu ainda não me importei em tentar entender o que isso significa, mas estou adorando essa relação entre os dois. Quase me faz importar com ela.

• NEW YORK

Enquanto isso nas cenas de flashfoward, debaixo de muito filtro, surpreendentemente a trama fluiu bem melhor, apesar de ainda estar longe de estar longe de se considerar uma narrativa sólida. A ideia de fazer escudos humanos no salão para evitar que o FBI utilize snipers me pareceu bem inteligente; mas um grupo de vilões, com uma premissa tão genérica como terroristas árabes que sequestram líderes políticos sem uma motivação clara, fica difícil para o público criar uma empatia e se prender a trama.

Alex em suas corridas pelos salões se depara com um policial ferido que revela a existência de um bunker no prédio onde ele diz achar onde fica a localização exata. Estou tão acostumado com reviravoltas mirabolantes em Quantico, que nem coloquei muita fé no policial e imaginei que ele estava enganando Alex e a levando diretamente aos terroristas. Por isso fiquei bastante surpreso quando ele conseguiu chegar ao bunker e se sacrificar a fim de dar a chance de a Alex pedir ajuda. Infelizmente não conseguir segurar o riso com a Alex, mais uma vez, segurando a mão coma boca ao ver alguém morrendo. Ela poderia variar um pouco as reações e expressões né. O que importa é que ela conseguiu entrar na sala rodeada de telefones antigos e computadores da época de quando Windows 95 era novidade. Aí a pessoa se arrisca por horas, vê um cara ser morto para entrar no bendito bunker, liga para sua mentora, Miranda, e qual é o pedido dela? Sai da sala e vá fazer contagem do número de terroristas e reféns! Hahaha!

Dentro da sala da conferencia, onde os reféns eram mantidos reféns e a Nimah (ou Raina) tem uma brilhante ideia (sqn) de como descobrir qual dos reféns está do lado dos terroristas, marcando ele. Ela poderia marcar ele com um beijo, mas não, cortar ele com uma lixa de unha é mais permanente; e mais discreto também né, na visão dela, aparentemente. Mas como ela sabia qual dos terroristas que ele teria que marcar? Não sei. Se isso ficou explicito nas cenas, eu perdi. O que importa é que o plano foi por água abaixo, porque eles resolveram cortar todos os reféns! E só restou a pobre Raina (ou Nimah), sair gritando que era culpa dela que todos foram cortados. Será que é tão difícil diferenciar um corte de faca de um corte de uma lixa de unha?

No FBI, a Miranda que não é boba nem nada, já engatou um romance com Paul Burke, do conselho de segurança nacional. Shelby então informa que a Alex pode estar viva dentro do prédio e Miranda pede que a informação seja mantida em segredo. Ao final, ela vaza a informação para os terroristas. Ou seja, Qauntico volta à mesmíssima e manjada estratégia de jogar um plot twist no final do episódio a fim de confundir o público. Sério, alguém acha mesmo que a Miranda está liderando esse grupo de terroristas? Só espero que os roteiristas tenham a decência de usar um argumento melhor do que chantagem para justificar o motivo dela está repassando essas informações para eles.

Ps1: Será que a vice presidente Haas e seu filho irão dar às caras?

Ps2: essa colega de quarto da Alex, Dayana, é bem chata né!

Ps3: O recruta León parece ser adepto do naturalismo. Não estamos reclamando.

Ps4: Ryan, durante o exercício de vigilância, achou que estava sendo muito discreto usando aquele capuz e óculos. Aham, cláudia senta lá!

Ps5: E esses vídeos à la Gossip Girl que ele recebe durante o exercício? Haha. Só faltou a narração da Kristen Bell em off.

Ps6: “…Nem despenteada estava. Sério, quando era fugitiva, parecia que fugia do salão para manicure”, Harry Doyle para a Alex. Como não amar? <3

O promo do próximo episódio encontra-se liberado. Quem quiser conferir, só clicar no player abaixo.