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SuperStar – 3×09 Eliminações: Top 12

Por: em 9 de junho de 2016

SuperStar – 3×09 Eliminações: Top 12

Por: em

Agora, finalmente, a competição começa de fato. As eliminações foram mais ou menos conforme o previsto, favorecido por uma ordem de apresentação que colocou as bandas “menos favoritas” no começo. A partir de agora, fica uma tanto imprevisível definir eliminados e vencedores, mas isso pode ser uma coisa boa. Um adendo que farei aqui, que acab sempre comentando superficialmente mas nunca trato do assunto com profundidade: SuperStar, de algum modo, encontrou seu espaço na grade do domingo à tarde. A “transição” de horários, carregada por toda uma divulgação difrerenciada, influenciou pouco no formato do programa ainda que algumas mudanças no ‘perfil’ do programa (Dani Mercury, a idade, a postura amável de Fernanda) tenham favorecido essa adequação. O programa continua não sendo um sucesso de audiência e o formato de votação um tanto complicado (convenhamos, só o fato de ter que BAIXAR um aplicativo para votar afasta uma parte considerável do público) diminui o engajamento do público geral, mas as temporadas anteriores também seguiram esse ritmo e entregaram alguns nomes novos ao cenário musical nacional.

Mas, estamos falando de Top 12, não estamos? Shall we?

GeorgiaTell Me ‘Bout It

Primeiro tive que engolir um sapo com Georgia. A repercussão de Natural Woman semana passada foi totalmente o contrário do que eu previra, recebendo alcunhas como “genial” e “a melhor performance da tarde”. Bom, gosto é gosto, mas, sem querer sair dessa enrascada, minhas previsões estavam certas. Mesmo com uma canção totalmente dentro da zona de conforto pra Marina (que, vamos combinar, é a Georgia), a banda não conseguiu empolgar o suficiente. Uma das explicações é que a faixa protela muito o momento marcante, a famigerada glory note, muito no fim da performance, quando o recheio da votação acontece no começo e no meio da música, onde muitos nãos rolaram pela falta de ‘empolgação’ da performance. Além do que, copmo já venho pontuando, seria muito difícil uma banda ‘vocal’ vencer potencinhas musicais como Plutão e afins.

Negra Cor – Não Vou Ficar / Elétrico Terreiro

Negra Cor está passando por uma fase de vacas magras. O arranjo, como de costume, foi incrível, e os vocais de Adelmo estão livres de críticas – pela primeira vez. Mas ficou faltando alguma coisa sim. A mistura com faixas em inglês, que a princípio poderiam soar chatas, podem ter sido a carta na manga que trouxe a banda até aqui, porque, no meu ponto de vista fez falta. Como o público já não anda mostrando muito interesse pela banda, a votação de semana que vem já começa na corda bamba.

Preto Massa – Tua Ausência

Depois de flertar com uma pegada mais melódica, Preto Massa retomou as origens e partiu para uma abordagem mais agressiva que os levou direto para a eliminação. Tua Ausência tem o mesmo problema de A Quebrada: composições boas, mas não espetaculares, vocais agressivos que dificultam o entendimento da pronúncia e, portanto, o engajamento e a empatia do público. E a própria presença de palco, que poderia ser um atenuante dessa situação, acaba jogando contra por ser bastante pouco expressiva. Foi uma performance ok, mas no geral, o resto da tarde foi bem melhor.

Melim – Anjo do Céu / Isn’t She Lovely

Só com takezinho de pai chorão Melim já ganhou 10%. Escolha de música ideal, 20%. E é nesse jogo de paz e amor que Melim vai montando sua caminhada no SuperStar. Já comentei sobre o fator “escolha da música” no SuperStar: por ser uma autonomia da banda (em tese, pelo menos), pode ser um fator decisivo para o público decidir se vota sim ou não. E, até agora, Melim vem dominando esse ponto com uma maestria quase inigualável. Outro área de domínio da banda são as harmonias, dessa vez com até alguns melismas de brinde, que são sempre impecáveis. Geralmente, eles não funcionam tão bem individualmente, mas nessa performance isso funcionou sim, com ênfase no garoto que fica do lado direito (até a finale eu juro que aprendo o nome de todo mundo) que teve seu momentinho de brilhar em Anjo do Céu. Melim tem marca, tem talento, tem carisma. Só não sei o quanto essa estabilidade é suficiente frente às instabilidades fortes das outras bandas.

Fulô de Mandacaru – Eu Só Quero Um Xodó

Fulô é o dark horse definitivo. Isso acontece porque, a cada performance, a banda conquista mais gente – e números – sem sair da zona de conforto, com arranjos coerentes com a realidade da música tradicional mas sem soar pedantes. Esses foram os melhores vocais deles na temporada mas isso acabou ficando de lado com a empolgação que o clássico performado gerou no palco. É esse tipo de atitude e de momento que fica marcado no telespectador e, ainda que a instantaneidade da votação deixe essa questão nebulosa, favorece os votos iniciais da semana seguinte.

OutroEu – Zade

OutroEu me deixa um pouco desanimado. A banda é muito boa, não vou mentir, mas eu fico chocado como soa incrivelmente genérica. Esse refrãozinho previsível me incomoda, mas eu consigo vê-lo funcionando e coroando uma canção boa, mas que soa igual metade da produção indie pop dos últimos anos. Eu com certeza ouviria um álbum deles, e Zade seria um ótimo single, mas não me agrada tanto como deveria na competição.

Plutão Já Foi Planeta – Educação Sentimental II

Reclamei semana passada que Plutão, assim como OutroEu, estava soando muito igual em todas as apresentações e precisava abrir um pouco o leque da versatilidade. Os deuses aparentemente ouviram. Com a primeira música não autoral da temporada, a banda conseguiu mostrar diversidade ainda que fizessem uma releitura totalmente coerente com a identidade que a banda construiu. Graças a um arranjo relativamente fiel ao original, mas com toques de Plutão, a coisa fluiu sem maiores problemas. E a voz de Natália conseguiu deixar tudo verossímil o suficiente. Isso é caminho de favorito.

Bellamore – Seu

Semana passada botei Bellamore no segundo lugar do ranking e me perguntava se teria sido um movimento prematuro. A apresentação dessa semana me indica que foi. Com essa abordagem autoral, a banda soou, digamos, pouco original, e a composição engessadinha não empolgou o mesmo tanto que, semana passada, levou à banda ao topo do ranking do programa e ao ‘vice-topo’ do meu. E ainda tiveram alguns problemas de afinação na altura do refrão que podem ter diminuído a porcentagem da banda, que ficou no meio do bolo de um ranking deveras confuso. É como se Seu fosse uma faixa indie rock ótima no estúdio, mas que tivesse problemas ao ser reproduzida ao vivo. As expectativas diminuem um pouco, mas vamos aguardar o que Bellamore pode nos reservar.

Playmobille – A Próxima Vez

Não entendi. A banda fez uma performance consideravelmente diferente das outras, mas isso em nada justifica a baixa votação que recebeu. Foi uma performance incrível, com texturas poéticas bastante marcantes na composição e que refletem na melodia e nos vocais de Gugu – que tiveram leves problemas na emissão da parte grave mas nada urgente. Concordo com Sandy: é a banda mais preparada sim! Só esperemos que vocês todos também concordem.

POWERTRIP – With A Little Help From My Friends

POWERTRIP segue fazendo ótimas escolhas e entregando performance cativantes. Essa foi a apresentação menos original e, talvez, a menos interessante desde a repescagem, mas a banda vem fazendo um caminho bastante interessante no programa. Ainda acho os vocais exagerados, ainda acho difícil uma banda de hard rock vencer o programa, mas também não os vejo saindo tão cedo.

Valente – Meu Andar

Continuo não vendo graça em Valente. A justificativa que eu recebi foi a de que banda convence pela emoção, mas eu não tô conseguindo achar essa emoção toda não. Nesse sentido acho Playmobille incrivelmente superior, e no sentido de composição, palco, carisma e originalidade também. Meu Andar foi essa abordagem indie pop que já está mais do que recorrente nesse programa. Dessa vez os vocais me convenceram, mas ainda não é meu timbre favorito e muito menos acredito que eles devem/vão ganhar. Vamos aguardar.

Pagan John – Maria, Maria

Pagan John também precisava urgentemente se livrar desse rótulo de indie pop e deu uma apelada justa. A versão de  Maria, Maria, totalmente readequada para a identidade da banda, pode ter sio um movimento ousado mas (e por isso) foi um movimento empolgante. Me deu vontade de ver mais Pagan John na competição, o que é muito bom! Espero novas abordagens, flerte com outros genêros e sem latinha indie pop/folk porque o mundo de 2016 não precisa mais disso.

Com isso, chegamos à eliminação de Georgia (que são excelentes atores, inclusive) e Preto Massa, deixando um top 10 bastante imprevisível para este domingo. O meu ranking, e as devidas movimentações, ficou mais ou menos assim:

10º (9º) – Negra Cor: Precisa fazer uma performance incrível pra sair da berlinda que parece inevitável. Nível Fat Family.

9º (11º) – Valente: Continuo não achando graça nenhuma. Mas a apresentação de hoje não foi ruim, então não pegam a lanterna.

8º (6º) – POWERTRIP: Cai porque precisa mostrar um pouquinho mais de melodia e um pouquinho menos de força se quiser vencer a competição. Um tantinho de vulnerabilidade não faz mal a ninguém, e não é Beatles que vai trazer isso pra eles.

7º(2º) – Bellamore: Queda mais brusca da semana, porque, é aquele ditado, quanto maior o salto maior a queda.

6º(4º) – OutroEu: A carinha de bom moço + aspecto de “estúdio” da banda garante uma vaguinha no meio do bolo.

5º(8º) – Pagan John: Deu uma diferenciada com a performance dessa semana, mas tem o que provar ainda.

4º(3º) – Plutão Já Foi Planeta: A queda é só um sinal de que tem coisa mais interessante acontecendo no instante, mas a banda continua incrivelmente estável.

3º(1º) – Playmobille: Só cai porque fica difícil colocar no topo uma performance que quase não subiu a tela, mas que continuou incrível.

2º (7º) – Fulô de Mandacaru: Parei pra pensar e seria bastante incrível e coerente se uma banda de música tradicional levasse a competição no primeiro ano do novo horário, e Fulô de Mandacaru não só preenche os requisitos como também é bastante competente.

1º (5º) – Melim: Vamos dizer que isso é um topo temporário. A banda é a mais consistente, mas dificilmente é a favorita de muita gente, recebendo setinhas azuis que não necessariamente indicam apego. Por ora, fica aqui por ser a banda que menos oscila, mas os wow moments alheios podem – e provavelmente irão – atrapalhar esse rankingzinho.

P.S.: O post de hoje ficou sem imagens por probleminhas de ordem técnica. Me perdoem os blocões de texto e voltem aqui semana que vem!


Gustavo Soares

Estudante de Cinema, fanboy de televisão, apaixonado por realities musicais, novelões cheios de diálogos e planos sequência. Filho ilegítimo da família Carter-Knowles

São Paulo - SP

Série Favorita: Glee

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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