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The Flash – 3×07 Killer Frost

Por: em 24 de novembro de 2016

The Flash – 3×07 Killer Frost

Por: em

“Meu nome é Nevasca.” 

Quem você é realmente de verdade? Aquilo que seu coração lhe diz, o que seu instinto lhe direciona ou algo no meio termo dos dois? Seguindo em uma linha ascendente de qualidade, The Flash mais uma vez entrega o melhor episódio de sua atual temporada e, mais do que isso, mostrou, com Killer Frost, o que realmente de fato quis dizer ao afirmar que seu 3º ano seria sobre as consequências do Flashpoint e não sobre o “evento” em si. Aqui, com Nevasca, Kid Flash, Savitar e Alquimia, esse mote conseguiu ficar melhor desenhado e se abre pra possibilidades realmente interessantes. Ainda estamos, de fato, no começo mais fraco da série, mas os prognósticos parecem positivos e, verdade seja dita, mesmo o mais fraco de The Flash, ainda consegue divertir e empolgar.

nevasca

Como o título do episódio sugere, a dualidade entre Caitlin x Nevasca foi o grande foco da semana. E é preciso primeiro falar do trabalho incrível de Danielle Panabaker, que conseguiu construir de maneira belíssima duas personagens totalmente distintas: A doce Caitlin Snow e a vilã Nevasca. O modo como o roteiro vinha tratando o drama da personagem (colocando de forma clara que, quanto mais usasse seus poderes, mais Nevasca ascenderia) já tinha deixado claro, mas agora tivemos a confirmação de fato que os poderes de Caitlin não se manifestam como os de Barry, Cisco e Wally, já que além de lhe conferirem novas habilidades, imputam nela uma nova personalidade, a qual ela parece não ter muito controle ainda, como vimos aqui. Cait usou seus poderes de gelo para salvar Barry de Savitar e, em troca, quase se perdeu totalmente.

É interessante pontuar que mesmo no começo dos acontecimentos, quando ainda era Caitlin que dominava o corpo, foi a personalidade de Nevasca que a fez invadir a delegacia, sequestrar Julian e traçar um plano para encontrar Alquimia, na esperança de que ele retirasse seus poderes. O alter-ego vilanesco da personagem (vamos colocar assim) só assume mesmo na luta com Cisco, no momento em que a própria diz com todas as letras “Meu nome é Nevasca.” Narrativamente falando, é muito mais interessante esse tipo de desenvolvimento da história porque coloca Caitlin como uma bomba relógio e não como alguém que realmente tenha algum tipo de livre-arbítrio (ao menos por agora) sobre os seus poderes. Da mesma forma que Nevasca tomou o controle nesse episódio e colocou a vida de todos em perigo, isso pode acontecer daqui a uma, duas, três semanas.

E quando a hora chegar, não vai ser uma simples conversinha com Barry Allen que vai reverter a situação. Essa, talvez, seja minha única crítica ao episódio. Depois de sequências incríveis de luta da vilã com Vibro e Flash e de todos os momentos em que ela, mesmo presa na Star Labs, tripudiou deles, eu não esperava ver uma reversão tão fácil à personalidade de Caitlin. Dá pra entender que os poderes ainda estão se desenvolvendo e Nevasca não possuía ainda tanto poder de controle, mas… blé. Eu já estava bem empolgando imaginando o episódio terminando com ela fugindo, se unindo ao Alquimia e ao Savitar e, e… Fica pra próxima. Pelo menos, deu pra ter um gostinho da antagonista incrível que ela é – não só por seus poderes, mas por todo o conflito que ela traz, por ser quem é – e acredito que chegará o momento em que o coração da cientista ficará completamente gelado.

wally-kid-flash

Por agora, o que fica é mais uma culpa para Barry carregar em seus ombros. Aparentemente, isso é algo que só se tornará pior a medida que os episódios passarem e as consequências do flashpoint se mostrarem mais fortes. Agora, além de Caitlin, que por mais que tenha adormecido Nevasca (não sabemos por quanto tempo), ainda carrega alguma mágoa quanto ao velocista, Bar precisará lidar com Cisco, que sabe que Dante não estava morto na linha do tempo anterior ao Flashpoint. Não dá pra saber ainda exatamente o quanto isso vai afetar a relação dos dois, mas sem dúvida alguma não será da noite pro dia que Ramon conseguirá perdoar o amigo – ou entender que não há nada a ser perdoado, claro. Depende de por onde você olhe a situação.

Outro conflito que ensaia se estabelecer é entre Barry e Joe. Tivemos um vislumbre disso quando Joe deixa claro, indiretamente, que culpava Barry pela prisão de Wally no casulo. Agora que o garoto se libertou e, finalmente, conseguiu seus tão sonhados poderes de velocista (coisa que, vale dizer, o pai não queria), o cenário está perfeitamente armado para que o West mais novo coloque os pés pelas mãos e acabe passando por mau bocados, os quais mais uma vez Barry atribuirá a si, afinal se o Flashpoint não tivesse acontecido, talvez Wally nunca tivesse manifestado seus poderes. É algo que não dá pra saber com 100% de certeza, mas cujo a simples existência da possibilidade já atormenta demais o protagonista.

E é nesses momentos que percebemos a função de Iris nessa temporada até então: Ser a luz que ilumina a sombra que todos estão colocando sobre Barry. É, de fato, uma regressão de toda a independência que a personagem estava começando a apresentar na temporada passada e, por mais bacana e bonita que seja a forma que o relacionamento dos dois vem sendo tratado, espero que a jornalista logo volte a ganhar tramas próprias e não fique o tempo todo orbitando em torno de Bar e sendo útil apenas pelo sentimento que os une.

juluan

No fim das contas, ainda ganhamos a agridoce confirmação de que Julian é o Alquimia. Eu estava pronto para escrever todo um parágrafo elogiando o modo como o mistério em torno de quem de fato é Savitar foi conduzido. Ele é um deus de verdade? É um humano velocista? E como ele conseguiu que pessoas se reunissem ao redor dele, como de fato, uma seita? Foi tudo muito bacana e interessante, mas que perdeu um pouco da força com a revelação do (ex) parceiro de Barry como vilão. Realmente esperei que a série não caísse no esperado, mas não foi dessa vez. Agora, com Barry fora do CSI devido a chantagem de Julian para não denunciar Caitlin a polícia, ele fica livre para fazer o que quiser ali dentro. De qualquer forma, vai ser interessante ver Barry fora do ambiente policial depois de tanto tempo.

Semana que vem, temos o grande crossover entre as séries de herói da CW. Confira a promo do evento. Até lá, deixe seu comentário!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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