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The Walking Dead – 6×08 Start to Finish (Fall Finale)

Por: em 1 de dezembro de 2015

The Walking Dead – 6×08 Start to Finish (Fall Finale)

Por: em

“Your property now belongs to Negan.”

Chegamos ao último episódio de The Walking Dead de 2015. Sim, parece que foi ontem que estávamos contando os dias para o início da 6ª temporada e hoje, 8 semanas depois, temos de respirar fundo para aguardar mais um tempo – que certamente se arrastará – até o retorno ano que vem. Então vamos dissecar tudo o que aconteceu e tentar traçar perspectivas para o futuro dos nossos protagonistas.

Start to Finish começou no meio do caos, mostrando as consequências da queda do muro e da invasão pela horda de zumbis na comunidade. Todos, sem exceção, buscam um abrigo onde se proteger momentaneamente antes de traçar algum plano de ação para contornar a situação. Apesar da adrenalina inicial, o ritmo do episódio diminuiu bastante com várias dinâmicas sendo estabelecidas entre os personagens, lidando não somente com o colapso de Alexandria, como com seus próprios problemas.

A única coisa que eu apontaria é que não houve nenhuma surpresa, foi tudo dentro do esperado – ou menos até. Não que tenha sido um episódio ruim, mas é que todos os sinais apontavam para algum desastre iminente e no final de tudo parece que isso vai ficar somente para o ano que vem. A expectativa sobre o que ia acontecer fez de Start to Finish um episódio melhor do que ele realmente foi. Mas então, mesmo com a confusão completamente instaurada, não tivemos nenhuma perda irreparável ou um assassinato chocante…

Tá, Deanna levou uma mordida ao ajudar Rick, mas ela nunca foi alguém que a gente tenha se importado, correto? Ela levou a sua sentença de morte até numa boa, dando uma verdadeira lição motivacional para Rick e Michonne. Colocaram a esperança dela no futuro da comunidade como uma força motriz para o início de uma reação dos personagens. Outra que não terminou em uma situação confortável foi a pseudomédica Denise, que foi pega de refém pelo Wolve de Morgan. Mas novamente, não tivemos tempo para se apegar o suficiente para se importar se ela vai sobreviver à isso ou não.

Aliás, alguém entendeu a reação de Morgan quando Carol ameaçou matar o Wolve? Por mais que ele seja a favor da vida e das pessoas, nada justifica o ataque dele à nossa rainha. Estava bem claro que aquele maluco não ia ficar sentado, quietinho, pensando em tudo o que fez de errado na vida, buscando a redenção. Toda a sequência dele atacando Morgan, só fez o monge aikidô parecer idiota diante de todos os valores que ele defendeu. Ele atacou uma pessoa imprescindível à comunidade para defender alguém que representa perigo para todos e que nunca demonstrou vontade de mudar. É quase certo que Morgan vai ter que enfrentar as consequências desse ato e, quem sabe, até ser expulso da comunidade – a não ser que esse fato mude um pouco a sua filosofia de vida. A vida é importante sim, mas que isso não coloque as dos seus em risco.

Sobre Maggie, no desespero ela encontrou refúgio em cima daqueles postos de observação, que podem se provar frágeis caso o número de walkers forçando sua estrutura aumente. A linha de ação mais provável aqui é que Glenn trace um plano, junto com Enid, para resgatar a sua esposa grávida. Aliás, o retorno do coreano no episódio passado não representou muita coisa além mais uma lição de moral sobre esperança para Enid. Eu estava crente que ele usaria os seus dotes de sobrevivência Highlander para ajudar os seus amigos em alguma coisa. Mas não, o reencontro fica para 2016.

Os momentos mais tensos ficaram a cargo do drama envolvendo Carl e Ron, estendendo-se para Rick e Jessie. O filho do policial tentou ficar de boas com Ron, que pareceu se desesperar por conta da situação. #Xingandomuitonotwitter, o adolescente coloca a culpa de tudo de ruim que aconteceu em Alexandria em Rick, afirmando que ele é um assassino. Carl, mostrando-se cada vez mais maduro, distanciando-o vertiginosamente do outro jovem, corretamente aponta que o pai do garoto também era e vida que segue. Creio que como eu, vocês também esperavam que o pior acontecesse em decorrência dessa treta maligna entre os dois garotos. A cada momento em que Ron se mexia, eu segurava a respiração esperando o tiro que acertaria o filho de Rick. Mas toda a confusão entre os dois só proporcionou a entrada dos zumbis na casa, fazendo com que fosse necessário encontrar uma forma de sair dali – antes do que esperado.

Aí veio a sequência que trouxe um sentimento de memória à todos os fãs de The Walking Dead. Rick propõe que todos saiam da casa, misturando-se com os Walkers ao se disfarçar com o cheiro deles. Lá na primeira temporada vimos Rick e Glenn utilizando o mesmo subterfúgio para conseguir escapar de uma loja onde eles estavam encurralados em Atlanta. O medo de Sam, que recebeu uma atenção especial da edição da série, parece que também será um fator elementar para a execução desse plano. Foi bem tenso vê-lo começar a chamar pela mãe no meio de todos aqueles walkers, mas foi cretino escolher esse momento para ser o cliffhanger para o ano que vem.

Todos os midseasons e season finales sempre terminaram com um gancho de tirar o fôlego, mas pareceu que dessa vez faltaram mais alguns minutinhos para deixar o contexto mais interessante. Seria muito melhor se tivessem mostrado os walkers virando para os personagens ou a reação de Jessie ao clamor de seu filho. Se Start to Finish tivesse uns 90 minutos, como o tedioso episódio flashback de Morgan, talvez eu estive pirando aqui com vocês por conta dos acontecimentos. Está bem claro que o que se seguirá será bem similar às páginas dos quadrinhos (vou comentar nas observações) e seria mais emocionante se não tivessem adiado para o próximo episódio.

Ainda não acreditando no momento do corte do episódio, nem tive tempo de reclamar. Repetindo o que fez no season finale da 5ª temporada, nós tivemos uma cena pós crédito que – creio eu – foi mais comentada do que qualquer outro acontecimento de Start to Finish. Uma onda de alívio passou pelo meu corpo quando eu vi o caminhão de Daryl, crente que veríamos ele, Sasha e Abraham chegando para socorrer seus amigos e deixando uma fagulha de esperança no ar.

Mas estamos falando de The Walking Dead. Não foi com os muros de Alexandria que nos deparamos e sim com um grupo de motoqueiros ameaçadores, confiscando tanto os nossos queridos personagens como todos os itens dentro do caminhão, como propriedade de Negan. Sim, meu povo! O vilão mais esperado da série está chegando e ao que tudo indica Daryl será o primeiro a ficar frente a frente com o facínora. Agora basta conjecturar o que acontecerá com o trio. Nos quadrinhos, em uma cena muito semelhante à essa, o grupo que encontra com os Salvadores os extermina, deixando apenas um vivo para voltar e comunicar a Negan que com o time de Rick não se brinca. Mas não sei, penso que pode acontecer o contrário também…

Concluindo, eu senti que o episódio pareceu meio incompleto. Não se porque esperava mais ou se as consequências da queda aparente da comunidade não fez jus à tensão estabelecida desde o começo da temporada. The Walking Dead retorna dia 14 de fevereiro e eu espero que nessa data nós também tenhamos uma continuidade mais arrebatadora do que esse midseason finale.

Observações:

– Como eu queria que o episódio tivesse terminado [POSSÍVEIS SPOILERS]:

– Vocês também sentiram a Michonne apagadinha nessa primeira parte da temporada? Foi bom vê-la com um pouquinho mais destaque, mas nada comparável à outros personagens.

– Gente, cadê o Aaron (único Alexandrino que eu ligo)? Namorado do Aaron? Spencer? Heath?

– Adorei a referência de Deanna a barba de Rick! #sdds

– E o Padre Gabriel fazendo o ativo? Sério mesmo que vamos ter que aturar ele vivo e integrado em 2016?

– Quem o Morgan pensa que é para fazer aquilo com a Carol?

– Ah! A cena do pós-crédito na verdade foi um prólogo do que virá a seguir. Eu só espero que The Walking Dead pare de jogar com tempo e mostre os acontecimentos dos dois núcleos de uma vez:

– Ninguém apostou no Eugene como o responsável por pedir ajuda no walkie-talkie! Será que ele vai contar que ouviu o chamado de Daryl?

– A Deanna foi bem corajosa em seus momentos finais. Ao invés de usar as balas nela mesma, atirou nos walkers. Isso talvez atraia mais zumbis para a casa e deixe o caminho livre para o resto…

– Eu lembro quando achava o Carl um saco. Hoje em dia ele consegue ser um dos personagens que eu mais gosto na série.

– Além de estar bem ansiosa para ver o Negan, quero que o Jesus apareça logo também!

E vocês? O que acharam do midseason finale? Preparados para mais um hiato? Alguma dica de como sobreviver até 2016? Fique a vontade para comentar e complementar a resenha!


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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