A verdade finalmente veio à tona. Elena já tinha contado a seu irmão sobre sua incerteza e continuava escondendo do resto da família. Como são todos tão unidos, deve ter sido um sacrifício para ela manter esse segredo. Felizmente, ela teve coragem e confiança para se revelar, mesmo que esperando o pior. À primeira vista, no episódio anterior, parecia que estava tudo bem, que o problema maior seria contar para Lydia. No entanto, vimos que a aceitação não é tão fácil assim.
Penelope ama sua Elena, isso é inegável. Para ela, aquele sentimento incômodo de descobrir que a filha é lésbica parecia o fim do mundo. Na cabeça dela, era como se ela fosse a pior mãe do mundo por não aceitar de primeira. Mas a grande diferença entre ela e muitos pais que realmente não aceitam é que ela foi procurar entender o que estava acontecendo em um contexto maior. E foi Ben que chegou com a melhor das explicações, em uma das cenas mais bonitas do episódio.
Elena teve meses para entender o que sentia e chegar à conclusão que, de fato, não se apaixonaria por garotos – que, sempre que pensava em amor, via a si mesma junto a outra mulher. Sua mãe, porém, teve só algumas horas em contato com a notícia para ter que assimilar. Pensando pelo lado mais simplista, para uma mãe que devia sonhar com a vida adulta de sua filha desde quando estava grávida, a revelação é um choque incrível. Mas incrível mesmo é que ela acabou compreendendo o mais importante: não importa a orientação sexual de Elena, o amor que sente por ela jamais vai diminuir. E, novamente, que família maravilhosa!
Do outro lado ainda tinha Lydia, de quem todos duvidaram. Como um balde de água fria para Penelope, ela não fez escândalo algum, deu todo apoio à neta e ainda mostrou que o mundo ainda tem esperanças. Pelo fato de sua fé inabalável, seria mais comum que ela negasse até o fim e acusasse Elena de agir contra os princípios de Deus – o que, aliás, aconteceu em partes, em sua conversa com Penelope. Mas seu discurso decisivo foi singelo, de uma sublime sabedoria e deu muito orgulho: se o Papa questiona “quem somos nós para julgar”, por que então devemos fazê-lo?
Mais uma vez mostrando que de péssima mãe não tem nada, Penelope chegou a ir a um bar gay em busca da paz de espírito que lhe faltava. Como eu disse ali em cima, foi aí que apareceu Ben. Além de extremamente sensível e inteligente, ele ainda se saiu um tremendo galanteador. Resta saber se esse novo romance vai seguir em frente ou se vai acontecer algo para atrapalhar (o que não seria surpresa, né?). Estaria ela pronta para um novo relacionamento?
Por fim, Schneider agora se sente um cubano completo. Depois de conviver tanto com a família Alvarez (abusando das visitas: quatro dias da semana jantando com eles), ele adquiriu tantos costumes que vestiu a camisa. E Penelope entrou mesmo em sua cabeça, deixando-o todo preocupado. Quem sofreu com isso foi Alex, que teve sua viagem encurtada por conta desse medo todo.
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