Stephen Hawking here is indisposed.
Eu não sei vocês, mas com certeza esse foi o episódio que eu mais dei risada de toda a série. Sabe quando você dá risada com uma facilidade tremenda e depois você continua rindo, porque a piada ou a ação foi realmente divertida? Digna de várias gargalhadas? Pois bem. É assim que eu me senti com Mother. E eu não digo por ter apenas partes engraçadas, mas sim por todo o episódio. A Julia Louis Dreyfus tem um dom tão grande, que é fácil apostar que ela será a ganhadora do Emmy mais uma vez.
Mas qual a razão para esse episódio ter sido tão bom? Fácil. Ele explorou o que há de melhor nessa série: o humor negro, a personalidade da Selina e seus personagens secundários.
A história aqui se baseia na morte da mãe de Selina e na recontagem dos votos em Nevada. A ligação entre essas duas situações é maravilhosa, do início ao fim os roteiristas conseguiram relacioná-las e nos mostrar que com um bom roteiro e uma boa atuação, temos obra primas como essas.
Relações entre mães e filhas podem ser complicadas, e tendem a seguir por esse viés quando estamos falando de séries, mas o clichê passou longe aqui e a ausência da mãe da Selina durante toda a série, só mostra que ambas não se importavam com isso. A imagem que fica é a de que Meyer é igual a sua mãe e foi criada da mesma forma que a Catherine é criada, com desprezo e críticas. Não foi preciso nos mostrar como elas eram, enquanto a mãe estava viva, pra ter uma noção do que Selina passou. Isso é tão inteligente quanto a saída de nos apresentar a personagem e fazê-la interagir com todos só para justificar o que Selina é como pessoa e como mãe.
Oh, Catherine, you have no idea what it was like to be the only daughter of a pathological narcissist. I mean, all this woman did was criticize me or ignore me.
Esse episódio foi feito para o Emmy assim como o papel de Gary foi feito para Tony Hale. De todas as cenas que ele aparece, todas são dignas de aplausos. É incrível como um personagem consegue ser tão fiel a uma pessoa que só o maltrata. Já disse isso aqui e volto a repetir, dá dó do Gary que tem que se virar nos 30 para agradar Selina, inclusive ensiná-la a rezar.
Mas de todas as cenas memoráveis, o ponto alto do episódio foi o velório. Ao descobrir que estava perdendo os votos para o O’brien, vimos uma emoção que o tempo todo estava escondida. Não por conta da mãe recém falecida, mas por conta da eleição. Pouco são os momentos em que Meyer mostra fraqueza e poucos também são os momentos em que ela chora, então a referência da perda de um parente com a perda dos votos em Nevada, foi o ápice da maestria.
A morte da mãe, a nova namorada do ex-marido, as memórias do pai, a perda da recontagem dos votos, tudo se foi amontoando e acabou por atingir a confiança de Selina, que agora tem de recorrer ao Congresso para tentar ganhar as eleições.
Veep tem um elenco fantástico e esse é o motivo pelo qual a série é tão famosa não só pelo seu elenco como pela inteligência do roteiro. A protagonista não consegue ser odiada, por mais que tenha inúmeras atitudes no sense não teria graça se não fosse assim.
Corrida Presidencial
Step 1 – O que foi o Gary de Stephen Hawking??????????????
Step 2 – Se eu passei mal com o choro da Catherine? Passei sim, passei muito <3
Step 3 – Julia concorrendo para o Emmy é muita covardia, né non?!
Então é isso, nos vemos semana que vem! Bjos.
