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Supergirl – 1×19 Myriad

Por: em 13 de abril de 2016

Supergirl – 1×19 Myriad

Por: em

Faltam palavras que sejam capazes de transcrever aqui nesta review o quão maravilhoso o episódio desta semana de Supergirl foi. Não há dúvidas quando se afirma que o caminho que a série trilhou até este ponto pode ter sido um tanto quanto sinuoso, mas semanalmente Berlanti e cia faziam questão de nos provar: eis uma série para depositarem sua confiança que vai dar certo, e aqui digo meus amigos, deu certo, deu muito certo. Sua constante ascensão culminou em um cross-over com The Flash que, diga-se de passagem, foi incrível – e perdão pela minha ausência na review do mesmo – e proporcionou um salto na audiência da série, bem como em um episódio que, às vésperas de uma season finale, nos causou um turbilhão de reações diante do que foi apresentado, e todas muito boas. Vou parar de elogios por aqui para destrinchar o que rolou, vamos lá.

“Todos vocês deixam se guiar pelo medo, mas alguém precisa ter coragem para levantar mesmo com medo. […] Não posso falar o que fazer, Supergirl. Mas se me ensinou alguma coisa, foi que a esperança é mais forte que o medo.”

Após os acontecimentos dos episódios passados não restava dúvidas que o exército humano era obra do Myriad, e enquanto implorávamos por mais detalhes da trama, nos preparavam algo enorme. As reais repercussões do mecanismo desenvolvido por Astra foram causadas pela ambição de Indigo e maleabilidade de Non, que fala sério, o general que tanto aterrorizou e se mostrava um vilão à altura, não passou de uma marionete nas mãos da vilã de fato ali. Non e Indigo formaram uma aliança tóxica, para não dizer mais. Apesar da vontade interior do general em honrar os desejos de sua esposa, vemos que este não tem realmente o peso das decisões.

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Não sei se foi uma surpresa grata ou não Indigo ali movimentando as cordas, mas que funcionou isso é inegável. Usar da mágoa e rancor acumulado para fazer com que seu parceiro atingisse a heroína de todas as formas possíveis foi inteligente. Talvez a ambição de Non não fosse tão grande, mas sem dúvidas ao aliar-se à vilã ficou óbvio que parar em National City não vai ser uma opção, a menos que Supergirl os detenha. Na teoria o Myriad poderia funcionar para salvar a humanidade? Acho que sim. Contudo não restam dúvidas que controle mental nunca foi algo que desse certo e em mãos erradas suas consequências são enormes, como têm sido.

Diante desta ameaça a parceria formada entre Supergirl, Maxwell Lord e Cat Grant foi, no mínimo, inesperada e proveitosa. A série nos deu muito que processar: conflitos, personagens queridos por um fio, uma bomba kriptoniana e uma heroína desesperançosa. O episódio inteiro foi uma montanha-russa para Kara, a superheroína viu-se mais desamparada que nunca, de mãos atadas e com a responsabilidade de salvar a cidade de um controle submetido até mesmo a seu primo. Apesar da alternativa apresentada por Lord, sabíamos que nunca fora de fato uma opção perder vidas e o peso da responsabilidade que os efeitos de cada decisão de Kara teriam ali era enorme e a descrença em sua figura por parte da própria ficou evidente. Semelhante à sua mãe a kriptoniana teve que decidir entre deixar o myriad cumprir sua função ou salvar os humanos e esperar em um futuro diferente para o planeta que agora é seu lar, o sacrifício a ser feito era enorme e a tensão crescente a cada instante pelas decisões a serem tomadas quase palpáveis, o que tornou o clima do episódio ainda melhor. Lógico que Ms. Grant não faltou com suas sacadas, talvez todo o curso do episódio seria diferente se não fosse a presidente da Cat Co. ali para dar a heroína a dose de auto-confiança que precisava.

Decisões heroicas não ficam somente aos cuidados da kriptoniana, Hank e Alex já nos mostraram ao longo do show que seus atos de heroísmo nem sempre requerem uma capa e correr o risco ao retornar para a cidade foi uma grande decisão diante do que enfrentariam. O destino de ambos agora é indeterminado com a luta entre as irmãs Danvers e J’onn ferido, contudo sou incapaz de afastar a ideia que algo ali pode falhar e custar a vida de alguém e vale lembrar que última vez que vimos o marciano sua vida estava em risco. Esses dois compõem uma das melhores relações na série e sei que falei isso mais de mil vezes, entretanto é impossível não comentar como a série eleva a figura paterna que Ajax interpreta ali, principalmente para Alex e a importância disto para o curso dos episódios.

O que fica claro é que a narrativa ali construída pode não ter nos proporcionada muitas conclusões ainda, isso ficará a cargo da season finale obviamente, mas nos prepara para o que pode acontecer. Como sempre nos deparamos com os vilões em vantagem e os mocinhos encurralados, resta-nos saber qual será o próximo passo de Kara Zor-El para salvar a todos e quais serão as reais consequências disso. E fica cada vez mais óbvio é que cada trama ali trabalhada não teria o menor impacto se não fosse o clima que Supergirl nos proporciona, como a alegria diária deu lugar ao drama e falta de esperança neste episódio, como os sacrifícios são importantes nesta série, cada detalhe desenvolvido de maneira que algo maçante como controle mental torne-se algo intenso elevado pelas atuações que transmitem bem cada sentimento.

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A review fica por aqui, mas não deixem de compartilhar o que acharam do episódio nos comentários e semana que vem teremos muito mais, estão preparados?

Outros devaneios sobre Myriad:

  • Cat Grant trouxe a energia que precisava para este episódio, que personagem maravilhosa.
  • Até mesmo Superman caindo nas graças do controle de Non, incrível como frisam tanto a humanidade deste.
  • Encontramos outra vez com Kelex, em certo ponto Supergirl menciona a “diretriz primordial” que é preservar o estilo de vida kriptoniano e a memória da casa Zor-El. Essa diretriz já apareceu em outra inteligência artificial nos quadrinhos: Erradicador, que já foi um inimigo e aliado de Superman.
  • “O filho de Jor-El já se ajoelhou perante a mim”, nesta fala de Non fica mais uma referência a Superman II.
  •  Maxwell Lord tem uma familiaridade com armar satélites, na Crise Infinita ele sequestrou um dos satélites coletores de informação do Batman, o Brother Eye, e usou seu Projeto OMAC para lançar um ataque na comunidade meta-humana.
  • Viram Non falando das cidades dos demais superherois? Metropolis, Opal City e Central City.

Gabriela Vital

A Kardashian perdida que sonha em ser médica um dia.

Vitória / ES

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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