Uma palavra para descrever o novo episódio de Supernatural? Broxante. Simplesmente broxante.
Quando Supernatural deu uma pausa para mais um hiato, no dia 06/04, estávamos em êxtase. Afinal, foi um excelente episódio que, além voltar a desenvolver a história principal, mostrou acontecimentos grandiosos capazes de animar qualquer um para a reta final da temporada. Ironicamente eu comentei na review como a série era capaz de ir do “luxo ao lixo” em questão de pouco tempo e, parecendo uma brincadeira do destino, foi exatamente o que aconteceu.
Claro que lixo é uma palavra muito forte para descrever “The Chitters”, visto que ele até possui alguns pontos bacanas. O maior problema é que a decepção foi capaz de amargar grande parte do que aconteceu durante os quarenta e poucos minutos. Pra começar, a criatividade mandou beijos porque já é possível perder as contas de quantas vezes um episódio iniciou com uma investigação, mas aí um dos irmãos decide que eles precisam “dar um tempo” e assim eles deixam o que quer que esteja acontecendo de lado para ir atrás de um monstrinho qualquer que não possui relação com o que estava sendo apresentado.
O caso em si possuía uma premissa interessante e infelizmente acabou sendo mal aproveitado – além da maquiagem/efeitos especiais que em determinados momentos acabaram ficando risíveis na luz do dia. Os bisaans foram uma adição legal na mitologia e poderiam ter rendido um episódio mil vezes melhor caso, por exemplo, a direção optasse por mais cenários escuros, uma ambientação misteriosa e uma tensão crescente que resultasse em uma finalização mais animadora do que a que foi realmente apresentada.
A maior surpresa foi, sem dúvidas, o aparecimento de Jessy e Cesar. Por mais que o episódio em si tenha sido fraco, ele ao menos mostrou uma pequena tentativa de diversificar os personagens ao apresentar um casal de caçadores homossexuais. A diversificação é uma questão importante, ainda mais nos dias atuais, e é bacana ver Supernatural mostrar uma pontada de preocupação com isso mostrando as coisas com bastante naturalidade e nenhum preconceito – apesar do completa falta de afeto entre o casal, que na maior parte do tempo parecia uma dupla de amigos.
No fim, após poucos acontecimentos relevantes, o que restou foi a esperança de que nas próximas semanas o seriado ao menos consiga continuar a história da Amara com a mesma grandiosidade que a iniciou. Faltam apenas quatro episódios, será que agora finalmente vai?