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Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 3×08 Many Heads, One Tale

Por: em 21 de novembro de 2015

Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 3×08 Many Heads, One Tale

Por: em

Finalmente! Depois de navegar com plots aparentemente difusos por 7 semenas, Agent’s of S.H.I.E.L.D. enfim começa a amarrar a sua história e delinear uma perspectiva em Many Heads, One Tale. Em um episódio típico da série, com os agentes se lançando em uma missão especial, nós finalmente começamos a descobrir o que está por trás dos elementos que nos foram dados desde o season premiere.

Apesar de ter deixado uma impressão dúbia no final de Chaos Theory, é o Coulson que trai Rosalind, revelando que ele está jogando com ela para conseguir mais inteligência sobre as suas intenções e sobre a A.T.C.U. Ao levá-la para conhecer a base da S.H.I.E.L.D., distraindo-a enquanto seus comandados se organizam para levantar as informações sobre a tal “cura”, o diretor a encurrala para entender como ela sabia da iniciativa T.A.H.I.T.I., algo que só poderia emanar de algum agente de nível ou de alguém da HYDRA. Phil nesse episódio demonstrou sua força como diretor, a despeito de algumas falhas das quais já estamos cientes.

Em Many Heads, One Tale, ainda aprendemos um pouco mais sobre a história de Coulson, quando ele conta sobre como ele foi recrutado ao ser um excelente aluno na faculdade de história que começou a pesquisar a influência da S.H.I.E.L.D. em diversos acontecimentos. Esse fator também foi importante pois, depois de todos os filmes e 3 temporadas, Phil é um dos personagens mais distantes dos espectadores – nós tivemos poucos relances dele antes de ser quem ele é. O seu “relacionamento” com Rosalind nos deu a oportunidade de conhecê-lo um pouco mais, mas como estamos falando de Agent’s of S.H.I.E.L.D., nenhum romance é sinônimo de felicidade, né? Sempre pode ter algo por trás.

Paralelamente à isso, Bobbi e Lance entram na A.T.C.U. disfarçados de FBI, depois que a S.H.I.E.L.D. consegue contaminar o sistema deles com um vírus cavalo de Tróia. Mais uma vez, Hunter foi o alívio cômico do episódio ao encarnar um hacker com o auxílio de Daisy, foi bem divertido ver que ele não tinha idéia do que estava fazendo, mas tentando convencer. Bobbi então, ao tentar procurar pelos inumanos guardados pela agência de Rosalind, descobre – obviamente – que tudo não passava de uma mentira. Pílulas de terrígeno retirados de peixes estão sendo produzidas para aparentemente criar um exército inumano, sob o comando óbvio da HYDRA, representada agora por Gideon Malick.

Muitas pessoas, incluindo eu, acreditaram que Rosalind estava de conluio com Malick, mas acabou se provando o contrário. Ela não tinha idéia da conexão dele com a dissidência nazista e depois de um embate com Coulson, descobrimos que ele foi também um dos reponsáveis pela criação da A.T.C.U, além de ser consultor do presidente depois de ter feito parte do Conselho de Segurança Mundial em Vingadores. O real propósito de tudo, desde sempre, era disseminar o Terrígeno, criando inumanos que pudessem servir às intenções da HYDRA. Isso obviamente gera muitas implicações e reflexos, inclusive espaciais…

Depois de semanas (diria temporadas) construindo uma história, o casal FitzSimmons finalmente teve o seu grande momento essa semana. Tudo aconteceu enquanto eles pesquisavam sobre o misterioso símbolo que Fitz apontou no uniforme de Will, o mesmo encontrado no castelo da irmandade onde eles conseguiram ativar o monolito para resgatar Jemma do planeta azul. Simmons se desespera ao encontrar somente coisas ruins como seitas e sacrifícios, o que se junta à culpa que ela sente por colocar seu melhor amigo naquela situação. Ela finalmente demonstrou não ser babaca, ao desabafar que sabe dos sentimentos que ele tem por ela e que está odiando fazê-lo passar por tudo aquilo. Leo então sentencia que eles são amaldiçoados e que o universo conspira contra eles ao negar uma oportunidade deles serem felizes juntos.

Toda essa tensão resulta em um primeiro e esperado beijo entre os dois personagens. Um momento muito bonito e doce para o qual nós torcemos tanto, chegando ao ponto de não querer mais que acontecesse. Fitz e Simmons passaram de uma amizade platônica na primeira temporada para esse amor épico, enfrentando muitas coisas dentro da história, e eles sabem disso também. Não sei se eles têm algum futuro, ainda mais com o iminente retorno de Will,mas é certo que o drama vai continuar e nós vamos continuar sofrendo pelos dois.

Ward finalmente mostrou à que veio essa semana, todos os momentos diabólicos dele foram deliciosos de assistir. Desde a sua luta contra os homens de Mallick até o seu plano de sacrificar todos os passageiros de um avião para saltar onde estaria o cofre do Von Strucker. Lá ele encontra com Gideon que proporciona a maior revelação do episódio, em uma cena concomitante com Fitz e Simmons mostrando o que eles descobriram para a equipe. A HYDRA não foi fundada pelo Caveira Vermelha. Ela é na verdade uma organização muito mais antiga, talvez milenar, estabelecida para venerar um Inumano ancestral.

De certa forma, no que tange o Universo Marvel, essa pode ser uma das maiores viradas que a série já proporcionou, equiparando-se até com a introdução dos inumanos. Além disso, foi explicado como a NASA entrou nessa dança, já que Mallick trabalhou na agência americana e provavelmente deve ter sido quem idealizou a missão de Will ao planeta azul, tudo para tentar trazer de volta o inumano que ficou preso por lá – o que finalmente explica que o ser que aterrorizou Simmons e Will durante a lua de mel deles é, na verdade, um inumano que foi banido por conta do seu poder incontrolável e que a HYDRA quer trazer de volta. Obviamente a identidade desse inumano será um dos maiores plots pós hiato, é esperar para ver.

Sobre o monolito, ficou claro que ainda existem 5 pedaços dele espalhados pelo mundo. Um deles está em posse da HYDRA, o que nos deixa na busca pelos outros. Quem poderia estar com esses fragmentos? Outras facções da HYDRA? O governo? Outros inumanos? Considerando que esses monolitos são um portal em potencial para o planeta azul, localizá-los será algo vital tanto para a S.H.I.E.L.D. quanto para a HYDRA.. Tudo isso nos dá uma perspectiva animadora para o restante da temporada.

Concluindo, eu reclamei nas minhas últimas reviews da voltas que o roteiro da série estava dando, mas Many Heads, One Tale calou a minha boca. Foi bem surpreendente a forma com que Mallick uniu os inumanos, A.T.C.U., HYDRA e o planeta azul. Fazer a conexão desses pontos, que pareciam estar jogados ao vento, finalmente dará corpo para a história desse 3º ano. Nós temos apenas dois episódios até o hiato e a série não deve perder a oportunidade de nos deixar mordidos para o seu retorno.

Fique agora com a promo de Closure, que vai ao ar no dia 1º de dezembro:

E você? O que achou do episódio? Vibrou com o tão esperado momento de Fitz e Simmons? E essa mudança na origem da HYDRA, te surpreendeu?
Fique a vontade para comentar e complementar a resenha!

Área reservada para Marvelmaníacos:

– Vocês já estão acompanhando Jessica Jones? Estamos adorando e fazendo uma maratona louca de reviews!

– As séries da Marvel realmente não focam em romance. Eu acho isso super positivo e é algo que afasta aqueles dramas de casal que estamos acostumados. Adorei a forma com que Daisy e Lincoln lidaram com o beijo deles. #Deixaacontecernaturalmente

– Andrew realmente perdeu a cabeça, né? Ele era um homem super correto e sua transformação em Lash o desequilibrou a ponto de compreender as motivações de Ward.

– É bem engraçado que a principal fonte de terrígeno atual do MCU sejam pílulas de óleo de peixe. O quão trivial é isso?

– Aquela pulseira da Bobbi para atrair seus bastões é igual da do Capitão América para retomar o escudo?

– Alguma teoria sobre o inumano? Só eu acho que ele se apossou do corpo do Will?

– Eu adoro o fato do Coulson estar sempre dois passos a frente de todos, quando a gente acha que precisa se preocupar com ele.

– Olha, é de se reconhecer o fato de Melinda pedir desculpas para o Lincoln, mesmo achando que ela não precisava.

 


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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