Acho que os roteiristas de Agent’s of S.H.I.E.L.D. leram as reclamações que eu fiz na última resenha. O episódio dessa semana foi claramente superior aos últimos, mas ainda ficando muito aquém do visto na season premiere. Mesmo com alguns problemas, Chaos Theory pelo menos nos deu ação, tirando o foco do mimimi interminável que vimos nas últimas semanas – além do retorno de alguns rostos conhecidos, que podem indicar que finalmente veremos a formação dos Guerreiros Secretos. (Aleluia!)
Outra coisa que está me chamando atenção nesse início de temporada é a incerteza sobre a(s) figura(s) do(s) vilão(ões). Temos alguns em potencial: Lash, Ward, HYDRA, A.T.C.U., Will… Além disso, podemos encaixar aqui a crescente pressão da sociedade quanto aos genéticamente modificados, aprimorados e os conflitos ideológicos que se insurgem entre os agentes. Ainda sim, com todo essa sorte de elementos, a série ainda não conseguiu engrenar nenhuma narrativa – fora a do Lash – parecendo um pouco perdida no meio da sua 7ª semana de exibição neste terceiro ano.
Ainda sobre o monstrengo inumano, depois da revelação de que Andrew passou pela terragênese e saiu matando seus iguais, Agent’s of S.H.I.E.L.D. não perdeu tempo em fazer com nossos protagonistas também realizassem que o perigo estava muito mais perto do que era esperado. Uma das coisas boas sobre a transformação do psicólogo foi que, diferente do que eu pensava ele não sofreu a transformação por causa de um peixe no Havaí, mas sim por conta dos livros de Jiaying que estavam impregnados pelo pó dos cristais da finada líder do Afterlife. A cena da transformação foi meio tosca, mas a gente supera. Aprendemos que a urgência dele em julgar seus irmãos não é algo que ele entende e, que a sua alternância entre a forma inumana e humana é algo transitória – mais cedo ou mais tarde o monstro prevaleceria sobre o homem – desaparecendo assim qualquer sombra do homem que Andrew sempre foi.
No que tange a guerra fria da A.T.C.U. vs. S.H.I.E.L.D., essa semana vimos Skye Daisy ser obrigada a passar um tempo maior na presença de Rosalind. . “Para cada Daisy Johnson existe um Lash”– O conflito ideológico entre as duas gritou muito forte desde o primeiro momento em que uma respirou na frente da outra. O interessante nesta dinâmica foi ver as duas mulheres sendo capazes de articular seus pontos de vista, de forma legítima, sendo fácil entender o motivo do posicionamento de cada. Dá até para encontrar uma semelhança entre elas: ambas pregam um tipo de apreensão aos inumanos. Daisy pode até se considerar com uma abordagem mais humanizada, mas o que a S.H.I.E.L.D. faz também não é um spa. Também houve o momento que nossa tremor usou seus poderes para salvar a vida de Price, em uma sequência bem maneira, algo que pode fazer a diretora da A.T.C.U. olhar os inumanos de uma outra forma (ou não). Agent’s of S.H.I.E.L.D. estava nos devendo esse tipo de demonstrações práticas de superpoderes!
Ainda sobre os Inumanos, nós finalmente pudemos ver o quão avançado está o treinamento de Joey, quanto a sua capacidade de manipular metais. O reaparecimento de Lincoln, que provou conseguir trabalhar com a S.H.I.E.L.D., me dá esperanças de que o prometido arco dos Guerreiros Secretos comece enfim ser desenvolvido. Está mais do que na hora!
Olha, eu não tenho nem palavras para descrever o que eu sinto ao ver o Fitz sendo trouxa pela Simmons. Eu sei que alguns de vocês enxergam de outra forma, mas vê-lo chorando ao ouvir as gravações da amada naquele planeta azul, me doeu! Então não quero comentar o sentimento de Jemma por Will, ok? Acho que nessa frente o que importa é que Leo descobriu que o astronauta pode realmente ser muito mais do que aparenta. O fato do simbolo daquela antiga irmandade estar no uniforme de Will, pode significar que a congregração estava de alguma forma envolvida com a NASA.
Como eu disse na review de 4,722 Hours, tirando toda a abordagem a lá Lagoa Azul que deram para o retiro espiritual de Jemma naquele planeta azul, Agent’s of S.H.I.E.L.D. – pela graça de Odin – parece que conseguirá retirar daqui elementos relevantes para a construção da narrativa. Isso pode indicar pode indicar uma intrigante abordagem futura: Quem são as pessoas que deram informaçoes à NASA de que o Monolito era um postal para um planeta inabitado? Como a S.H.I.E.L.D. obteve aquela pedra? O que essa irmandade realmente representa? Alguma teoria?
Na cena final, vimos Ward e Gideon Malick confabulando sobre seus planos maquiavélicos para dominar o mundo. É impressionante como Powers Booth consegue ser um vilão muito mais convincente com pouco tempo de tela, então eu aposto as minhas fichas nele para o principal antagonista dessa temporada. Até porque Ward me veio com o diabólico plano de matar Coulson, que está longe de estar para nós como o f*dão que em tese ele deveria ser dentro da S.H.I.E.L.D., então espero que a série comece a nos mostrar que ele merece ser o alvo de uma conspiração.
Conspiração essa que me faz retirar minhas palavras de que Rosalind estava descartada como vilã. Diferente do afirmado durante o episódio, Coulson não iria se encontrar com o presidente Ellis e sim com Malick, o que transparece que a chefe da A.T.C.U está trabalhando com o homem. Qual o jogo dessa mulher? Phil realmente se deixou levar pela máxima “My Pussý é o poder”, ou ele também está entrando na dança de Price?
Tanto ela quanto Gideon estão sendo pintados como personagens bem dúbios, não dá para saber se o interesse deles pela S.H.I.E.L.D. é movido pelo governo, pela HYDRA ou alguma outra coisa. Está bem difícil decifrar qual será a principal ameaça aos nosso time nessa temporada, mas chutaria que é algo que trilhe caminho para a tensão que será apresentada em Guerra Civil – vou ser otimista! rs.
Mostrando essa relação de Rosalind e Gideon, além das observações feitas por Fitz sobre Will – aliando-se ao desenvolvimento dos Guerreiros Secretos, eu realmente espero que Agent’s of S.H.I.E.L.D. encerre a primeira fase da sua 3ª temporada de forma explosiva e surpreendente. Nós sabemos (e confiamos) que a série é capaz de muito mais do que está sendo mostrado.
De uma forma geral eu curti esse episódio, que desenvolveu algumas tramas positivamente -Desde à reação de May ao encarar a realidade quanto ao seu marido até nos plots maiores, que devem finalmente começar a tomar forma, já que estamos cada vez mais perto do midseason finale (se não me engano, temos mais 3 semanas antes do hiato). Agent’s of S.H.I.E.L.D. ainda está aquém do que pode nos entregar, mas está fazendo um “início” de ano correto, com sorte a história principal da temporada deve começar a ganhar forma a partir de agora.
Fique agora com a promo de Many Heads, One Tale, que vai ao ar dia 17 de novembro:
E vocês, o que acharam do episódio? Fiquem a vontade para comentar e complementar a resenha!
Área reservada para Marvelmaníacos:
– Agent’s of S.H.I.E.L.D. tem o melhor elenco, comparando-se com outras séries do gênero adaptadas para a TV. O legal desse episódio foi dar um momento especial para cada personagem, mesmo Bobbi e Hunter – que estavam orbitando na história – tiveram seu momento.
– O Andrew meio louco não me convenceu, mas ok. Fico sentida mesmo pelo sofrimento da minha ranha May. No final do episódio ela estava a bordo de um avião, será que Melinda vai sumir de novo? Espero que não!
-Aliás, será que a série gasta o orçamento todo com os aviões?
– “I’m just gonna say what we’re all thinking. He has a hog face.” – Hunter
– E o momento fofo entre a Daisy e a May? #Sdds dessas duas chutando bundas juntas.
– O Von Strucker jr. não morreu. Inclusive o Ward fez uma piadinha com a insignificância do pai dele…algo que se provou em A Era de Ultron.
– Saiu uma reportagem no Enterteinement Weekly dizendo que finalmente deve acontecer algo entre a Fitz e o Simmons. Mas cansei de ser trouxa, parei de torcer por eles. Até porque se algo rolar, certo que a eventual chegada do Will vai atrapalhar tudo.
– Alguém dá logo uma arma que atira machados para o Mack! Estamos falando da S.H.I.E.L.D. ou não?
