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American Horror Story: Hotel – 5×05 Room Service

Por: em 8 de novembro de 2015

American Horror Story: Hotel – 5×05 Room Service

Por: em

O quinto episódio de American Horror Story que foi recheado de sangue, gente degolada e muito vampiro mirim! Apesar dos seus pontos altos, Room Service não conseguiu me empolgar como os primeiros episódios foram capazes de fazer. O apelo erótico da série diminuiu bastante desde Devil’s Night e, curiosamente (risos), a qualidade dos episódios passou a ser meio duvidosa. O elenco, o figurino e as referências de American Horror Story continuam impecáveis, mas tenho ficado com aquela sensação estranha de não saber exatamente qual foi a real finalidade do episódio para o enredo da temporada.

Pelo jeito o halloween continua pelas redondezas do Cortez. E continua também a antipatia de Alex Lowe. A personagem de Chloë Sevigny transborda ressentimento e um desânimo que é, ó… contagiante. A maternidade parece ser o único assunto que faz Alex reagir, mesmo que seja tomando uma série de decisões ruins. Assim, temos as reações mais bizarras imprudentes que uma mãe/médica poderia ter. No episódio dessa semana, ela resolveu salvar a vida de seu paciente Max Allison (Anton Starkman) e transformou o menino, que estava quase morrendo, em vampiro. Depois disso, Alex some de cena e Max, muito saudável e com sede de sangue, protagoniza (muito bem, diga-se de passagem!) os acontecimentos mais sangrentos de Room Service. E, sinceramente, eu não esparava que o personagem do jovem Anto Starkman fosse ter tanto espaço em um episódio só! Será que Max fará mais vítimas?

American Horror Story: Hotel

O grande (e único) ponto alto de Room Service ficou por conta de Liz Taylor (Denis O’Hare). O flashback que apresentou a vida pregressa da personagem de O’Hare foi bonito de ver! Até ontem, Liz não passou, aparentemente, de mera coadjuvante – apesar de sempre chamar bastante atenção. Não podemos saber o peso da personagem para o enredo da temporada, mas sua história foi determinante para fazer valer à pena os 46 minutos de episódio! Com o incetivo de Lady Gaga Elizabeth, Liz assume sua identidade de gênero e apresenta uma história sobre libertação e comprometimento consigo mesmo, com os próprios gostos e desejos. Por essa e por outras, Hotel tem se apresentado como uma temporada ousada e que trata com naturalidade as liberdades sexuais e, agora mais enfaticamente, de gênero. A mensagem, no estilo Gaga, é: be yourself, that’s what makes you beautiful!

Elizabeth e Liz Taylor no episódio Room Service

Depois de um diálogo incrível entre Liz e a Condessa, mais uma vez, podemos constatar o papel determinante de Elizabeth na vida dos frequentadores do Cortez. Essa centralidade da personagem de Gaga é interessante e deixa algumas curiosidades. Sempre muito segura sobre a atração que causa nas pessoas, até agora o único elemento que parece ameaçar essa personalidade forte e decidida é sua relação com Ramona Royale – que inclusive reapareceu com o desejo de vingança que conhecemos em Mommy. A aparição foi breve, mas determinante, já que a aliança com solitário Donovan nos faz supor que a atriz não tardará muito em executar seus planos contra a Condessa!

Esses últimos episódios ocuparam boa parte do tempo apresentando novos elementos – a Noite do Diabo, o massacre liderado por Max e o flashback sobre Liz Taylor, por exemplo. O que traz boas cenas para a temporada, mas acaba fazendo com que se perca a fluidez das histórias principais. Espero que nos próximos episódios Elizabeth, Ramona, John Lowe, Mr. James March e o tal caso dos Dez Mandamentos apareçam mais e a gente comece a entender melhor a relação dessas coisas todas! American Horror Story acabou de chegar naquele quase meio de temporada onde tudo pode começar a dar certo ou dar muito errado. Depois de cinco temporadas e as experiências frustrantes deixada por Coven (Com o final mais AFFF depois de Murder House) e Freak Show (que terminou muito bem, mas teve uns episódios bem mornos), os criadores não podem cair nos mesmos erros, né? Vamos ver!

American Horror Story: Hotel

Observações:

– Depois que Donovan transformou Iris e, principalmente, depois de sua aproximação com Liz a personagem de Bates promete boas cenas de empoderamento – o que dentro do universo sombrio do Cortez pode resultar em algumas gargantas cortadas (rsss).

-John Lowe está freaking out depois da noite com James March. Após tentar relacionar os assassinatos dos Mandamentos aos convidados de March, ele é demitido e, pasmem, ele volta pro Cortez! Afinal de contas, o que prende Lowe ao hotel? O atendimento cinco estrelas, a tranquilidade dos corredores, Sally ou qualquer coisa misteriosa que ainda não sabemos? Façam suas apostas!

Estão curtindo Hotel? Quais as expectativas para essa quinta temporada de American Horror Story? Deixem seus comentários!


Natasha Mastrangelo

Historiadora e feminista por natureza. Meio Frances Ha, meio Kat Stratford. Não vive sem queijo, batata e Toddynho.

Rio de Janeiro

Série Favorita: Skins

Não assiste de jeito nenhum: Arrow

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