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Arrow – 5×05 Human Target

Por: em 5 de novembro de 2016

Arrow – 5×05 Human Target

Por: em

Realmente estou cogitando que Barry voltou no tempo na vida real e mudou umas coisas, porque Arrow voltou a série que eu mais espero na semana e eu estou amando isso.

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“Human Target” comprova um pouco de tudo que a gente vem falando dessa quinta temporada. O pouco medo do roteiro em tocar assuntos antes tão polêmicos, a rápida resolução de problemas que antes se estendiam durante um grande arco de episódios, a construção cuidadosa de um vilão que traz a sensação do desconhecido para os personagens. São realmente muitos acertos até aqui e, mesmo com apenas cinco episódios, já dá para a gente ficar feliz com essa atmosfera das primeiras temporadas que tomou conta da trama novamente. O que me agrada ainda mais é que Oliver Queen, de uma vez por todas, começa a encarar os seus problemas como adulto e perceber que manter sua mente na ilha, onde ficou cinco anos da sua vida, não será a resposta para nenhum dos seus questionamentos.

O episódio retoma a narrativa de onde paramos na última semana, quando descobrimos o sequestro de Rene a mando de Church. Ao contrário do que muitos de nós cogitamos, o Cão, que aparentava ser o mais durão da equipe (o que eu ainda acho que é), acabou cedendo a tortura física e psicólogica, cedendo o nome de Oliver para o chefe da facção que quer tomar conta do porto de Star City para contrabandear e exportar os mais diversos tipos de drogas. O que eu não imaginava era uma reação tão amistosa do Arqueiro quanto a ter sua identidade revelada por alguém da sua própria equipe. Muitas vezes vimos os membros do time de Oliver em situações bem complicadas, mas eles nunca cederam (pelo menos, não me lembro – se estou errado, me corrijam nos comentários!) e, como tudo que acontece com Queen pela primeira vez toma proporções exageradas, estranhei. Mas isso  entra muito na questão de maturidade, de Oliver estar entendendo quem é e quem ele realmente quer ser. Ao abraçar essa nova equipe, ele sabia o perigo que correria, ainda mais com tão pouco tempo de treino que tiveram. Curtis é a prova maior de que eles não tem preparo algum para brigarem nas ruas.

Agora, se alguém me disser que imaginou o lance do Alvo Humano, vou ficar de cara. Eu já sabia da participação do personagem, mas não tinha ideia de quando seria. Ao ver tudo se desenrolando na trama, nem cogitei que era isso que estava acontecendo. Pensei que eles estavam repetindo plot mesmo, forjando a morte de Oliver mais uma vez e bola para frente. Quando Christopher Chance aparece, tirando sua máscara perfeita, eu dei uma surtada legal. O personagem é muito massa e ele faz basicamente isso mesmo: toma o lugar de seus “clientes”, que estão com um alvo nas costas (pausa importante: eu não posso deixar de comentar o quanto eu ri com Felicity colocando a máscara de Oliver e falando “You have failed this city!”). Mesmo com uma breve participação, Chance foi o estopim para diversos questionamentos, inclusive um que estava adormecido e que até mesmo nós tínhamos medo de pensar: o que será de Oliver e Felicity daqui para frente?

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Posso dizer para vocês que eu fiquei bem orgulhoso da maneira que o roteiro lidou com o problema. Olicity não funcionou da maneira que todo mundo esperava, muito por terem colocado situações forçadíssimas e que causaram estranhamento entre eles, fazendo até com que mudassem um pouco da personalidade que já conhecíamos. E olha que eles tentaram fazer o casal dar certo a qualquer custa, mas não era o momento. Claro que o final feliz, se ele existir no caminho de Oliver, será ao lado da loira, mas temos um longo caminho até lá. Entender isso e seguir em frente foi necessário e acho que chegamos a um ponto onde cada um dos personagens gosta muito do outro, mas sabem que não é o momento para aquilo acontecer. Talvez a série trabalhe Felicity de uma maneira parecida com o que aconteceu com Iris em The Flash. Vocês lembram como a gente odiava essa menina no começo da série? Agora é mais fácil torcer e acreditar no casal protagonista por lá. É um caminho. Talvez eles nem estejam preocupados com isso agora e invistam mais no desenvolvimento individual de cada um. Isso só o tempo nos mostrará.

Outra coisa que me preocupava bastante era o retorno de Diggle e como seria sua interação com o restante da equipe, que ainda briga para conseguir um espaço de atenção. O resultado que vimos não poderia ser mais “orgânico”. O segurança surge como um grande mentor e seu conhecimento de batalha pode ser muito útil no treinamento dos garotos, que já o colocam em um pedestal imediatamente (justíssimo, por sinal). Gosto muito também da interação dele com Rene, ponto chave durante esse episódio, e que foi determinante para que o paradeiro de Church fosse descoberto, encerrando esse primeiro arco da temporada – mais uma vez, a série não perdeu tempo com grandes enrolações, matou seu primeiro vilão, estabeleceu o terreno para Prometheus (teremos outra teoria mais a frente no texto) e resolveu o lance da “morte” do prefeito, tudo em um mesmo episódio. Sério, vocês lembram quanto tempo a gente ficava em uma mesma trama na temporada passada? Toda vez que penso nisso, eu realmente tenho vontade de chorar.

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O grande lance dessa temporada é, talvez, a identidade de Prometheus. Na review passada, a gente cogitou que ele fosse Tommy, como um efeito colateral de Flashpoint. Essa semana surgiu um boato na internet de que ele poderia ser ninguém menos que Arsenal. Isso mesmo, o que seria bem demais, não é mesmo? O rumor surgiu porque um fã começou a traçar  alguns paralelos entre o personagem de Roy e a chegada de Prometheus. Vocês lembram quando Roy foi tomado pelo Mirakuru? Ele matou um policial, a primeira morte na sua lista. Quando vemos o vilão dessa temporada pela primeira vez, ele mata quem? Exatamente, um policial. As habilidades com arco e flecha dos dois são bastante semelhantes. O que corre por aí é que, Barry, quando voltou no passado, transformou tudo. Sabemos que Arrow seria a série mais afetada por essa mudança, mas até agora só vimos o fato de Diggle ter tido um menino e não uma menina como filho. Talvez, assim como aconteceu com alguns personagens, eles tiveram sua personalidade alterada pela sombra da outra linha temporal. Talvez Roy seja alguém revoltado com a vida que perdeu por causa de Oliver Queen. Algúem da primeira temporada. Faz sentido, né?

Enquanto a cabeça de vocês dá uma pirada nessa teoria, passemos adiante e falemos de Susan, a insuportável. Deixando de lado todo o seu flerte com o prefeito e toda a sua arrogância jornalistica, parece que a personagem será um grande ponto desse ano, levando todo mundo aos seus extremos, muito mais do que poderíamos imaginar. Ela finge uma trégua com Oliver, só para vermos, nos minutos finais, que descobriu do seu passado na Rússia – sendo que ele deveria estar preso em uma ilha deserta. O que fará com essa informação? Difícil saber, mas vejo o começo da construção de um envolvimento entre esses dois que pode ser bem, bem complicado. Já que falamos da Rússia, os flashbacks dessa semana foram curtos, porém significativos. Vimos a entrada definitiva de Oliver na Bratva e a resistência de alguns membros quanto a inclusão de um estrangeiro. Enquanto isso parece ter pouca relevância no momento, o que me chama atenção é a aparição do Alvo Humano, mesmo que rapidamente, como o salvador de Queen a mando de Anatoly. Vamos guardar essa informação para uma hora mais oportuna, certo?

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Por fim, mas não menos importante: esse episódio me fez muito feliz, muito mesmo e vocês sabem um dos principais motivos para isso? Curtis quase não abriu a boca. Durmam com essa bomba de sinceridade. Deixo vocês com o vídeo promocional (FODA) de “So It Begins”, que vai ao ar na próxima semana. Comentem com o tio, quero saber as teorias de vocês também!

P.S.: Review está atrasada, eu sei! Prometo que não acontece mais. Essa vida de proletariado não é fácil amigos.


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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