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Bates Motel – 4×05 Refraction

Por: em 13 de abril de 2016

Bates Motel – 4×05 Refraction

Por: em

Depois de um episódio morninho e um breve hiato de uma semana, Bates Motel voltou na sua melhor forma. A série está tomando um caminho cada vez mais pesado e investindo no suspense em vez do cotidiano familiar dos Bates.

norman

Norman esteve no centro de uma dinâmica interessante com ele mesmo e com seu médico. Ele aceitou que precisava de medicação, se colocou à disposição para o tratamento, mas ao rever Julian dopado e letárgico, algo mudou. Norman entende que tem alguns problemas, mas não faz ideia da gravidade da sua doença, ele acredita que é diferente daquelas pessoas e se imaginar tomando aquele tipo de remédio e ficando daquele jeito o apavorou. Seu encontro com Norma no jardim estava cheio de pistas de que era mais uma ilusão, desde a roupa que ela usava até a reação das outras pessoas, mas principalmente pelo conselho que ela deu a Norman. Obviamente aquela era uma ideia dele mesmo, e não dela.

A série tem feito um trabalho incrível nesse jogo de revelar e esconder o que é real e o que é imaginação. Em alguns momentos, nós somos como o Dr. Edwards tentando analisar e entender o mundo de Norman. Diferentes, todos somos. Mas existem alguns códigos de comportamento que todos nós estamos condicionados a seguir. Se algo se afasta demais desses códigos e deixa de ser uma variação típica de personalidade ou uma enfermidade leve, isso se torna um mundo completamente diferente. A mente de Norman é um universo paralelo, e por isso é tão interessante tentar entende-lo. É como aprender a falar outro idioma.

Dr. Edwards de fato checou com a polícia sobre os assassinatos relatados por Norman – o que pode acabar complicando as coisas para ele, se Romero souber – e, apesar de ser considerado um alarme falso, tantas mortes estranhas devem ter ligado um sinal de alerta para o médico, ainda mais agora que ele sabe o que acontece com Norman quando ele tem seus apagões. Vamos ver como ele vai lidar com o paciente daqui em diante, e quanto tempo vai durar a suposta paz entre os dois.

vizinho

Na última review, comentei que a invasão à casa de Norma deveria ser obra de Rebecca ou do vizinho gigante do Dylan. Embora não esteja totalmente esclarecido ainda, parece que tudo foi premeditado para que ele conseguisse informações sobre o paradeiro de Caleb mesmo. Em meia dúzia de cenas com Norma, ele foi muito mais interessante que na terceira temporada inteira com aquele plot das armas. Mesmo que não saiba que fim levou o irmão, Norma demonstrou uma preocupação sincera com a vida dele, afinal, a personagem tem uma família completamente perturbada, mas que sempre foi a coisa mais importante da sua vida.

Dylan quer de verdade mudar de vida e ir embora junto com Emma, e a entrevista de emprego foi uma das mais inusitadas que eu já vi. Tudo bem que a realidade de lá é diferente e o comércio de maconha é parcialmente legalizado, mas não deixa de ser muito esquisito imaginar um candidato usando sua experiência em uma empresa “verde” para conseguir a vaga. Mas esse é o Dylan, alguém que viveu a vida inteira sob a sombra de segredos e mentiras… então se é pra começar de novo, que seja diferente, né? A cena em que ele mostra suas cicatrizes para Emma foi clichêzinha, mas completamente fofa, só continuo sentindo falta de alguma movimentação para eles. Metade da temporada já passou e parece que nada acontece ali.

Algumas observações:

– E agora? Quem vai arrumar os vitrais da Norma?

– Emma já pergunta logo quando é que o pulmão novo vai aguentar um rala e rola. Prioridades, né?

– Rebecca, my dear, sashay away. Que personagem mais chata e sem função, gente! Onde aperta pra tirar?

– Norman toda vez que “incorpora” a Norman mata alguém ou dá em cima de alguém. Que imagem esse menino tem da mãe, heim?

E você, leitor, qual a sua opinião sobre Refraction? Deixe seu comentário e até semana que vem!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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