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Bates Motel – 4×07 There’s no Place Like Home

Por: em 27 de abril de 2016

Bates Motel – 4×07 There’s no Place Like Home

Por: em

There’s no Place Like Home tratou de dois assuntos importantes para a temporada: a saída de Norman da clínica psiquiátrica e os desdobramentos da morte da mãe de Emma, mas não se saiu bem como seu antecessor na condução das tramas. O episódio foi morno, arrastado e extremamente esquecível. Mais adiante lembraremos que o Norman voltou pra casa e que o Dylan começou a investigar, mas dificilmente alguma cena específica ficará marcada em relação a estes fatos.

juno

Norman estava indo bem e progredindo no seu tratamento, mas o acaso fez com que ele descobrisse que Norma e Romero se casaram às escondidas. Quer dizer, escondidos dele, porque pelo visto o resto da cidade inteira já sabia. Quando percebeu isso, tudo mudou… ele se sentiu injustiçado por estar trancado em um hospício-boutique enquanto todo mundo parecia feliz em seus novos relacionamentos – Dylan com a sua ex e Norma com o Xerife. Também se sentiu enganado, já que todos esconderam algo tão importante quanto o casamento da sua mãe. Por fim, o ciúme, o sentimento de posse que ele tem com Norma e a certeza de que nenhum homem tem permissão para toca-la além dele mesmo.

Quando começou as articulações para deixar Pineview, Norman demonstrou pela primeira vez que está abraçando a própria psicopatia e aceitando que se ela faz parte dele, então que ao menos seja útil. Até então, Norman tinha uma personalidade imaculada, honesta e doce, e outra fria, cruel e manipuladora. As duas personas não se misturavam, eram como quartos separados em uma mesma casa. Nas suas sessões de terapia, Norman descobriu que existe outra pessoa vivendo dentro dele, e embora isso não tenha derrubado totalmente as paredes que separavam um quarto do outro, pode-se dizer que foi como uma marretada que deixou um baita rombo ali no meio.

Se ele sabe que incorpora Norma em seus apagões, ele sabe que matou aquelas pessoas… mas isso não importa, porque ele ainda não sente empatia por elas. Ele também sabe que tem uma doença mental e que pode ser perigoso para ele mesmo e para os outros, mas sair da clínica é a sua prioridade, porque é isso que vai lhe dar satisfação imediata. Quando ele diz, à mesa de jantar, que pode fingir que é uma pessoa normal, sair pela porta da frente e que isso o diferencia dos outros pacientes, ele toma para si a frieza e a manipulação da personalidade que até então negava. Quando chora para a mãe e atua para comover Dr. Edwards, não é a sua spirit-Norma agindo, mas também não é o Norman inocente que ele era antes. Quando entrou lá, Norman estava descontrolado, surtando o tempo inteiro e muito agoniado com a sua doença. O homem que sai de lá é mais frio, mais controlado, menos ingênuo e potencialmente mais perigoso.

dylan norma

A única pessoa que parece enxergar isso é Dylan. Os demais, ou não sabem o que ele é capaz de fazer, ou preferem jogar panos quentes sobre o assunto – Norma, no caso. Quando encontrou aquelas informações sobre a mãe de Emma, ele entendeu o que o irmão fez, só não tem nenhuma prova ainda sobre o caso. Ele já sabe que ela está desaparecida e claramente se incomoda com essa situação, mas fica de mãos atadas porque não quer ferir Emma, Norma ou Norman. O problema é que saber disso e continuar indo atrás da história pode fazer com que ele seja o ferido.

Algumas observações:

– Quando Norma falou que precisava de dinheiro pra reforma eu quase arranquei meu maxilar pensando q o Romero ia atrás da Rebecca de novo.

– Aliás, tadinha da Norma. Toda contente passando as cortinas e o Dylan chega pra falar da carta da defunta.

– Vou começar a campanha #DoeUmPlotPraEmma. A menina tá mais decorativa que o cachorro de papel machê do Norman

– A A&E dispinibilizou uma ferramenta pra criar uma placa personalizada do motel na sua rua com o seu nome. Muito legal!

Gostou do episódio? Como acha que vai ser a convivência de Alex e Norman como pai e filho agora? Deixe seu comentário e até semana que vem!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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