Depois daquele episódio sensacional de Natal, Brooklyn Nine-Nine desapontou um pouco e começou 2016 repetitivo. O plot principal fez seu papel, já os outros foram cópias fracas de episódios passados e pelo fato da série já estar em sua terceira temporada, mantendo ainda altos índices de audiência, foi triste a queda de qualidade entre Yippie Kayak e Hostage Situation. O gif de Charles (Joe Lo Truglio) é provavelmente baseado no que se passava na sala dos roteiristas enquanto eles discutiam se alguém ia perceber a repetição de tramas!
Vamos falar sobre o plot principal: exagerado? Com certeza. Mas quem vai dizer que Boyle não é um personagem que permite exageros em suas tramas? Além de termos a chance de conhecer sua ex-mulher Eleanor (Kathryn Hahn roubando a cena!), é bom acompanhar o relacionamento de Charles – que diferentemente dos de Rosa (Stephanie Beatriz) não desapareceu por completo. Conforme eu assistia o episódio, pensava em como poderia terminar a trama e só chegava a uma conclusão: Boyle conseguiria seus reféns depois de algum plano mirabolante. Só que foi Jake (Andy Samberg) o responsável pelo desfecho do episódio, citando sua infância com um pai biológico imbecil e dizendo que não é a genética que faz de alguém ser pai. Essa foi uma saída perfeita para os dois, provando mais uma vez quão importante é a amizade de Boyle para Jake.
E falando de pais, não podemos deixar de mencionar Terry (Terry Crews). Ele pode ser o pai de três meninas em casa, mas no trabalho ele é certamente o pai dos detetives do distrito 99. Aqui é onde vemos a primeira repetição de tramas: Holt (Andre Braugher) encorajou a carreira de Terry na semana passada e agora foi a vez de Amy (Melissa Fumero). É legal ver o desenvolvimento da carreira dos personagens, como quando Rosa teve sua força tarefa e Jake trabalhou com o FBI, mas ao mostrarem esse desenvolvimento um episódio atrás do outro transformaram esses momentos em algo quase rotineiro – sendo que poderiam trabalhar como se fossem grande parte do arco da temporada.
O terceiro plot foi Rosa e Holt juntos (assim como no episódio passado) e Gina com um destaque que não fez muito sentido – e apesar da personagem em si não fazer sentido, o seu uso no episódio foi mal desenvolvido. Rosa e Holt são provavelmente os mais competentes do distrito, mas poucas são as suas tramas juntos que se destacam – a única memorável foi o fim do namoro de Rosa. E se não bastassem os dois, Gina teve uma participação completamente desnecessária nessa trama. Essa é uma personagem que só funciona quando aparece com todo seu potencial ou apenas para fazer comentários engraçados – e o episódio dessa semana serviu apenas para mesclar um pouco de cada.
Destaques:
- A dança de Holt foi não só inesperada como também divertidíssima! “Dancing over. Situation defused.”
- E não podemos deixar de lado as ameaças do nosso capitão: papelada!
- “On more than one occasion, she’s called me Gina. That’s her own name” – Rosa se aproximando do criminoso através do vínculo com Gina foi também uma boa saída para a trama mais fraca da semana.
Agora, conta pra gente o que você achou do episódio e fique esperto: Brooklyn Nine-Nine volta só daqui duas semanas!