
O público de Hannibal precisava de um estômago bem forte para assistir à série. E não me refiro apenas às “apetitosas” iguarias preparadas pelo Dr. Lecter usando carne humana, mas principalmente ao vasto cardápio de assassinatos gráficos, brutais e criativos ao extremo. A série mostrou gente fatiada, queimada, esfolada, eviscerada, cadáveres esculpidos como anjos, como paletas de cores e até como instrumentos musicais, então é claro que eles não tinham limites, certo? Errado! Segundo Bryan Fuller, houve apenas uma barreira que eles não puderam ultrapassar.
Na primeira temporada, a trama mostrou assassinatos com o método das “gravatas colombianas”, em que a garganta da vítima era cortada e sua língua era puxada através da abertura (eita). De alguma forma, isso foi mais aceitável para ser exibido na TV do que o que foi proposto inicialmente, no esboço do episódio.

Reprodução NBC
Originalmente, deveria haver uma cena em que Abel Gideon atrairia Freddie Lounds para o escritório de um psiquiatra, e quando ela acendesse a luz, ligaria acidentalmente um ventilador de teto que estava preso ao intestino do médico através de uma incisão em seu abdômen. E ele ainda estaria vivo.
“Iria arrancar as tripas dele de uma só vez quando ligasse o ventilador”, explica Fuller. “Esse foi o único momento em que a NBC disse que não sabia como fazer aquilo”. A cena acabou sendo inviável financeiramente, e eles não encontraram uma forma de mostrar o intestino girando no ventilador de teto.