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Game of Thrones – 6×04 The Book of the Stranger

Por: em 16 de maio de 2016

Game of Thrones – 6×04 The Book of the Stranger

Por: em

Game of Thrones chegou neste último domingo com um episódio recheado de momentos decisivos para o futuro da série. Foram cenas que há muito eram esperadas pelos fãs e que, provavelmente foram cruciais para pautar os rumos da história daqui para frente. Mas, antes de mitigar tudo o que aconteceu em The Book of The Stranger, gostaria de dividir com vocês uma perspectiva geral que tive enquanto assistia ao capítulo na noite de ontem (15).

Esta semana estou cobrindo a Laís, que me deu oportunidade de fazer resenha de uma saga que é uma das minhas maiores paixões no último ano. Assim como vocês, leio sempre as considerações nas resenhas pois, tendo em vista a complexidade da história, é sempre bom ter acesso à visões diferentes acerca do que foi exibido. Afinal, é tanta ansiedade pelas noites de domingo que as vezes as coisas passam enquanto você ainda nem digeriu a abertura! (Quem é que não canta a musiquinha?).

Dito isso, semana passada eu comentei na review de Oathbreaker que, não sei porque cargas d´água eu tive a impressão de que – em pleno dia das mães – Game of Thrones fez algo como um episódio temático, evidenciado pelos momentos de Cersei e o flashback da Torre da Alegria. Pode ser loucura da minha cabeça, mas em The Book of Stranger tive uma sensação parecida no que tange a tônica do conteúdo das frentes narrativas: Em quase todas frentes, as mulheres foram o elemento de força frente a figuras masculinas fragilizadas.

Como mulher, fiquei muito satisfeita – ainda mais em uma série onde o papel da mulher já foi centro de diversas polêmicas. Toda a equipe e elenco de Game of Thrones prometeram antes desta temporada começar que personagens como Sansa, Arya, Cersei e Dany seriam as chaves para grandes passos dentro do desenvolvimento das crônicas de gelo e fogo. The Book of Stranger foi a concretização desta expectativa. Dito isso, vou deixar os melindres de lado e partir para o que interessa! Vem comigo mitigar todos esses e outros momentos, para tentar entender quais serão os rumos dos nossos amados (e odiados) personagens daqui para frente.

Vamos começar com um dos momentos mais aguardados desde que uma nuvem cinzenta passou a acompanhar a família Stark lá na primeira temporada. Ver Sansa chegando segura, com Brienne e Podrick à Castelo Negro, a tempo de encontrar o irmão foi um alívio sem comparação. Finalmente respiramos e nos deixamos levar por um belo momento para a família que foi o retrato da dor e sofrimento desde que Robert escalou Ned Stark como sua Mão lá no Piloto.

Assisti  com meus amigos e – tal qual a cena do retorno do Jon à vida – quando as portas da esperança se abriram, todos comemoraram como um gol feito na prorrogação de uma final de copa do mundo. Desde que Mindinho tirou Sansa de Porto Real, muito se perguntaram por que ele não a levou para o irmão, Lorde Comandante da Patrulha da Noite. Ela foi usada e abusada em prol da continuidade do destrutivo plano de Petyr de tacar a harmonia de Westeros no ventilador.

Depois de todo sofrimento que ela passou, a mulher que reencontrou o irmão não possui resquícios da menina mesquinha que viajou junto da comitiva real em busca de um casamento dos sonhos com Joffrey. A ruiva viu sua vida se esvair, se despedaçar. Tudo que ela conhecia e amava lhe foi retirado, sendo ela uma verdadeira sobrevivente entre mortos e feridos. A tortura psicológica de Joffrey, a morte de seu pai – à qual ela assistiu junto com seus carrascos, o Casamento Vermelho, a união forçada com Tyrion (apesar dele sempre respeitá-la), a fuga depois do assassinato de Joffrey. Quando ela estava crente de estar em segurança com a tia, esta se mostrou desequilibrada, aterrorizando-a e, quando tudo parecia ter terminado, ela retorna para Winterfell para casar com um psicopata que devastou ela da pior maneira que se pode fazer com uma mulher, em sua dignidade.

Sansa passou por uma violenta desconstrução. Suas cicatrizes ainda abertas doem de uma forma que, mesmo a ternura do momento que ela teve com o irmão, não apagou a sua febre de alguma forma lutar para ser novamente alguém que possa seguir em frente. Se, antes de pular daquele muro com Theon, a morte parecia uma opção libertadora – agora ela quer lutar pela sua vida, para colar os cacos que restaram e conseguir de volta a humanidade que lhe foi tomada em prol de um jogo de poder avarento. Ela não quer mais ser alheia, vê-la deixar isto claro para Jon me fez sentir um orgulho sem comparação.

Jon finalmente pôde se abrir sobre como se sente depois de voltar à vida. Curiosamente ele não achou válido dividir o seu passeio pelo outro lado com a irmã. O fato de constatar que não havia nada depois da morte, claramente o deixou perdido quanto ao que fazer agora que R’ollor lhe deu uma nova chance – ele não voltou decidido à se vingar, muito pelo contrário, nada disso faz mais sentido. Ele sempre lutou pelo que acreditava, chegando a quebrar seu juramento com a Patrulha da Noite para viver um amor com Ygritte. Amor que também acabou sendo tirado da sua vida em uma batalha na defesa dos seus ideais.

Ele não quer mais brigar, acho que tudo que ele queria agora era virar miçangueiro de humanas em alguma praia distante da Muralha. Jogar tudo para o alto e passar o resto dos seus dias de boas em algum canto,mas infelizmente isso aqui é Game of Thrones e paz é algo quase impensável para qualquer um que habite os Sete Reinos atualmente.

Seu reencontro com a irmã veio para dar um belo de um sacode nos seus planos de sumir no mundo. O apoio de Jon em uma vindoura batalha para reconquistar o lar da sua família é imprescindível, ainda mais depois da cartinha super fofinha que Ramsay resolveu mandar chamando ele para xinxa. Todos os caminhos indicam que o grande acontecimento da temporada será a Batalha dos Bastardos nas fronteiras de Winterfell, qualquer pessoa de sangue quente não deixaria barato as provocações do filho de Roose Bolton. Jon inclusive tentou proteger a irmã de mais aquela tortura, mas Sansa não precisa mais de um escudo e sim de uma espada para lutar por ela e pelos Starks.

Ainda mais depois de ler que Ramsay estava com o pequeno Rickon – ela e o irmão, agora livre das suas obrigações para com a Patrulha da Noite não podem permitir mais essa satisfação para o psicopata. Eles têm os selvagens ao seu lado, endossados por Tormund que – além de não gostar nadinha do que Ramsay falou sobre o que planeja para os selvagens, teve uma crush instantânea por Brienne! Ri muito da encarada dele, encantado com aquela mulher que reúne tudo o que ele admira. Desculpa Jamie, mas acho que agora a série deu um casal digno de torcida! Já quero os dois matando todo o exército dos Boltons sim!

Imagina que maravilhoso não seria, depois de uma eventual batalha entre os Starks e os Bolton, Jon deixar o destino de Ramsay nas mãos de Sansa?! Quero muito que seja o rosto dela o último que ele veja antes de virar comida de lobo gigante – e, que este lobo gigante seja o Cão Felpudo, já que tenho fé em um plano dos Umbers para mudar de lado em um momento decisivo da batalha! Seria fantástico! Estou contando os dias para poder assistir o samba dos Starks depois de tanta dor e sofrimento (e torcendo para que Rickon sobreviva para dançar ao lado dos irmãos).

Falando em Ramsay, este ser é tão desprezível que seja a ser cômico. Osha, coitada, mesmo com toda a sua perspicácia de selvagem, não seria páreo para o sádico e atual detentor do título de Protetor do Norte e Senhor de Winterfell. No momento em que ela entrou no quarto, eu já comecei a me despedir da personagem. Pelo menos ela tentou… Mais um nome na conta do psicopata, que se os deuses antigos permitirem será cobrada em breve.

Voltando para a Muralha, vimos que Brienne ainda não saciou sua sede de vingança por Renly depois de aplicar a sua justiça em Stannis no final da temporada passada. Ela definitivamente não entrou na vibe #maisamorporfavor e foi bem agressiva ao reafirmar o seu papel na morte do antigo senhor da Pedra do Dragão à Melisandre e Davos, que reagiram até assustados, quando ela deixou claro que sabe que a sacerdotisa foi crucial na morte do seu antigo soberano. Vai ser interessante vê-los obrigados a trabalhar juntos em prol de uma causa muito maior. Brienne, Davos e Melisandre indubitavelmente serão importantes no trabalho de reconsolidação da casa Stark.

Voando para o Ninho, Mindinho retorna ao convívio do seu delirante enteado. Robyn Arryn é um garoto afetado pela criação controversa Lysa, preso em uma redoma que o deixou completamente fora da casinha. Petyr sabe disso e obviamente vai usar o seu controle para dar seguimento ao seu jogo múltiplo. Ele manipula sem dó nem piedade as pessoas e, ao contrário de Varys que sempre pareceu ter o objetivo de restabelecer os Targaryens, Mindinho às vezes parece que só quer ver o mundo se acabar por diversão. Foi ele que deu início aos acontecimentos de Game of Thrones, ao articular a morte de Jon Arryn, que acabou fazendo com que Robert buscasse Ned em Winterfell para ocupar o cargo de Mão.

O que veio depois a gente já sabe: a morte de Joffrey, o jogo duplo com os Lannisters e os Bolton, o casamento de Sansa (quem ele aparentemente parecia se importar) e agora ele adquire controle total do exército do Vale para utilizá-lo da forma que lhe for mais conveniente. Robyn só quer saber de jogar pessoas do Portão da Lua e Mindinho conseguiu com as suas adulações, inclusive, o comprometimento de Royce – comandante do exército dos Arryn, o 2º maior de Westeros. Não está claro se ele realmente se importa com o bem estar de Sansa ou apenas quer proteger os seus peões do tabuleiro do jogo de poder (provavelmente os dois). Aidan Gillen consegue emplacar perfeitamente um tom maquiavélico ao seu personagem, basta saber se Sansa vai se deixar cair novamente no joguete do seu tutor no domingo que vem.

Em Kings Landing, a Fé Militante continua no centro da crise sócio política que se instalou na capital dos Sete Reinos desde a morte de Tywyn. O desgoverno de Cersei fez com que um líder como o Alto Pardal conseguisse espaço para aumentar a sua influência e, com a chancela da própria, o clérigo armou-se com a poderosa Fé Militante sob seu comando.

Esta semana vimos que Margeary ainda resiste, mesmo estando miserável, ela ainda não cedeu à penitência para conseguir o mesmo Perdão da Mãe que Cersei passou na temporada passada. Mantendo a sua abordagem de tentar conseguir a expiação dos pecados das pessoas com sua fala mansa, o Pardal decide dividir com ela a sua história de origem.

Ele basicamente era um homem que sempre buscou os prazeres que vêm com a riqueza e, um dia ao experimentá-los, não conseguiu ver nenhuma razão neles. Os pés descalços são um contraponto à sua antiga profissão de sapateiro de luxo, algo como um Louboutin dos Sete Reinos – a questão é que Margeary acabou se provando muito mais resiliente do que ela aparentava ser, sabendo lidar com esse momento difícil muito melhor que a sogra ou seu irmão.

Neste núcleo tivemos mais um reencontro. Acho que um dos motivos que não fez Margeary entregar os pontos seriam as consequências disso para o seu irmão, com quem ela sempre teve uma relação de carinho. O outrora galante Cavaleiro das Rosas está em frangalhos, nós não temos ideia do que ele está passando, mas certamente deve ser uma violenta provação para deixá-lo daquele jeito. Está claro que com Loras o tratamento ultrapassa o limite de conversas com o Alto Pardal ou a insistente doutrinação da Septã Unella.

Claramente, por ser homossexual, o confinamento naquelas masmorras imundas deve estar sendo uma provação muito mais severa. Mesmo quando a sua irmã tenta passar um pouco da sua segurança, reafirmando que é nele que repousa o futuro da abastada casa Tyrell, Loras não dá nenhum sinal de reação. Ele só quer descansar, ficar livre de todo aquele sofrimento. Eu fiquei extremamente mexida com a sequência, pois a dor dele ficou palpável e Margeary parece dar o braço a torcer para impedir que aquilo continue acontecendo – mesmo que isso signifique dançar no ritmo do Alto Pardal.

Na Fortaleza Vermelha, Cersei interrompe uma sessão de verborragia com o asqueroso Meistre Pycelle. Eu fico dividida entre sentir pena ou raiva de Tommem, dentro de todo o contexto que ele está inserido, fico admirada com o fato dele ainda não ter se degradado. Cersei estava certa quando disse, em The Red Woman que, apesar de tudo, ela foi capaz de dar a vida para os doces Tommem e Myrcella (que a Mãe a tenha). A profecia de Maggy, a Rã, já se abateu dois de seus filhos e ela está decidida a mais uma vez virar a leoa que estampa o estandarte da sua família para preservar o seu último herdeiro.

Os dois então têm mais uma conversa, onde Tommem novamente se abre com a mãe acerca da situação de Margeary. Ele revela que o Alto Pardal pretende oferecer a mesma “oportunidade” para esposa fazer a caminhada da vergonha e expiar os seus pecados. Por mais que eu tenha certeza que Cersei adoraria ver Margeary passando por essa provação, ela vê nessa situação a oportunidade de trazer a implacável Olenna e seu tio Kevan para o seu lado.

Pelo menos agora Cersei foi mais inteligente do que em sua última tentativa. A Rainha dos Chifres nunca toleraria que sua neta estrelasse aquele espetáculo horroroso na frente de toda cidade, mesmo que para isso ela tenha que se aliar à Cersei. Mais uma vez as mulheres ficam no centro de importantes decisões em Game of Thrones, já que o próprio Kevan Lannister concordou em dar um passo atrás e sair de cena para que o rico exército Tyrell marche sobre a cidade até o Septo de Baelor para tirar Loras e Margeary do poder da Fé Militante e literalmente cortar este problema da interminável lista de problemas da realeza.

Pegando um barco até as Ilhas de Ferro, um Theon em cacos chega em sua terra natal em busca de um lugar para terminar os seus dias. Sua irmã Yara, que desobedeceu ordens dos pais e arriscou a sua vida para tentar salvar o irmão das garras de Ramsay, não está muito contente com o fato dele aparecer ali logo depois da morte do pai e na iminência da assembleia que escolhera o novo Rei do Sal. Mas nós sabemos que Theon não tem a menor intenção de voltar a ser o homem que era, porque este foi morto lentamente por todas as torturas de Ramsay, dando lugar ao Reek – agora ele quer curtir a bad, enquanto Yara quer tomar o leme que era antes do seu pai.

Mas como primogênito Greyjoy, pode ser que declarar apoio à irmã na assembleia dos Homens Livres seja crucial para que a reivindicação dela sobreponha a do seu tio Euron. Caso ela se torne rainha, creio que a frota das Ilhas de Ferro possam engrossar tanto no fronte de Daenerys quanto à Sansa. Eu não sei porquê coloquei na cabeça que Yara será na série o que Victarion Greyjoy é nos livros, vide a supressão do personagem na produção da HBO. Creio que ela, perdendo ou ganhando o trono, acabe navegando com seus homens para juntar-se à luta de alguma maneira, mas ainda não alinhada a quem, Na minha opinião faz sentido que ela navegue em direção à Meereen, já que toda esquadra Náutica de Dany foi queimada pelos Filhos da Harpia.

Falando em Meereen, finalmente Tyrion colocou em prática os seus dotes de articulador político. Sem Daenerys, ele precisa arrumar uma forma de parar a ação dos Filhos da Harpia, ao mesmo tempo em que a cidade passa por uma crise sem precedentes. O problema é que mesmo sendo o anão mais querido e inteligente de todas as Crônicas de Gelo e Fogo, sua posição como líder interino está eivada de ilegitimidade – já que nem os inimigos e aliados de Daenerys conseguem aceitar a opção dele de dar um prazo para abolir a escravatura em Astapor e Yunkai, em troca do fim do financiamento aos filhos da Harpia.

Tudo faz muito sentido na cabeça dele, e até seria a escolha mais inteligente se, para isso, ele não endossasse mais 7 anos de escravidão nas cidades que outrora foram libertadas por Daenerys. Verme Cinzento e Missandei deixam bem claro que não acatam as decisões de Tyrion, mas apenas as toleram porque Dany o escolheu como conselheiro depois da morte de Barristan, porque ambos tinham muito respeito. Mas como Tyrion disse, mesmo que ele nunca tenha sido escravo, ele sabe – ao seu modo – o que é ser desconsiderado como humano. Não acho que ele esteja errado, mas creio que ele assimilará de alguma forma o posicionamento dos dois.

Por fim, em Vaes Dothraki, Daario e Jorah batem cabeça para tentar pensar numa forma de fazer com que os dois sejam efetivos no resgate de Daenerys. Eu não consegui achar graça nas piadinhas do mercenário sobre a idade de Jorah. Só não me cansou o bastante, pois a feição dele mudou completamente ao ver que o Ândalo está com os dias de sanidade contados por conta da Escamagris. Daario percebe que ele não está fazendo aquilo por ter alguma esperança com Dany, mas sim porque ele não tem mais nada no mundo além do reconhecimento dela. Jorah vai servir à sua rainha até não conseguir mais.

Quando eles finalmente conseguem encontrar Dany, a rainha tem a sabedoria de entender que eles não conseguiriam sair de uma cidade repleta de Dothrakis vivos. Então ela arquiteta um plano que se desdobrou em uma sequência grandiosa que foi um verdadeiro espetáculo para os olhos.

Sei que muitos têm suas ressalvas à interpretação de Emilia Clarke, mas eu achei que a feição blasé dela frente às impropérios proferidos por aquele bando de ogros não poderia ter casado melhor com a situação. Depois de todas as provações que ela teve que passar, chegar naquela sala e ter que deixar aqueles homens primitivos exprimirem todas as monstruosidades que fariam com ela, eu apenas fiz a Ana Paula e peguei a minha champanhe para assistir!

Ela deu oportunidade para aqueles marmanjos se curvarem, afinal se eles não sabem até agora do quem é Daenerys Targaryen, Filha da Tormenta, a Não Queimada, Mãe de Dragões, Rainha de Mereen, Rainha dos Ândalos e dos Primeiros Homens, Senhora dos Sete Reinos, Khaleesi dos Dothraki, a Primeira de Seu Nome, realmente não tinha muito o que fazer. Se lá na primeira temporada ela conseguiu a lealdade dos Dothraki que seguiam Khal Drogo ao sair da sua pira com 3 bebês dragões, agora ela têm todo um povo – conhecido por serem mestres de guerra – para endossar a suas reivindicações.

Já quero vê-la marchando maravilhosa em um garanhão pelas ruas de Meereen. Tomara que isso marque a guinada dela rumo à Westeros. Imagina se depois de acertar os termos nas cidades livres, a temporada acabe com ela finalmente zarpando para os Sete Reinos?! Essa é uma das maiores promessas da história e marcaria definitivamente um novo capítulo para Game of Thrones começar a trabalhar a conclusão da sua história nas duas últimas temporadas.

Apesar de não ter Arya Demolidora, Flashbacks babados do Bran e etc, eu achei The Book of The Stranger superior ao esperado Oathbreaker. Apesar de não termos confrontos significativos, todos os núcleos deram passos muito importantes na história, principalmente no que tange os Starks. Jon e Sansa devem organizar os seus aliados, para preparar uma grandiosa batalha que deve se passar no sempre bafônico episódio 9. A série está se desdobrando muito bem neste ano, ainda mais se compararmos com a 5ª temporada, que definitivamente não conseguiu encontrar um ritmo. As coisas estão funcionando e creio que tende a ficar ainda melhor.

Fique agora com a promo de The Door, que vai ao ar dia 22 de maio:

E vocês, se emocionaram com os reencontros dos irmãos? O que acharam da virada de Daenerys? Comentem e complementem a resenha!

Observações e comentários:

– Pessoal, eu sou muito prolixa e o fato de gostar muito da série me faz caprichar na verborragia! Perdoem o texto gigante, mas quem acompanha as minhas resenhas sabe que eu gosto de mastigar tudinho! Mas fiquem tranquilos que a Laís estará de volta semana que vem!

– Aliás e a propósito, vocês já leram o especial fantástico que fizemos sobre as principais teorias da série? Enquanto elas não se confirmam, que tal conjecturar conosco aqui.

– Gente, pelo amor de R’ollor, eu to shippando pesado o Tormund com a Brienne:


– Os produtores não poderiam ter feito escolha melhor para o Robyn Arryn, o brasileiro Lino Facioli consegue perfeitamente passar afetação do personagem.

– Tyrion, apesar de todo seu conhecimento, ainda precisa de umas aulinhas de Valiriano.

– Se não pode ter gente morta por facadas, por quê não esmagar a cabeça do cara com uma faca para disfarçar. Bela saída, Daario!

– Será que o fato do mercenário saber sobre a condição de Jorah com a escamagris vai mudar alguma coisa nesse núcleo? Dany não desistiria do amigo, correto?

– Não há mais dúvidas de que Stannis está mortinho da silva. Página virada para os que acreditavam no retorno triunfal do último Baratheon.

– Quantas horas o episódio gastou na farsa de Pycelle mancando? Migos, me ajudem, o tempo urge para nós!

– Não tivemos Arya, Montanha Zumbi ou Bran…

-… Mas também é o 3º episódio sem Dorne. Vitória?

– Comentei com meus amigos ontem, na minha cabeça faz todo sentido que Jon deixe Sansa finalizar Ramsay! Espero que seja da pior maneira possível, algo que vai fazer Theon se sentir até aliviado por terem pegado “leve” com ele.

– Osha foi muito ingênua. Apesar de George Martin já ter declarado seu apreço pela personagem, em nenhum momento acreditei que ela conseguiria finalizar Ramsay. Poderia ter sido mais inteligente, jogado um pouco mais ao invés de tentar matar ele de primeira. #RIPOsha

– Spoilers dos livros: Como alguns sabem, nos livros, Sansa não está casada com Ramsay. Em tese é Jayne Poole, uma amiga de infância dos Starks, fingindo ser Arya. Ramsay também envia uma carta para Jon Snow, durante o cerco de Stannis, cujo conteúdo vocês podem ler abaixo:

“Seu falo rei está morto, bastardo. Ele e todo seu exército foram esmagados em sete dias de batalha. Eu tenho a sua espada magia. Diga à sua puta vermelha.
Os amigos do seu falso rei estão mortos. As suas cabeças estão espalhadas pelas muralhas de Winterfell. Venha vê-las, bastardo. Seu falso rei está morto, tanto quando você. Você disse ao mundo que queimou o Rei de Além da Muralha. Ao invés disse você mandou ele para Winterfell para roubar a minha noiva de mim.
Eu terei minha noiva de volta. Se você quiser Mance Ryder de volta, venha pegá-lo. Eu o tenho em uma jaula para todo norte ver, prova de suas mentiras. A jaula é gelada, mas eu mantenho ele aquecido com uma manta feita com a pela das seis putas que vieram com ele para Winterfell.
Eu quero a minha noiva de volta. Eu quero a rainha do falso rei. Eu quero a sua filha e a sua bruxa vermelha. Eu quero a sua princesa selvagem. Eu quero o seu pequeno príncipe, o bebê selvagem. E eu quero o meu Fedor. Mande ele para mim, bastardo, e eu não causarei problemas à você ou aos seus corvos negros. Não os devolva para mim e eu arrancarei o seu coração bastardo e o comerei.
Ramsay Bolton, o verdadeiro herdeiro do Lorde de Winterfell.”

– Sobre o que aconteceu fora das cenas: Davos realmente nunca perguntou o que aconteceu à Stannis e Shireen? Muito difícil de acreditar, mas isso foi a deixa para Brienne poder chegar sambando e criar uma tensão bem útil para a história. Mas eu realmente não sei se Davos estaria tão apto à trabalhar com Melisandre se soubesse a verdade sobre sua querida princesa – mas acho que ele nunca saberá sobre a infame cerimônia que se sucedeu nos arredores de Winterfell. A casa Baratheon só não está completamente extinta, porque querendo ou não, Gendry está perdido com seu barquinho por aí.

– Será que Jon vai contar sobre sua ressurreição e todo o resto que ele viu em seus últimos dias como Lorde Comandante?

– Fico muito satisfeita que Theon volte a criar algum tipo de laço com a família. Apesar dos pesares, depois de tudo que ele fez aos Starks, é realmente melhor que ele tenha ido para as Ilhas de Ferro.

– Porém, onde está o Euron? A série não se preocupou em criar nenhuma base para ele. Será que eles vão enfiar esse homem na nossa goela? Gostaria de comprar a história de Pyke e do problema sucessório, mas as coisas não foram muito bem estabelecidas.

– Ainda tenho esperanças do Cão Felpudo estar vivo – aliás, tenho esperanças de ver Nymeria (a loba de Arya) aparecendo também nesta temporada. #medeixasonhar

– Apesar de toda controvérsia quanto à utilização da nudez feminina em Game of Thrones, para mim, a cena final foi um belo exemplo de como isso pode ser usado de forma construtiva. A nudez de Daenerys ao sair das chamas é algo que implica o renascimento dela como soberana também dos Dothraki, quase como algo divino. Vale notar que o episódio evitou a nudez em outras cenas onde antigamente certamente ela viria.

– A série parece estar construindo em Kings Landing algum conflito sobre o julgamento final de Cersei. Ninguém mencionou se ele poderá ser pela modalidade combate ou se o Montanha Zumbi foi criado para isso. Deixar ele apenas como um mínion gigante não faz muito sentido.

– Vale notar também que Game of Thrones faz muito esforço em mostrar a Fé Militante como algo ruim, mesmo quando o Alto Pardal consegue até soar razoável em seus argumentos. Seria beeeeem legal se o Cão de Caça aparecesse para lutar pela Fé contra o irmão, não?

– Daario nunca tinha testenhado o poder de Dany, a mudança em sua feição foi uma prova de que ele não tinha idéia para quem estava lutando.


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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