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Homeland – 6×11 R is for Romeo

Por: em 8 de abril de 2017

Homeland – 6×11 R is for Romeo

Por: em

Vai ter Golpe?  R is for Romeo finalmente chegou ao ponto que a temporada prometia chegar: com a CIA arquitetando um golpe contra a presidente eleita dos Estados Unidos. É um passo ousado, mas que se revelou tarde demais e ainda tem muitas coisas a responder.

Em Casus Belli, Homeland mostrou a bola de neve que transformou Quinn em um sequestrador enquanto tentava proteger Franny. O conceito foi o mesmo usado desta vez, mas para desenhar a queda de Elizabeth Keane. O vídeo de Andrew e as reações furiosas e instantâneas dos robôs criaram uma onda de manifestações violentas daqueles que votaram contra ela nas eleições. Antes mesmo de assumir o cargo, ela está cada vez mais encurralada para a renúncia, ou algo ainda pior.

Saul fez um papel de narrador do episódio, explicando para Keane, seus assessores e para a audiência da série o que estava acontecendo ali. Um golpe, uma narrativa clássica de golpe que se adapta com o tempo, com as tecnologias e meios disponíveis em cada época, mas que se repete da mesma forma. Os Estados Unidos sempre adotaram esse tipo de recurso para interferir na política internacional, e apesar de Saul ter parado de contar no Irã da década de 50, o Brasil de 64 também faz parte daquela lista. A diferença é que agora a política externa está sendo replicada dentro casa, e Elizabeth é o alvo de uma entidade que ela achava que iria representar, mas é muito maior que ela.

Maior que ela, maior que Saul e, para nossa surpresa, maior que Dar Adal. Apesar de por muito tempo ele ser apresentado como a mão invisível por trás de tudo, agora está claro que ele é apenas mais um peão dentro do jogo. Suas habilidades e influências foram usadas para o criar o caos, orquestrar um atentado, lidar com Mossad, neutralizar Javadi, mas nem tudo está sob seu controle. A parte final da missão, que envolve uma campanha de difamação contra Quinn e o ataque efetivo à presidente está sendo organizada em uma esfera superior, que talvez ele só consiga enxergar se Max encontrar o que procura a tempo.

Carrie e Quinn, mesmo em meio a uma situação de extremo risco e urgência, conseguiram arranjar tempo para colocar os pingos nos is sobre a relação deles – ou pelo menos uma parte dela. Peter agora sabe a história completa de Berlin, e mesmo odiando a pessoa que ele se tornou, com todas as limitações e sequelas, o que mais o fere nisso tudo é acreditar que tudo o que Carrie fez por ele até ali foi por culpa. Ele nunca conseguiu entender que Astrid o amava, apesar de todos os sinais, e com Carrie a situação é ainda pior, já que ela mesma ainda tem muitas dúvidas e relutâncias sobre o que de fato tem ou deseja ter por ele.

O abominável homem de touca foi derrotado com facilidade, mas parando para pensar ele nunca foi uma ameaça muito forte. Foi descoberto por Quinn, só conseguiu matar Astrid porque ela estava sem balas, errou todos os 58 tiros que deu em Peter, foi rastreado várias vezes, empurrado da escada por uma mulher que ele pegou desarmada e de costas, e espancado até a morte por um homem com deficiência física. Não serviu nem para apagar o quadro direito e deu a única pista que eles precisavam para descobrir que Elizabeth Keane era o alvo final.

A explosão teve lá sua utilidade narrativa, já que impediu que Carrie alertasse Rob sobre quem estava indo “auxiliar” a presidente e destruiu a última evidência de que Sekou era inocente, além de dar um susto em quem achava que o episódio não poderia ter mais nenhum twist. Mas faltou um pouco de impacto, em comparação com outras cenas de bomba que a série já mostrou. E, claro, aumentou o número de evidências de que Quinn é o substituto de Hugh Jackman como Wolverine, porque nada é capaz de destruir esse homem.

Algumas observações:

– Será que se a Keane morrer, quem assume é o Aécio?

– Max não achou nada esquisito em um cara deixar o cartão de acesso dele junto com o lanche?

– Será que veremos quem está por trás da armação envolvendo o fake do Quinn?

– Acho que alguém andou assistindo Game of Thrones e usou o Jon Snow como inspiração para matar.

– Já tá liberado começar a campanha pelo Rupert no Emmy?

– Boa tentativa, Homeland, mas a política brasileira continua sendo mais surreal que a ficção.

Amanhã tem a season finale da sexta temporada, e pelos ganchos deixados em R is for Romeo, teremos um episódio eletrizante e bem diferente dos últimos episódios tradicionais de Homeland. Quais são suas expectativas para o final? Deixe seu comentário e até a próxima!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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