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Jessica Jones – 1×03 AKA It’s Called Whiskey

Por: em 20 de novembro de 2015

Jessica Jones – 1×03 AKA It’s Called Whiskey

Por: em

Engrenando em sua trama central, o terceiro episódio de Jessica Jones não perde tempo com amenidades e vincula todos os personagens com o desenvolvimento de Kilgrave, que finalmente faz sua primeira aparição de fato. Tennant aparece pouco, mas já consegue brilhar como o grande vilão da série, cercado por toda a atmosfera que seus jogos mentais causam. Mas antes de chegar no embate entre Jessica e seu nêmesis, passemos um pouco pelo resto do episódio.

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Luke é, definitivamente, uma presença marcante na série. Para quem pensava que o personagem faria uma espécie de figuração especial, vem sendo uma surpresa o quanto ele cresce e traz alguns debates sobre o caráter da nossa protagonista. Além de todo o envolvimento amoroso, que foi abordado ferozmente durante os 50 minutos – precisamos comentar o sexo selvagem e as piadinhas sobre o dote do rapaz? -, a anormalidade que os cerca acaba servindo como elo de aproximação. É como encontrar alguém que compreende suas adversidades como um todo, sem achar estranho ou se aproveitar daquilo. Aprendemos também que os “poderes” de cada um deles vem de fontes diferentes: Jessica os ganhou por acidente, segundo ela (o que espero que possamos ver nos futuros episódios); Luke, em experimentos – trama a ser desenvolvida em sua própria atração. Assim como em Demolidor, abusa-se das referências a Batalha de Nova York e formas de poderes desconhecidos, um dos grandes charmes do Universo Marvel compartilhado.

É interessante também pontuar que Luke não cumpre somente o papel de par romântico – até porque a série não parece se preocupar com isso. Seu envolvimento na vida de Jessica vai além, remetendo ao acidente que acabou culminando na morte de sua esposa. Pelo que vimos em pequenos trechos de flashback, a mulher de Luke foi uma das vítimas do controle mental que Kilgrave exercia em Jessica, o que fugiu completamente do controle e acabou causando o acidente de ônibus, vitimando um número ainda maior de pessoas. Isso justifica a investigação que vimos acontecer nos primeiros episódios, que nada tinha a ver com o casamento alheio. De alguma forma, a curiosidade da investigadora particular a levou até aquele homem, que tinha tido a vida completamente alterada por conta dos desejos de Kilgrave, assim como ela.

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Ainda é cedo para odiarmos Tennant? Acho que não. Brilhante na loucura que o papel exige, seus pequenos trechos até aqui já convenciam bastante, mas sua audácia e desprezo ficaram ainda mais evidentes quando teve chance de alguns minutos em tela. E como foi forte a cena do reencontro entre ele e Jessica, não? Uma simples troca de olhar que definiu o tamanho do ódio recíproco existente entre eles. Toda a perseguição dentro da casa “emprestada” na qual ele se alojava foi desesperadora. A cada momento que aparecia alguém impedindo Jones de chegar mais perto, a vontade que ficava era de socar aquele infeliz que não tinha a menor ideia do que estava fazendo. E então temos o quarto das fotos, com muitos momentos da investigadora, que agora se via do outro lado da câmera, tendo sua privacidade invadida deliberadamente e se vendo ameaçada pela simplicidade de um “nos vemos em breve”.

Trish, que até então vinha somente servindo como melhor amiga, se colocou na linha de fogo ao defender Hope em rede nacional e acabou pagando o preço das suas palavras. Kilgrave não está de brincadeira e parece determinado a eliminar todos que ficarem no seu caminho. E mesmo que desconheçamos os seus reais propósitos, não dá para dizer que a ameaça não existe. Esperemos nós que as drogas que Jessica conseguiu roubar do hospital surtam o efeito esperado, conseguindo diminuir a influência dele por tempo suficiente para ser abatido – o que não deve acontecer tão fácil assim. Voltando a Trish, gosto muito do papel que ela tem na vida de Jessica e acredito muito na importância dela para o desenvolvimento da trama como um todo, que ainda caminha lenta, porém bastante efetiva rumo a essa construção da heroína Jessica Jones.

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Algo que me deixa bastante intrigado é a presença dos vizinhos gêmeos em alguns momentos chave do episódio, aparentando uma importância que não foi os dada até agora. Jeri também ganhou pouco destaque até aqui, mostrando mais sua personalidade egoísta do que atitudes de fato. De todo modo, em três episódios a série já se estabelece como uma boa estreia e firma a certeza de que Netflix e Marvel não tem como dar errado.

 


O Apaixonados por Séries também está louco com essa estreia e vai maratonar com você! Quantos episódios será que você consegue ver? Vamos longe e você vai comentando com a gente, beleza? Fica de olho nas atualizações e a gente se vê em breve!

Confira aqui as reviews do primeiro e do segundo episódio.


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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